Imagem
pertencente ao portal Ônibus Brasil.
Créditos mantidos. Visite as fontes.
Local:
|
Rio
de Janeiro-RJ.
|
Data
|
Meio
da década de 2010.
|
Viação:
|
???
|
Carroceria:
|
Neobus.
|
Motor:
|
Volvo.
|
Rio
de Janeiro, década de 10. Bi-articulado Volvo Neobus indo pro
Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, Zona Oeste.
Pertencente ao
modal de ônibus Expressos (agora
se usa a sigla em inglês 'BRT')
TransCarioca e suas expansões.
O
Rio teve bi-articulados entre 2014 e 2018, mas eles infelizmente já
deixaram de operar na 'Cidade Maravilhosa'.
O
Rio de Janeiro passou por grande modernização no transporte no
começo da década de 10, por conta da Olimpíada de 16
(que foi lá) e
da Copa do Mundo de 14
(cuja grande final também foi ali, no Maracanã, excelso palco do
futebol mundial).
No
começo desse milênio o Rio não tinha sequer articulados, e muitos
menos ônibus Expressos
(uso o termo curitibano, se referindo a articulados operando em
canaletas exclusivas; como dito e é notório atualmente emprega-se a
sigla 'BRT') e
estações com embarque em nível, nem padronização de pintura.
Tudo
isso foi implantado, e como vimos no ano da copa do mundo começaram
inclusive a rodar modernos bi-articulados,
das marcas Marcopolo e Neobus – esse da imagem é Neobus, e bem, a
Neobus é 40% de propriedade da Marcopolo.
………..
No
começo dessa milênio várias capitais importantíssimas do Brasil
não tinham sequer articulados, com uma sanfona somente.
Essa
linha (Vilarinho/Cid. Adm.), pelo seu caráter especial, tinha
pintura específica, e era de graça pros funcionários públicos que
lá trabalham, bastava apresentar a carteira funcional.
Mas
pras linhas normais, que eram tarifadas, a capital mineira não tinha
nem ônibus articulado, muito menos bi-articulado.
Já
Manaus, vejam vocês, tinha tanto articulados quanto bi-articulados.
A
linha Vilarinho/Cid. Adm. (a única que tinha sanfonados quando fui
lá) foi incorporada ao Move, e virou alimentadora do mesmo.
A
capital baiana implantou o sistema Integra Salvador,
que padronizou a pintura e mudou a entrada pela frente.
Creio que a
cidade até hoje não tenha articulados (eles existiram nos anos 80 e
90, mas nesse milênio só rodaram alguns poucos em testes, inclusive
alguns que iam pra Manaus). Em compensação, Salvador já conta com
2 linhas de metrô.
Os articulados fazem as linhas-tronco,
mais longas, e ônibus curtos ou micros os alimentadores locais, com
integração tarifária. O metrô também passou por
ampliação.
Atualização:
no
final da década, após a Olimpíada de 2016 que lá foi sediada, o
Rio de Janeiro passou a enfrentar sérias dificuldades, e isso
repercutiu também no transporte coletivo,
tanto que a cidade deixou de contar com bi-articulados. Os
articulados continuam operando.
Além
disso, o Rio despadronizou a pintura, regrediu a pintura livre nos
'carros' que têm ar-condicionado
– isso só acontece no Rio, em todas as demais cidades ter
ar-condicionado não é desculpa pra não ter que cumprir a
padronização de pintura.
Enfim,
é assim que as coisas estão. Até o começo desse milênio o
transporte carioca estava em caos. Houveram grandes avanços.
Infelizmente a padronização de pintura e os bi-articulados não
puderam ser mantidos.
Mas os articulados, os corredores exclusivos e
estações com embarque pré-pago em nível e a ampliação do metrô
chegaram pra ficar. Fazendo um balanço, a década de 10 foi
positiva.
..........
Série
"Bi-Articulados no Brasil":
-
RIO DE JANEIRO (essa matéria que acabam de ler)
- RIO BRANCO-AC (também falamos do Rio e Manaus, pois é exatamente o mesmo 'carro' acima que rodou/roda nessas duas capitais da Amazônia)
- BOA VISTA-RR (breve)
Publiquei matéria
específica sobre o transporte carioca:
- O
TRANSPORTE NO RIO: BONDE ANTIGO, BONDE MODERNO (VLT), AMPLA REDE DE
TRENS DE SUBÚRBIO, METRÔ, BARCAS, POUCOS ARTICULADOS E CORREDORES:
TELEFÉRICOS, BI-ARTICULADOS E PADRONIZAÇÃO DE PINTURA VIERAM MAS DURARAM POUCO (outubro de 2021) –
Houve enorme esforço de modernização pra Olimpíada, e alguns dos benefícios se mantiveram:
Ampliação do metrô, VLT, integração no cartão, elevador no Morro Santa Marta, e o próprio BRT, que na orla funciona bem.
Por outro lado o dinheiro acabou, situação já presente após o Rio-16, e que se agravou muito com a epidemia.
Vários setores do transporte coletivo carioca estão a beira do colapso, como alias também outras áreas como saúde, segurança e a própria governabilidade política.
O teleférico nos morros do Alemão e Providência, os bi-articulados e a
padronização de pintura já se foram. A continuidade de todos os demais
modais está ameaçada.
