quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Égua!!! Romeu-&-Julieta com Capelinha!

https://omensageiro77.wordpress.com/2015/11/16/capelinha-rio-sp-b-h-e-poa-placa-no-alto-estamos-no-sudeste/

Imagem pertencente ao sítio Ônibus Brasil. Créditos mantidos. Visite as fontes.
Local:
Belém do Pará.
Data:
Começo da década de 1980.
Viação:
Viação Forte.
Carroceria:
Condor (Ciferal).
Motor:
???
Observações:
Romeu-&-Julieta”, o 'pai' do articulado.


Belém, primeira metade dos anos 80Ônibus da Viação Forte captura duas características do transporte da época.

A primeira é que trata-se de um “Romeu-&-Julieta”: o bichão tem um reboque, é o “pai” do articulado. A vantagem é que o reboque só é engatado no horário de pico, se for o caso. A desvantagem é que precisa ter 2 cobradores, um em cada vagão.

O “Romeu-&-Julieta” foi muito comum em Porto Alegre-RS e no Rio de Janeiro. Existiu também em Florianópolis-SC e, segundo dizem, também em Brasília-DF. Além é claro de Belém.

O segundo traço típico daquele tempo é a 'capelinha'. Trata-se do letreiro menor que vem no teto do veículo, pra informar o número da linha. Foi extremamente popular em São Paulo, Rio de Janeiro e na própria Belém, e em menor escala presente também em Belo Horizonte-MG, Brasília e Porto Alegre.

Em Santos-SP circularam alguns busos com capelinha, mas eles vieram usados do Rio, no Litoral Paulista a capelinha ficou desativada (ao menos as fotos mostram isso). Houveram mais alguns casos esporádicos Brasil afora, por exemplo na Grande Maringá-PR.

Além do Brasil, Grécia e Holanda na Europa, Egito na África e nosso vizinho Uruguai também tiveram capelinha. A Tailândia, que fica na Ásia obviamente, tem capelinha até hoje, sendo atualmente o único país que usa esse adereço, pelo menos até onde sei.

Em Florianópolis em maior escala e também no Rio havia uma 'capelinha invertida', ao invés de sobre o teto ficava sob o mesmo, ou seja, dentro do para-brisas. Mas essa é uma história que contaremos outro dia.

Voltando a imagem de Belém, a busão ainda estava na pintura livre, que vigorou nos anos 80. A Viação Forte optava pelo uni-color amarelo.

Estive em Belém em 1989 e em 2013. Em 89, ainda na pintura livre, a Forte tinha articulados, foi a única viação que vi com esse modelo a época (embora isso seja apenas minha lembrança, pode ser que outras também tivessem, apenas eu não tenha visto). A Forte possuía sanfonados em sua frota, isso tenho certeza.

Nos começo dos anos 90 veio a padronização de pintura em Belém, no modelo 'Saia-&-Blusa', parecida com a que vigorara em São Paulo até a pouco. Depois veio a padronização, o buso branco dotado de faixas diagonais com desenhos indígenas.


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