terça-feira, 30 de abril de 2019

Tudo Azul no Planalto Central

https://omensageiro77.wordpress.com/2015/03/07/pra-matar-de-saudades-o-monobloco-em-acao-no-peru-nao-ha-saudades-ainda-esta-em-acao/


ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"


Imagens pertencentes ao portal DF Memória Transportes. Créditos mantidos. Visite as fontes.
Local:
Brasília-DF.
Data:
Início da década de 1980.

Viação:
TCB – Transportes Coletivos de Brasília (estatal distrital - o equivalente a 'estadual' no D.F.).

Carroceria:

Mercedes-Benz Monobloco.

Motor

Mercedes (traseiro).

Observações:

Sobre a pista do viaduto vários Fuscas, o "Carro do Povo".


Brasília, começo dos anos 80. Em frente a Rodoviária P.P. vemos vários Monoblocos da TCB.

Os mais antigos (mais redondos, o Mono '1') na pintura 'Normalista':  buso branco, o logotipo com a parte de cima em azul-claro, a metade de baixo azul-escuro, e faixas na mesma disposição.

Buso branco, o logotipo com a parte de cima em azul-claro, a metade de baixo azul-escuro, e faixas na mesma disposição (confira os articulados Veneza da TCB pintados dessa forma).

Já os mais novos ('Mono 2') são inteiros alvos, a faixa se foi, há apenas o logo bem grande no centro do veículo ainda em azul, mas agora mono-tom, só azul escuro.


Seja no Sudeste, Centro-Oeste ou Nordeste, muitas viações estatais se consagraram no tom celeste.

Nos anos 90 quase todas as empresas públicas de ônibus do Brasil foram privatizadas (CMTC-SP, CTC's RJ e CE, CSTC de Santos-SP, CTU-Recife, Setusa-Paraíba, fora muitas outras). Entre as capitais, creio que só sobreviveram a Carris de Porto Alegre-RS e a TCB.

A TCB não foi privatizada. Mas foi sucateada. Algumas gestões não investiram na companhia, ela ficou mais de 8 anos sem receber um ônibus novo sequer na década de 90.

Assim, ela, que já foi um modelo nacional fazendo linhas pra várias partes do DF (inclusive com articulados, nosso tema aqui), hoje só cumpre uma linha regular de tarifa normal:

A 108, que liga a Rodoviária a Praça dos 3 Poderes via Esplanada dos Ministérios pelo Eixo Monumental (há um ramal dela que percorre todo o Eixo Monumental, passando pelo Palácio Buriti e terminando na antiga Rodo-Ferroviária).

Além disso, a TCB puxa também a linha 113 – Executivo Aeroporto.

Podemos ver o copo meio cheio, ou meio vazio. Claro que só 2 linhas é pouco pra potência que um dia foi a TCB. Mas pelo menos ela ainda existe. A maioria das viações estatais no Brasil não tiveram a mesma sorte.

Matéria sobre o tema (o título é porque apenas em 2011 Ctba. passou a ter 'azulões' no sistema municipal, aí falo dos ônibus celestes no Brasil. E a TCB era azul).
……….

Agora quanto aos Monoblocos.  Peraí, o que é Monobloco '1’ ou '2'?

Explico como classifico os modelos da Mercedes-Benz. Os que vieram antes do 0-362 chamo de Monoblocos ‘Jurássicos’, porque esses não cheguei a ver em linhas normais.

Por “Monobloco 1”, me refiro a esse modelo mais arredondado e antigo, fabricado nos anos 60 e 70, o 0-362 na classificação da Mercedes. O que tinha 2 faróis redondos de cada lado.

Mono 2” é o “Monobloco 2”, que é minha forma de chamar esse que só tinha 1 farol redondo de cada lado

O que foi produzido no fim dos anos 70 e anos 80, também arredondado mas nem tanto.
A Mercedes geralmente o numerou como 0-364 e 0-365.

Depois, o último modelo é o Monobloco3, fabricado na virada dos 80 pros 90, e 1ª metade dos anos 90. Chamado 0-371, com dois faróis quadradinhos de cada lado.

Também era redondo, pois essa era a marca registrada dos Monos mas, como o ‘Mono2’, um pouco menos que o modelo pioneiro ‘Mono1’. 
 
No apagar das luzes ainda circulou o 0-400, que também é Monobloco3. O desenho da carroceria era o mesmo do 0-371, por isso é o mesmo modelo.

Mas o 0-400 – e alguns ainda assinados como ‘0-371’ – tinha apenas 1 farol redondo de cada lado.