Além dessa radiografia do presente, traço uma perspectiva histórica do século 20, com ênfase especial dos anos 70 pra cá.
CONFIRA A SÉRIE SOBRE O RIO DE JANEIRO:
– RIO 40º: CAPITAL DO MELHOR E DO PIOR DO BRASIL (setembro de 2022)
Abordando
a tentativa da burguesia de se isolar num “subúrbio a estadunidense” na
Barra da Tijuca – até os anos 90 deu certo, com a melhoria dos
transportes que falamos em outro texto não mais.
E também do processo de remoção das favelas da Zona Sul no início do regime militar – igualmente começou com grande fôlego mas por diversos fatores foi interrompido.
Uma
das que seriam retiradas seria a do Pavão-Pavãozinho/Cantagalo, na
divisa de Copacabana e Ipanema. Como você vê ao lado, não deu certo.
Conto a origem do nome de algumas favelas,
inclusive a mais antiga do Brasil, o Morro da Providência no Centro, e
mais o Chapéu-Mangueira no Leme/Copacabana, quase a beira-mar na Zona
Sul.
Falo ainda do “TeteCá”, a “língua” inventada no RJ que inverte a ordem das sílabas, da pichação de muros, e mais.
- 021: A CIDADE É MARAVILHOSA MAS . . . SE LIGA MEU IRMÃO!!!
Que a situação está complicada e de forma multi-dimensional não é segredo pra ninguém. Não o menor dos problemas é a violência urbana, evidente. Faço uma breve retrospectiva histórica mostrando as origens dessa triste situação.
Uma cidade ocupada militarmente, foi o que vi em setembro/2020. A impressão é que havia desembarcado em Bagdá/Iraque ou Cabul/Afeganistão. Relato com muitas fotos de uma realidade impressionante.
Outras postagens sobre o mesmo tema:
Quem tem perto de 40 (escrevo em 2021) vai lembrar quem em muitas cidades antigamente os busos tinham ‘capelinhas’ – letreiro menor no teto pro nº da linha. Muito comum no Rio e SP, sendo que no rio quase oni-presente até os anos 80 e começo dos 90.
Mostra o Sudeste e mais Belém-PA, Porto Alegre-RS e até Brasília-DF (onde houve esse apetrecho em maior escala), além de dar um panorama global.
Falo também de um costume, nos anos 70 e 80 típico do Sudeste Brasileiro e também presente no Chile e Argentina: pôr a chapa na grade de respiração do motor, e não no espaço próprio pra isso no para-choques.
- DEUS É UM CARA GOZADOR E ADORA BRINCADEIRAS
(mostro situações irônicas nos ônibus, e no caso do Rio abordo o
sistema de Expressos e alimentadores do Trans-Carioca; também flagrei e
relato curiosidades em Atibaia-SP, na Argentina e na Paraíba)
E os azuis são bi-articulados - o que nos leva as seguintes matérias:
(Radiografia completa, desde a implantação dos 'Expressos' nos anos 70, o
começo dos articulados em 1981, massificação dos articulados em
1987/88, e chegada dos bi-articulados nos anos 90)
Sobre São Paulo:
- SP: A REVOLUÇÃO NO TRANSPORTE - Nessa aqui falamos também de Campinas, e seus bi-articulados. Evidente
que as coisas estão longe de serem perfeitas. Mas comparando ao que era
até os anos 90 o transporte público em SP melhorou muito. Somando
as redes de metrô e trem suburbano - e precisa somar, pois você acessa
ambas pagando uma só passagem - a rede sobre trilhos na Grande SP já
iguala o metrô de Nova Iorque/EUA. Os ônibus paulistanos igualmente mudaram da água pro vinho, mesmo que ainda haja espaço pra melhorar bem mais.
Essa focando mais especificamente nos ônibus como o nome indica.
Abordando
a pintura livre (até 1978).
E também as padronizações do transporte paulistano:
'Saia-&-Blusa'
(78-92, como dito), 'Municipalizado' (1992-2003) e 'Inter-Ligado'
(2003-presente).
O melhor e o pior do Brasil, a poucas quadras de distância um do outro. O Centrão, que está com muitos moradores de rua e diversos outros problemas típicos de uma metrópole desse porte;
E ali do ladinho a “Cidade Verde”, os Jardins, a Paulista, Higienópolis, e o começo das Zonas Oeste e Sul, região que ao lado da Orla do Rio é onde mais concentra elite e alta burguesia no Brasil. Além disso, um dos pontos positivos é exatamente a melhora do transporte, fotografei vários bi-articulados paulistanos em ação.
Outras matérias sobre o tema:
CASA DE MADEIRA FOI COMUM NO SUDESTE E CENTRO-OESTE: HOJE SÓ RESTAM RESQUÍCIOS (posto uma imagem clássica: a favela da Catacumba, na Lagoa, Rio, que existiu até 1971; Além
disso, evidente que a situação atual do Rio se deve em muito a perda da
condição de capital, em 1960. Abrimos a matéria com outra foto
histórica, Brasília em construção, as torres do Congresso já prontas ao fundo, em primeiro plano um “acampamento” de candangos [os peões que ergueram a nova capital] só com casas de madeira).
"Deus proverá"
Nenhum comentário:
Postar um comentário