quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Rodoviária Velha

https://omensageiro77.wordpress.com/2015/02/19/recordar-e-viver-a-rodoviaria-de-curitiba-naquele-tempo/


ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"

 

Imagem pertencente ao sítio 'Classical Buses'. Créditos mantidos. Visite as fontes 
 
Curitiba, 1957. Não existia a atual 'Rodoferroviária'. Foto de cartão-postal registra que a Rodoviária de Curitiba era no atual Terminal Guadalupe, que hoje serve as linhas urbanas inter-municipais pra região metropolitana.


Nos anos 80, o povo ainda se referia ao Guadalupe como 'a Rodoviária Velha', e a Rodo-Ferroviária como 'a Rodoviária Nova'. Se você falasse somente 'a rodoviária', te perguntavam: “qual, a velha ou a nova?”.


Portanto na década de 80 fazia um década, uma década e pouco da mudança. As pessoas mais velhas, que haviam pego ônibus de viagem diversas vezes na Rodoviária Velha, ainda tinham muito viva essa lembrança na memória.

Por isso quando usavam o termo 'rodoviária' ainda lhes vinha essa imagem na cabeça, necessitando aclaramento. Com o passar do tempo, a população se adaptou a mudança.

Os que já tinham realmente idade avançada retornaram pro outro plano Espiritual, os mais novos embora tivessem pego ônibus de viagem no local antigo com o passar do tempo passaram a embarcar e desembarcar no novo prédio (apenas 5 quadras separam as rodoviárias nova e velha, pra quem não conhece Ctba.), remoldando dessa forma seu plano mental.

Assim, nos anos 90 os curitibanos, mesmo os que haviam utilizado amplamente a rodoviária antiga, foram se adaptando a mudança. E foi crescendo uma geração que nunca havia viajado utilizando esse local, ou o fizeram quando eram muito crianças. Cada vez mais gente, de todas as idades, foi aceitando a ideia que a Rodoviária mesmo, pra pegar estrada, agora era somente a mais recente.

Então deixou de haver a distinção entre Rodoviária 'velha' e 'nova'. Até a linguagem mudou, a Rodoviária 'Nova' passou a ser simplesmente 'a Rodoviária', ou 'a Rodo-Ferroviária', e a Rodoviária 'Velha' passou a ser o 'Terminal Guadalupe'.
……….



Outra coisa: repare nas janelas e no teto arredondado. Era assim que os ônibus eram feitos a época, tanto rodoviários quanto urbanos.

Em São Paulo, Santos, Araraquara (todas no estado de SP, obviamente) e no Recife-PE velhos tróleis fabricados nos anos 40 e 50 circularam até os anos 90 e virada do milênio, e eles tinham essa configuração.

Em Valparaíso-Chile foram ainda mais longevos, fotografei-os pessoalmente em 2015, quando alguns exemplares já tinham 70 anos de pista
...........

Em tempo: Curitiba e Brasília-DF têm duas coisas em comum no quesito rodoviárias. Primeiro, na Capital Federal a antiga rodoviária também virou terminal urbano, lá chamada 'Rodoviária P.P.', de 'Plano-Piloto'. Segundo, Brasília também teve por décadas uma 'Rodo-Ferroviária', ou seja, um local compartilhado por ônibus e trens

Quando a Rodoviária P.P. deixou de receber linhas de longa distância, essas foram transferidas pra Rodo-Ferroviária no final do Eixo Monumental, após o Palácio Buritis e o Memorial JK. E ali pararam os ônibus por algumas décadas, até que fosse inaugurada a atual Rodoviária (integrada ao metrô), já a 3ª utilizada por Brasília em seus somente 58 anos (2019).


Matérias sobre o tema:

– JARDIM BOTÂNICO, CARTÃO-POSTAL DE CURITIBA  (FALO TAMBÉM DO CRISTO REI  E ATÉ DO ALTO DA XV).

Publicado em 2016 somente com alguns desenhos. Em outubro de 2020 fiz uma reformulação maciça. Adicionei uma grande quantia de fotos e texto, tornando a postagem uma reportagem de verdade.

Nem é preciso explicar, a cúpula de vidro do parque é a imagem mais famosa dessa cidade. Além desse verdadeiro ícone, a Rodoviária que abordamos aqui também fica no bairro Jd. Botânico.