Os Monoblocos 1 e 2 nunca tiveram versões articuladas, pois foram fabricados dos anos 60 aos 80.

Os articulados começaram na virada dos anos 70 pra 80 mas só se popularizaram mesmo uma década depois, na virada dos 80 pros 90. 

Além disso, os Monos 1 e 2 só saíram de fábrica com 2 portas
 
As versões que existiram com 3 portas foram ‘transgenia automotiva’, isso é, foram adaptadas.

Já o Monobloco 3 já saía de fábrica com 3 portas, pois é dos anos 90.

[Exceto se o comprador especificasse que queria só com 2, o que também acontecia.

Em Curitiba todos os Monoblocos '3' tinham 3 portas, ao menos no sistema municipal. Já os que operaram no sistema metropolitano só 3. 
 

Muitos dos Monos3 que operaram em SP, inclusive no municipal, só tinham 2 portas mas houveram também exemplares com 3].

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Matérias mostrando Monoblocos, dessa vez por diversas partes do Brasil e dando um pega até no Peru:
Outras matérias sobre o tema;

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Bi-articulados no Brasil: Campinas

https://omensageiro77.wordpress.com/2018/07/23/busscar-aqui-jaz-uma-homenagem-postuma/

Imagem abaixo pertencente ao sítio Tudo de Ônibus. Créditos mantidos. Visite as fontes. 
 
Origem da foto acima: internet.
Local:
Campinas-SP.

Data:
Década de 2010.

Viação:
Itajaí.
Carroceria:
Busscar Pluss (acima) e Caio Mondego (abaixo).

Motor
??? (acima) e Volvo (abaixo).
Observações:
Na imagem acima no fundo vemos um Caio articulado, só com 1 sanfona.

Campinas, década de 10. Vemos em ação dois bi-articulados da Viação Itajaí, acima um Busscar e abaixo um Caio Volvo. Já na padronização InterCamp, adotada em 2005 e ainda vigente, onde os busões são decorados com esse arco.



Os primeiros bi-articulados campineiros chegaram em 2010. No início dessa década só mais 4 cidades do Brasil tinham esse privilégio: Curitiba, São Paulo, Manaus-AM e Goiânia-GO.

Entre 2014 e 2018 o Rio de Janeiro entrou pra lista, porém já deixou de deixou de contar com esse modal. Em Manaus tampouco há bi-articulados atualmente.

Mas voltemos a falar de 2010. É óbvio, né, bi-articulado é que tem 2 sanfonas, e esse só essas 5 cidades do primeiro parágrafo tinham. Mas vai além disso. No começo dessa milênio várias capitais importantíssimas do Brasil não tinham sequer articulados, com uma sanfona somente.


Na época, o  Rio de Janeiro, Belo Horizonte-MG, Salvador-BA e Fortaleza-CE (entre outras) não contavam com articulados.

Digo,  estive em BH em 2012. Haviam sim articulados, mas numa única linha, que inclusive tinha pintura própria: a que ligava as estações de metrô e ônibus do Vilarinho a Cidade Administrativa, a sede do governo do estado, que é bem distante, ainda no município de Belô mas no extremo norte dele, na divisa com Santa Luzia e Vespasiano.

Essa linha (Vilarinho/Cid. Adm.), pelo seu caráter especial, tinha pintura específica, e era de graça pros funcionários públicos que lá trabalham, bastava apresentar a carteira funcional.

Mas pras linhas normais, que eram tarifadas, a capital mineira não tinha nem ônibus articulado, muito menos bi-articulado.

……...

Faço a ressalva que  várias das capitais citadas acima também modernizaram sua rede de transportes. Quando visitei B.H. em 2012 o Move estava na fase final de obras. Agora já está operando, com articulados, corredores exclusivos, e estações modernas com embarque em nível pré-pago. A linha Vilarinho/Cid. Adm. (a única que tinha sanfonados quando fui lá) foi incorporada ao Move, e virou alimentadora do mesmo.


A capital baiana implantou o sistema Integra Salvador, que padronizou a pintura e mudou a entrada pela frente. Creio que a cidade até hoje não tenha articulados (eles existiram nos anos 80 e 90, mas nesse milênio só rodaram alguns poucos em testes, inclusive alguns que iam pra Manaus). Em compensação, Salvador já conta com 2 linhas de metrô.

Como nas demais capitais, no decorrer dessa década houve grande modernização no transporte de Manaus: chegaram dezenas de ônibus novos, sendo dezenas de articulados.

