sábado, 29 de fevereiro de 2020

a "Enciclopédia do Transporte Brasileiro"




"O 'Cara Gozador' - Deus Pai e Mãe - quis que esse Filho seu (minha humilde pessoa no caso) fosse busólogo ”.  
Por conta disso sou estudioso do transporte urbano, especialmente em nosso país mas na medida do possível em escala global.


Então já produzi algumas matérias falando sobre a evolução das redes de ônibus e (onde for o caso) também do modal sobre trilhos em diversas cidades.



Fiz uma postagem que funcionará como um portal.


Isso significa o seguinte:

Ela serve como uma grande índice, ancorando as reportagens que já fiz que envolvam a área de transportes.


Sempre que nova mensagem for produzida ou reformulada, a atualizarei. Vamos nessa mostrar alguma coisa do que já está publicado.


Começando pela maior cidade do Brasil, São Paulo evidente. Uma grande reportagem, que se divide em 2 partes:

SAIA-&-BLUSA”: OS ÔNIBUS PAULISTANOS (1978-1991) – da pintura livre as padronizações ‘Saia-&-Blusa’, ‘Municipalizado’ e ‘Interligado’, com dezenas de fotos.
Na verdade, apesar do título ser ’78/91′, retratamos de 1970 a atualidade, abordando todos os modais, pneus e trilhos.

– SP: A REVOLUÇÃO NO TRANSPORTE - Evidente que as coisas estão longe de serem perfeitas. Mas comparando ao que era até os anos 90 o transporte público em SP melhorou  muito.


Somando as redes de metrô e trem suburbano a rede sobre trilhos na Grande SP já iguala o metrô de Nova Iorque/EUAE precisa somar, pois você acessa ambas pagando uma só passagem.

Os ônibus paulistanos igualmente mudaram da água pro vinho, mesmo que ainda haja espaço pra melhorar bem mais (de quebra na mesma matéria falo um pouco sobre Campinas-SP).
……….
Agora Curitiba, que é a cidade que vivo desde 1980, e que já foi modelo pro Brasil e mundo em termos de transporte coletivo.

Houve duas décadas de grandes investimentos (do começo pro meio dos anos 70 ao começo dos 90). Depois disso se seguiu um período de estagnação, que cobrou um alto preço: o número de usuários de ônibus desabou na década de 10.

Perto da virada pra década de 20 a cidade desperta e começa a haver um renascimento.
Vamos as matérias, elas contam em detalhes toda essa história:


Até o começo da década de 90 as linhas inter-municipais tinham pintura livre. Confira como era cada uma das viações.


Aí veio a padronização, em unicolor num estilo que lembra muito a pintura dos municipais, porém as cores eram conforme a região da cidade, e não por categoria da linha.

Só que posteriormente todas as viações abandonaram a cor da padronização e uniformizaram no bege, exceto a São José dos Pinhais.


CHEGOU O LIGEIRÃO NORTE – DEPOIS DE 5 ANOS…UFA (aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974. Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba? Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas, cinzas e azuis, mas sempre voltam a ser vermelhos – nesse caso não concerne o Pilarzinho, essa parte da cidade não tem Expressos).


Voltando ao Sudeste, Belo Horizonte, Minas Gerais (quando digo ‘cidade-modelo’ não quer dizer que as coisas seja perfeitas, apenas que estão havendo investimentos na melhora da rede.)



E de novo pro Sul, pra capital de Santa Catarina:

A CIDADE DE FLORIANO NÃO ESTÁ MAIS DESTERRADA (Radiografia completa do transporte ‘manezinho‘, com dezenas de fotos: da pintura livre a padronizada, a volta a pintura livre, ao novo retorno a padronização)


ILHA DA MAGIA – E CONTINENTE TAMBÉM: GRANDE FLORIANÓPOLIS, SC (Relato geral sobre a cidade, abordando não apenas o transporte. Falamos também sobre isso, da volta do livre pro padronizado, cliquei várias cenas mostrando a transição)
……….


Outras reportagens também abordando temas do transporte/automotivos, embora não necessariamente restritos ao foco dos ônibus  urbanos brasileiros:

- BR-116, BR-381, ETC: COMO AS RODOVIAS SÃO NUMERADAS
Qual o critério dos prefixos das estradas federais brasileiras? Numa das matérias mais lidas da página eu explico – com muitos mapas, um deles da BR-101, a ‘Rodovia Beira-Mar’ brasileira.

Dezenas de fotos raras tiradas no começo da década de 80 (algumas na de 90). Mas tem muito mais.