- POR QUE O HOSPITAL CAJURU NÃO É NO CAJURU? E SIM NO CRISTO REI

Não é hoje, mas um dia foi. Entretanto, o mais incrível vem agora: os prédios do complexo hospitalar estão exatamente no mesmo lugar que sempre estiveramFoi o bairro do Cajuru quem ‘se mudou- na verdade foi perdendo território conforme outros bairros se emancipavam dele.

Nesse texto de agosto de 2010 abrimos os arquivos da colonização da Z/L nos século 20 pra explicar como isso se deu.

RECORDAR É VIVER: A RODOVIÁRIA DE CURITIBA “NAQUELE TEMPO” . . .

Dezenas de fotos raras tiradas no começo da década de 80 (algumas na de 90). Mas tem muito mais.

De brinde: a antiga rodoviária da Luz (na Pça. Júlio Prestes), em SP, na década de 70.

Além disso, uma cena da Rodoviária de Curitiba em 1957, quando ela era no atual terminal metropolitano do Guadalupe.

Tomadas modernas acompanhando a evolução da Viação Cometa alguns ônibus urbanos dos anos 80, e mais. 

Acima busos das viações Sul-Americana (já extinta) e Graciosa, entre outros.

Matérias sobre o tema:

Inter-Hospitais.

Micro-ônibus. Mostrando vários deles – e não apenas da Caio – em ação pelo Brasil e Chile.

No início os anos 80 Curitiba implantou seu revolucionário sistema de transporte coletivo. 

 Padronizando a frota em unicolor, a cor indicava a categoria.

Por quase 40 anos, de 1981 a 2020 Curitiba teve ônibus brancos, enquanto durou o Circular Centro.

As categorias Vizinhança e Inter-Hospitais, e por um tempo até o Alimentador Zoológico, também utilizaram a mesma cor, em períodos diferentes da história.

Micro Caio Carolina em Brasília.

No entanto em 2020 acabou. Assim como o azul, o branco também foi eliminado do sistema de transporte curitibano.

O detalhe curioso é que houve um tempo que a Caio punha nomes de mulheres em seus ônibus.

Carolina era o micro.

Aqui em Curitiba a linha Circular-Centro, que tinha sua pintura exclusiva branca, era operada pelas viações Luz e Cristo Rei (cada uma num sentido, horário e anti-horário).

Pois bem. No Circular-Centro da década de 80 só haviam Carolinas, em ambas as viações.

Abordo na matéria também o modal Seletivo/Executivo/Opcional curitibano.

Que geralmente é feito por micro-ônibus, e “naquele tempo” muitas vezes por Carolinas.

Tem mais, mostro várias categorias que igualmente foram feitas por micros, em várias cidades brasileiras:

Porto Alegre, Brasília, o Rio, o Recife e Santos. Como essas linhas começaram, e como estão hoje.

Se tudo fosse pouco, no Chile um desses micros teve um triste final . . .virou varal!


Cid. do Cabo, África do Sul, 2017.

O CARRO DO POVO 

Vamos homenagear o carro mais vendido da história do planeta Terra.

Claro que só pode ser o nosso querido Fusca.

Foram nada menos que 21 milhões de unidades, de 1938 a 2003.

Oficialmente lidera a lista o Toyota Corolla, com 40 milhões – e contando, ainda está sendo feito.

Fusca/Rolls-Royce“???

Seguido do Golf, da própria Volks, com 25 milhões, igualmente permanece ativo na linha de montagem.

O Corolla começou em 1966 e é fabricado até hoje.

(Os dados são de 2018, quando escrevo.)

Porém, apenas o nome se manteve. 

O desenho do carro, sua carroceria, mudou muito.

Busque na internet um Corolla dos anos 60 e alinhe com um atual.

Etiópia/África: Fuscarroça!!

Ficará evidente que não se trata do mesmo carro, malgrado tenham idêntico nome. 

O mesmo ocorreu com o Golf, que se iniciou em 1974.

Já o Fuscão velho de guerra vendeu 21 milhões do mesmo carro, mesmo desenho.

Portanto até hoje o carro mais vendido da história.

Se serve de consolo, o velho Golf, o original, é o carro mais vendido da história da África do Sul.

Lá os Fuscas são populares até hoje como relíquia.

No entanto o carro do povo, o que transporta as multidões, é o clássico Golf.

O modelo antigo, que foi lançado em 1974.