Uma melhoria significativa também se deu no Rio (leia atualização abaixo). Foram inaugurados os modernos corredores do sistema Trans-Carioca, então agora a Cidade Maravilhosa têm, como a capital mineira, articulados, corredores exclusivos, e estações modernas com embarque em nível pré-pago. Os articulados fazem as linhas-tronco, mais longas, e ônibus curtos ou micros os alimentadores locais, com integração tarifária. O metrô também passou por ampliação.

Atualização: no final da década, após a Olimpíada de 2016 que lá foi sediada, o Rio de Janeiro passou a enfrentar sérias dificuldades, e isso repercutiu também no transporte coletivo, tanto que a cidade deixou de contar com bi-articulados. Falaremos disso melhor em outra oportunidade.

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Série "Bi-Articulados no Brasil" – em Manaus e no Rio eles existiram mas já foram extintos; nas demais cidades ainda operando (escrevo em 2019):

MANAUS

- CAMPINAS (essa matéria que acabam de ler)
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Matérias sobre o tema: (abaixo das ligações há mais uma imagem, do bi-articulado Caio):


- SP: A REVOLUÇÃO NO TRANSPORTE - Abordo também um pouco de Campinas, mas o foco principal é a capital. Evidente que as coisas estão longe de serem perfeitas. Mas comparando ao que era até os anos 90 o transporte público em SP melhorou muito. Somando as redes de metrô e trem suburbano - e precisa somar, pois você acessa ambas pagando uma só passagem - a rede sobre trilhos na Grande SP já iguala o metrô de Nova Iorque/EUA. Os ônibus paulistanos igualmente mudaram da água pro vinho, mesmo que ainda haja espaço pra melhorar bem mais.

 

Reportagens sobre o transporte e sobre a cidade em São Paulo/Capital:

'SAIA-&-BLUSA': OS ÔNIBUS PAULISTANOS (1978-1991): Essa focando mais especificamente nos ônibus como o nome indica, abordando a pintura livre (até 1978) e as padronizações 'Saia-&-Blusa' (78-92, como dito), 'Municipalizado' (1992-2003) e 'Inter-Ligado' (2003-presente)

A FÊNIX TROVÃO AZUL: DE NORTE A SUL, ENERGIA JAMAIS SE PERDE, SE TRANSFORMA - (abordando exatamente a CMTC e sua pintura mais famosa, a 'Trovão Azul'. Não fui só eu que gostei dela. Veja como ela foi copiada no Brasil inteiro, de Porto Alegre-RS Manaus.

- "CAMALEÃO" 8000 DA CMTC: O 1º TRÓLEIBUS-ARTICULADO DO BRASIL TEVE 2 CARROCERIAS, 6 PROPRIETÁRIOS, 7 (OU 9?) PINTURAS E & NUMERAÇÕES Fabricado em 1985, saiu de circulação em 2012. Começou Caio e foi re-encarroçado MarcopoloComprado estatal, foi privatizadoIniciou a operação na Zona Leste, foi pra Zona Sul, voltou pra Z/L, de novo pra Z/S, e como o bom filho a casa torna, retornou mais um vez pra Z/L. Ficou sem placa por 15 anos aproximadamente (até a virada do milênio tróleibus em SP e várias outras cidades não eram emplacados), começou na lona, ganhou letreiro eletrônico mas nos fim retornou a lona, ganhou ar-condicionado e portas elevadas a esquerda. Enfim, o bichão é um museu-vivo do transporte paulistano - alias hoje é exatamente isso que ele é, um ônibus-museu - se houvesse espaço, ele estaria no 'Museu da CMTC' aqui retratado.

CENAS PAULISTANAS: O CENTRO E A ZONA SUL DE SÃO PAULO EM IMAGENS - Matéria-portal sobre SP, onde estão ancoradas as outras reportagens que já fiz sobre a cidade; falo um pouco da modernização do transporte igualmente.

-"PIXAI POR NÓIS" - A MARGINAL TIETÊ E A DUTRA (Grande SP, municípios da Capital e o vizinho Guarulhos) 

O melhor e o pior do Brasil, a poucas quadras de distância um do outro. O Centrãoque está com muitos moradores de rua e diversos outros problemas típicos de uma metrópole desse porte;

E ali do ladinho a “Cidade Verde”, os Jardins, a Paulista, Higienópolis, e o começo das Zonas Oeste e Sul, região que ao lado da Orla do Rio é onde mais concentra elite e alta burguesia no Brasil.

– A CIDADE CINZA”fotografando a Zona Leste (fevereiro/18). 
Na verdade o foco se restringe a Vila Carrão (ao lado) e Imediações. Mas não deixa de ser a primeira matéria na Z/L.


 "Deus proverá"
https://omensageiro77.wordpress.com/2017/01/19/tabela-trocada/