De brinde: a antiga rodoviária da Luz (na Pça. Júlio Prestes), em SP, na década de 70. Além disso, uma cena da Rodoviária de Curitiba em 1957, quando ela era no atual terminal metropolitano do Guadalupe.

Tomadas modernas acompanhando a evolução da Viação Cometa alguns ônibus urbanos dos anos 80, e mais.

“BOCA-LOCA”, “TROVÃO AZUL” E OUTROS: OS TRÓLEIBUS NO BRASIL
A história dos ônibus elétricos no Brasil. Hoje só há tróleibus na Grande São Paulo (2 redes, uma municipal e outra metropolitana) e Santos, no Litoral do mesmo estado.

- OS TRÓLEIBUS AMERICANOS, DE VALPARAÍSO A VANCUVER
Radiografia continental agora. A Argentina lidera na América LatinaAli são 3 cidades com o modal: Córdoba, Mendonça e Rosário.

No Brasil existem tróleis (2020) nas 2 do estado de SP como dito acima, enquanto no México  também em 2, a capital e Guadalajara. Chile, Equador e Canadá contam com tróleis em uma cidade em cada umE nos EUA ainda restam 5 sistemas de ônibus elétricos: Boston, São Francisco, Filadélfia, Seattle e Dayton (Ohio).

Até recentemente havia também na Venezuela, na cidade de Mérida. Entretanto, devido a crise que esse país enfrentou na década de 10 a rede elétrica foi desmantelada.
…….

Quem perto de 40 (escrevo em 2020) vai lembrar quem em muitas cidades antigamente os busos tinham ‘capelinhas’ – letreiro menor no teto pro nº da linha.

Mostra o Sudeste e mais Belém-PAPorto Alegre-RS e até Brasília-DF (em todas esass partes é onde houve esse apetrecho em maior escala), além de dar um panorama global. Falo também de um costume, nos anos 70 e 80 típico do Sudeste Brasileiro e também presente no Chile e ArgentinaPôr a chapa na grade de respiração do motor, e não no espaço próprio pra isso no para-choques.

Já que tocamos no ponto, em todos os países que a Vida me dá o oportunidade de visitar eu faço uma matéria sobre o transporte (o mesmo em todas as cidades dentro da Pátria Amada).

NÃO HÁ METRÔ, TREM, CORREDOR OU ARTICULADO; MAS HÁ 'JARDINEIRAS': O TRANSPORTE NO PARAGUAI
Devo adicionar que na segunda metade da década de 10 o Paraguai e demais países como Colômbia e Panamá na Am. Central também aderiram a onda de modernização. Os veículos novos que estão chegando não são mais jardineiras, e sim busos como conhecemos no Brasil.

Assim, em algum momento da década de 20 haverá a conclusão da mudança de vibração:
Esses desconfortáveis mas simpáticos ônibus com motor de caminhão a frente só serão vistos em museus (sejam museus tridimensionais ou virtuais como as páginas de busologia).

Então está feito o registro. Em 2013, quando visitei Assunção, eram a cena mais comum das ruas paraguaias.

"Deus proverá"

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Buso e bonde no fim-de-tarde no Gonzaga, Santos




Autoria própria. Imagem de livre circulação, desde que os créditos sejam mantidos.

Local:
Santos-SP.
Viação:
Piracicabana (esse era o nome antigo, depois passou a assinar BR Mobilidade/Baixada Santista).
Data:
11/2015.
Carroceria:
Marcopolo.
Motor:
???
Observação:
Foto na Beira-Mar, o Sol se pondo ao fundo

Santos, Litoral Paulista, novembro de 2015. Marcopolo da Viação Piracicabana em linha municipal na Beira-Mar da Praia do Gonzaga.

Ao fundo vemos o famoso Bondinho do Gonzaga. Esse não sai do lugar, é um posto de informações turísticas.

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Santos (por isso me refiro a Grande Santos, “Baixada Santista”, incluindo os vizinhos municípios de São Vicente, Guarujá, Praia Grande e Cubatão) é uma cidade peculiar em relação ao transporte coletivo. Eis os diversos modais que lá existem:

- VLT ('Veículo Leve sobre Trilhos'), o 'bonde moderno', também conhecido como 'metrô leve';

- Bonde antigo (só o Rio de Janeiro e Santos têm bondes antigos ainda circulando; no Rio de forma ininterrupta, em Santos os bondes foram extintos em 1971 e retomados na virada do milênio);


- Vans (e micro-ônibus) que sobem os morros e vão pros bairros da periferia (em Santos e Cubatão).