Ao lado: vários táxi-Fuscas na mesma esquina em Acapulco/México.

Em 2012, 90% dos táxis de Acapulco ainda eram os bons e velhos Fuscas (*).

Continuando na mesma frequência:

Táxi/Fusca de Curitiba, anos 80.

MAIORIA DE TAXI-FUSCAS EM CURITIBA: EM 1980, CLARO

Fiz uma postagem mostrando fotos antigas da Rodoviária de Ctba. . Dali se desdobrou essa postagem.

Que originalmente mostrava apenas a fila de táxis no local, em 1980: são 7 Fuscas contra 1 Corcel1 da Ford.

A partir daí ampliei a postagem, pra mostrar Fuscas operando como táxis em diversas cidades do Brasil e América.

 

Mais posttagens sobre o transporte coletivo em Curitiba:

Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?

Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuismas sempre voltam a ser vermelhos.



(Radiografia completa, todos os modais: Expressos, ConvencionaisIntrer-Bairros, Alimentadores, Circular-Centro, Ligeirinhos, e mesmo outros que já foram extintos.)
 

DE CURITIBA PRO MUNDO

DO MUNDO PRA CURITIBA

Mostram, respectivamente, ônibus que começaram na capital do PR e depois foram vendidos pra outras cidades do mundo; E, inversamente, bichões que primeiro rodaram em outras terras e depois vieram pra cá.

De 2015 pra cá o sistema metropolitano da capital do PR passou a ser grande importado de busões usados. Isso é domínio público. Agora segura essa bomba: flagrei um Caio Gabriela Expresso operando na Costa Rica, América Central. O letreiro diz “020-Inter-Bairros 2”, entregando que ele é oriundo daqui de Curitiba.

Outra raridade postada na mesma reportagem: já na pintura do ‘Municipalizdo’ de SP. Letreiro: “203-Sta. Cândida/C. Raso”, articulado também ex-curitibano evidente.

E, o tema dessa postagem, Ligeirinho de Curitiba em plena Nova Iorque/EUA. A linha é ‘Lower Manhattan’.

Calma, como dito foi somente por uma semana que eles rodaram lá. Uma exposição do novo sistema que estava sendo implantado aqui. Só um espetáculo teatral, resumindo.





ANTES & DEPOIS: FROTA PÚBLICA DE CURITIBA: Entre 1987 e 88, a prefeitura encomendou 88 articulados, que vieram pintados de laranja.

Usei seu trabalho como base pra fazer uma matéria em minha página, acrescentando mais fotos e informações. 

Tudo somado, os 88 busos eram nessas configurações:
– 12 Caios Amélia (11 Scania e 1 Volvo)
– 26 Marcopolos Torino (todos Volvo)
– 50 Ciferal Alvorada (idem, 100% Volvo).

Vendo pelo fabricante de motor, repetindo, foram 11 Scanias (todos eles Caio Amélia e com o eixo a frente da porta) e 77 Volvos (sendo 1 Caio Amélia, 26 Marcopolos Torino e 50 Ciferal Alvorada, todos com o eixo na posição ‘normal’, atrás da porta).

Esse é focado nos ônibus. Falo bastante da cidade de Curitiba, principalmente de um fato curioso:Azul é a cor mais comum de ônibus pelo mundo afora.
No entanto, só em 2011 a capital do Paraná foi ter busos nessa cor. A vai durar pouco. Os ‘ligeirões’ comprados a partir de 2018 voltaram a ser vermelhos.

Assim, em algum momento na década de 20, a frota azul adquirida em 2011 será substituída.

Curitiba deixará então de ter busos celestes, e então nãos os terá nem no municipal tampouco no metropolitano. Alias esse tema já nos leva a próxima matéria.

Ligeirão na descida do Juvevê, 2018.
 
 
Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?

Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjascinzas e azuismas sempre voltam a ser vermelhos.

As próximas 3 matérias retratam Colombo, na Zona Norte da Grande Curitiba.

– VIAGEM PRO PASSADO: A GARAGEM DA VIAÇÃO COLOMBO, ANOS 80 - Quando ainda era pintura livre, e a viação era grande cliente da Caio (depois ela ficou 20 anos sem adquirir Caios 0km).