Dos anos 90 até 2019 São Vicente não tinha ônibus grandes, por isso me refiro aos de tamanho normal.

Sim, é isso. O município passou mais de 2 décadas só com vans e micro-ônibus. Mas no final de 2019 uma viação ganhou a licitação e passou a operar a concessão, algumas linhas com ônibus grandes e outras com micros. Os micros e vans de cooperativa encerraram as atividades.

Além disso, também de a partir de 2019 as linhas municipais do Guarujá passaram a contar com articulados - é a primeira vez que a Baixada tem articulados em larga escala e de forma permanente.

Antes disso, no fim do século 20 houveram alguns 'sanfonados' (um em testes pela extinta CSTC no municipal de Santos e pelo menos mais um, ex-Campinas, em linhas metropolitanas pela também extinta viação Marazul da Praia Grande). Mas sempre isolados, de forma esporádica. 
………….


Comentemos agora a imagem. O busão provavelmente é um Torino '5' – oficialmente chamado 'Torino 2007'.

Atrás vemos o bonde. No Centro de Santos há uma linha turística com bondes antigos, como dito e é notório.

Esse que fica na praia está parado. Nem tem como sair do lugar, pois não há rede de trilhos ali.

Funciona como posto de informações turísticas. Ainda assim, ele foi reformado pra ficar exatamente como era quando estava na ativa. Até a publicidade interna foi restaurada como a original.


Matérias sobre o tema (Baixada):  


- PRAIA, MORRO, CANAL & CASA DE MADEIRA: ISSO É SANTOS (Relato da viagem a Baixada Santista, abordando diversos aspectos da cidade, entre eles o transporte)


Agora o interior paulista:

NAS MARGENS DA DUTRA: SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/VALE DO PARAÍBA-SP (matéria sobre a cidade em geral, mas tem uma grande seção sobre os ônibus, contando a história desde a pintura livre nos anos 80 e as duas padronizações nessa última década

Reportagens sobre São Paulo/Capital:

SP:A REVOLUÇÃO NO TRANSPORTE - Evidente que as coisas estão longe de serem perfeitas. Mas comparando ao que era até os anos 90 o transporte público em SP melhorou muito. Somando as redes de metrô e trem suburbano - e precisa somar, pois você acessa ambas pagando uma só passagem - a rede sobre trilhos na Grande SP já iguala o metrô de Nova Iorque/EUA. Os ônibus paulistanos igualmente mudaram da água pro vinho, mesmo que ainda haja espaço pra melhorar bem mais. 
'SAIA-&-BLUSA': OS ÔNIBUS PAULISTANOS (1978-1991): Essa focando mais especificamente nos ônibus como o nome indica, abordando a pintura livre (até 1978) e as padronizações 'Saia-&-Blusa' (78-92, como dito), 'Municipalizado' (1992-2003) e 'Inter-Ligado' (2003-presente)


- A FÊNIX TROVÃO AZUL: DE NORTE A SUL, ENERGIAJAMAIS SE PERDE, SE TRANSFORMA (abordando exatamente a CMTC e sua pintura mais famosa, a 'Trovão Azul'. Não fui só eu que gostei dela. Veja como ela foi copiada no Brasil inteiro, de Porto Alegre a Manaus/AM).

- "CAMALEÃO" 8000 DA CMTC: O 1º TRÓLEIBUS-ARTICULADO DO BRASIL TEVE 2 CARROCERIAS, 6 PROPRIETÁRIOS, 7 (OU 9?) PINTURAS E & NUMERAÇÕES Fabricado em 1985, saiu de circulação em 2012. Começou Caio e foi re-encarroçado MarcopoloComprado estatal, foi privatizadoIniciou a operação na Zona Leste, foi pra Zona Sul, voltou pra Z/L, de novo pra Z/S, e como o bom filho a casa torna, retornou mais um vez pra Z/L. Ficou sem placa por 15 anos aproximadamente (até a virada do milênio tróleibus em SP e várias outras cidades não eram emplacados), começou na lona, ganhou letreiro eletrônico mas nos fim retornou a lona, ganhou ar-condicionado e portas elevadas a esquerda. Enfim, o bichão é um museu-vivo do transporte paulistano - alias hoje é exatamente isso que ele é, um ônibus-museu - se houvesse espaço, ele estaria no 'Museu da CMTC' aqui retratado.

CENAS PAULISTANAS: O CENTRO E A ZONA SUL DE SÃO PAULO EM IMAGENS - Matéria-portal sobre SP, onde estão ancoradas as outras reportagens que já fiz sobre a cidade; falo um pouco da modernização do transporte igualmente.

Deus proverá

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

1º ônibus pro Pilarzinho, Zona Norte


Origem da imagem: internet
Local:
Curitiba-PR.
Viação:
???
Data:
Década de 50 ou 60 do século 20.


Curitiba, década de 50 ou 60. Ônibus na linha 'Pilarzinho', pro bairro desse nome, na Zona Norte da cidade.

Segundo uma fonte, trata-se da primeira linha de ônibus da região. A isso me refiro ônibus normal, como temos agora.

Até o meio do século passado, Curitiba tinha – além dos bondes nos bairros mais centrais – as “lotações” que iam as partes mais distantes. E essas eram feitas pelas famosas 'jardineiras',carroceria de ônibus sobre chassi de caminhão, o motor ficavasaltado a frente (veja foto de uma jardineira em Curitiba, em linha pro Cajuru, na Zona Leste). 
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O Pilarzinho é um bairro relativamente grande em área. Em relação a população, tem perto de 30 mil habitantes (28 mil no Censo de 2010), sendo assim o 3º bairro mais populoso da Zona Norte atrás de Santa Cândida e Boa Vista.

É uma região bastante montanhosa, com muitas ladeiras, o que é raro em Curitiba. A capital do PR é uma cidade no geral razoavelmente plana, são poucos os bairros com morros, o Pilarzinho é uma dessas exceções.

Alias, esse é o bairro mais alto de Curitiba, daí o título que dei a matéria, “Bem Perto do Céu”.

Sendo bem extenso, o Pilarzinho tem variada diversidade social, é quase 'uma cidade dentro da cidade'. Há regiões de classe média-alta onde os sobrados valem acima de meio milhão de reais (valores de 2020, quando uma passagem de ônibus é R$ 4,50 e US$ 1 = R$ 4,35) com facilidade, ao lado de outras parte de classe média-baixa, várias vilas populares de periferia, e até algumas favelas, em graus variados de urbanização.

Outros detalhes: hoje, e a muito tempo, não existe mais uma linha de ônibus que se chame 'Pilarzinho'.

Atualmente as linhas têm o nome das vilas e avenidas, como por exemplo 'Primavera', 'Bracatinga', 'Jardim Kosmos', 'Vila Nori', 'Fredolin Wolf', 'Parque Tanguá' (antigo 'Nilo Peçanha'), etc.

Além disso, o buso tinha o eixo a frente da porta dianteira, ou seja, sob o motorista.

Essa configuração era comum nos anos 70, não apenas pra articulados, pra ‘carros’ de tamanho normal da mesma forma. Fez muito sucesso especialmente no Rio Grande do Sul.

A placa só tem números, sem letras. E vinha escrito Curitiba-PR, o município antes do estado.

E não 'PR-Curitiba', como foi de 1970 a 2020 (nos emplacamentos com 2 letras/4 dígitos e posteriormente 3 letras/4 dígitos. A partir de 2019 e compulsoriamente a partir de 20 infelizmente chegou o emplacamento do Merco-Sul, que não tem o nome do estado e município).


Isso acabei da dizer, e ademais é notório. O que quero colocar é: a quantia de dígitos variava conforme o estado.

São Paulo tinha 6 dígitos, no final desse ciclo chegou mesmo aos 7 dígitos. Pois desde aquela época é o estado mais rico e populoso da naçãoAssim ali haviam mais veículos emplacados, eram necessárias mais combinações obviamente.

No Rio Grande do Sul chegaram a haver 6 dígitos, mas 7 nunca vi. Fora de SP, a maioria das fotos da época mostra placas de 5 dígitos, aqui um caso no Paraná, e fotos do Rio de Janeiro mostram a mesma situação (até 1975 o atual município do Rio era o estado da Guanabara).

Matérias sobre o tema, primeiro sobre o bairro: 

"BEM PERTO DO CÉU": PILARZINHO E VISTA ALEGRE (Como o nome indica, abordando esse bairro da Zona Norte e seu vizinho V. Alegre, que já fica na Zona Oeste);

(essa sobre o bairro da Cachoeira, compartilhado entre a capital e Almirante Tamandaré, município que faz divisa com o Pilarzinho) 

- UMA GRANDE SÉRIE SOBRE CURITIBA: MAPA COM AS REGIÕES DA CIDADE (matéria mais lida da página, já teve quase 50 mil acessos nos primeiros 5 anos da publicação [2015-2020]; relato a população de todos os 75 bairros, mostro num mapa a que 'zona' [região] cada um pertence, e abordamos também a região metropolitana).


E agora sobre o transporte na Grande Curitiba:


"Deus proverá"