Repetindo o que já foi dito acima e é notório: ficou pronto em 2006, mas ficou 3 anos fechado, só sendo inaugurado (de forma errada) em 2009.
Somente em 2016 o Roça Grande se transformou num terminal de verdade.
Com linha troncal sendo feita por articulado e linhas alimentadoras com integração de fato.
Fotografei um articulado Caio ex-BH chegando no Terminal Roça Grande vindo do Centrão de Ctba. .  Isso nos leva as duas próximas matérias.

Até 2015, a prefeitura de Curitiba controlava também boa parte do transporte metropolitano.
Então era proibido trazer ônibus usados, tinha que ser sempre 0km.
Nesse ano houve o rompimento. As linhas inter-municipais voltaram pra alçada do governo do estado.
Com isso, Curitiba passou a ser grande importadora de busões de outros estados.

Um busão do Recife foi vendido primeiro pra Aracaju-SE.
Onde operou sem repintar por conta de uma homenagem que uma viacão sergipana faz a Pernambuco.
 
Depois veio pra Grande Curitiba, sendo enfim repintado no padrão metropolitano.
E assim, no bege da Comec, foi deslocado pra Itajaí/SC.
Mostro vários outros exemplos que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba.
Especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de ‘carros’ curtos também.

2021: enfim os Expressos na L. Verde Norte/Leste.
– LINHA TURISMO: A CURITIBA QUE SAI NA T.V. - Na postagem conto a história completa desse modal.
 
Desde o tempo da ‘jardineira’ “Pro-Parque” e da linha “Volta ao Mundo“, que foram suas predecessoras. Passando pelo momento que a Linha Turismo ainda era feita com velhos ônibus de 1-andarA Linha Turismo não era vista com tanta importância.
 
Por isso os ‘carros’ que nelas serviam eram aposentados das linhas convencionais, reformados pra mudarem as janelas e os bancos. Só depois chegaram os busões 0km especialmente pra Linha Turismo; Primeiro ainda com 1 andar mesmo, e mais recentemente os famosos 2-andares.

Canal Belém na Estação PUC da Linha Verde.

2021: UFA! 14 ANOS DEPOIS, ENFIM INAUGURADA A LINHA VERDE NORTE/LESTE – Incompleta por enquanto (julho de 2021)

A “Linha Verde” é o antigo traçado urbano da BR-116.

Curitiba não é mais a mesma. Antes a cidade inovava: Nos anos 70 e 80 criou - a nível global - o conceito de ônibus "Expresso" (corredores exclusivos, terminais de integração, etc.). Em  1992 foi aqui que começou a rodar o primeiro bi-articulado do Brasil.

 Agora…quanta diferença: o corredor da ‘Linha Verde’ começou a ser construído em 2007. Só em 2021 começou a circular um Expresso no trecho Leste/Norte da linha. 14 anos e meio depois. 

Ainda assim, incompleta. Só inauguraram 3 novas estações (escrevo em 21): Fagundes Varela, Vila Olímpica e PUC. Ainda faltam mais 5.

Antes tarde que nunca, ao menos agregou novas opções de integração, as estações-tubo F. Varela e PUC são mini-terminais. Onde é possível baldear gratuitamente pra diversas linhas Convencionais, Alimentadores e Inter-Bairros. A esquerda acima o Convencional Canal Belém integrando gratuitamente na Estação PUC (ao fundo o Circo Vostock, que está fixo no local há alguns anos).

Linhas do Terminal Roça Grande, Colombo.

- TATUQUARA, ZONA SUL: O TERMINAL QUE NÃO É TERMINAL -
(atualizado em maio de 2021, quando da inauguração do mesmo)

Não é terminal porque foi planejado errado, não tem linhas troncais (Ligeirinho nem Expresso) tampouco Alimentadores próprios.  

Não agregou novas opções de integração. Resultado? Está vazio, grosseiramente sub-utilizado, pois não é útil aos moradores da região.

Exatamente como aconteceu antes na Zona Norte, em Colombo

Refrescando a memória, o Terminal Roça Grande ficou pronto em 2006, mas só foi inaugurado - de forma erra em 2009. 

E somente em 2016 se tornou um terminal de verdade, com linhas troncais feitas por articulados e alimentadores próprios. Faça as contas, 10 anos pra corrigir. Espero que no Tatuquara o ajuste leve menos que uma década. Bem menos.

Falo também da grande invasão que ocorreu no Tatuquara em 2020 - antes da eleição como é tradição em Curitiba - próximo a Vila Zanon. Situação tensa na Zona Sul.

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