quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

1º ônibus pro Pilarzinho, Zona Norte


Origem da imagem: internet
Local:
Curitiba-PR.
Viação:
???
Data:
Década de 50 ou 60 do século 20.


Curitiba, década de 50 ou 60. Ônibus na linha 'Pilarzinho', pro bairro desse nome, na Zona Norte da cidade.

Segundo uma fonte, trata-se da primeira linha de ônibus da região. A isso me refiro ônibus normal, como temos agora.

Até o meio do século passado, Curitiba tinha – além dos bondes nos bairros mais centrais – as “lotações” que iam as partes mais distantes. E essas eram feitas pelas famosas 'jardineiras',carroceria de ônibus sobre chassi de caminhão, o motor ficavasaltado a frente (veja foto de uma jardineira em Curitiba, em linha pro Cajuru, na Zona Leste). 
………


O Pilarzinho é um bairro relativamente grande em área. Em relação a população, tem perto de 30 mil habitantes (28 mil no Censo de 2010), sendo assim o 3º bairro mais populoso da Zona Norte atrás de Santa Cândida e Boa Vista.

É uma região bastante montanhosa, com muitas ladeiras, o que é raro em Curitiba. A capital do PR é uma cidade no geral razoavelmente plana, são poucos os bairros com morros, o Pilarzinho é uma dessas exceções.

Alias, esse é o bairro mais alto de Curitiba, daí o título que dei a matéria, “Bem Perto do Céu”.

Sendo bem extenso, o Pilarzinho tem variada diversidade social, é quase 'uma cidade dentro da cidade'. Há regiões de classe média-alta onde os sobrados valem acima de meio milhão de reais (valores de 2020, quando uma passagem de ônibus é R$ 4,50 e US$ 1 = R$ 4,35) com facilidade, ao lado de outras parte de classe média-baixa, várias vilas populares de periferia, e até algumas favelas, em graus variados de urbanização.

Outros detalhes: hoje, e a muito tempo, não existe mais uma linha de ônibus que se chame 'Pilarzinho'.

Atualmente as linhas têm o nome das vilas e avenidas, como por exemplo 'Primavera', 'Bracatinga', 'Jardim Kosmos', 'Vila Nori', 'Fredolin Wolf', 'Parque Tanguá' (antigo 'Nilo Peçanha'), etc.

Além disso, o buso tinha o eixo a frente da porta dianteira, ou seja, sob o motorista.

Essa configuração era comum nos anos 70, não apenas pra articulados, pra ‘carros’ de tamanho normal da mesma forma. Fez muito sucesso especialmente no Rio Grande do Sul.

A placa só tem números, sem letras. E vinha escrito Curitiba-PR, o município antes do estado.

E não 'PR-Curitiba', como foi de 1970 a 2020 (nos emplacamentos com 2 letras/4 dígitos e posteriormente 3 letras/4 dígitos. A partir de 2019 e compulsoriamente a partir de 20 infelizmente chegou o emplacamento do Merco-Sul, que não tem o nome do estado e município).


Isso acabei da dizer, e ademais é notório. O que quero colocar é: a quantia de dígitos variava conforme o estado.

São Paulo tinha 6 dígitos, no final desse ciclo chegou mesmo aos 7 dígitos. Pois desde aquela época é o estado mais rico e populoso da naçãoAssim ali haviam mais veículos emplacados, eram necessárias mais combinações obviamente.

No Rio Grande do Sul chegaram a haver 6 dígitos, mas 7 nunca vi. Fora de SP, a maioria das fotos da época mostra placas de 5 dígitos, aqui um caso no Paraná, e fotos do Rio de Janeiro mostram a mesma situação (até 1975 o atual município do Rio era o estado da Guanabara).

Matérias sobre o tema, primeiro sobre o bairro: 

"BEM PERTO DO CÉU": PILARZINHO E VISTA ALEGRE (Como o nome indica, abordando esse bairro da Zona Norte e seu vizinho V. Alegre, que já fica na Zona Oeste);

(essa sobre o bairro da Cachoeira, compartilhado entre a capital e Almirante Tamandaré, município que faz divisa com o Pilarzinho) 

- UMA GRANDE SÉRIE SOBRE CURITIBA: MAPA COM AS REGIÕES DA CIDADE (matéria mais lida da página, já teve quase 50 mil acessos nos primeiros 5 anos da publicação [2015-2020]; relato a população de todos os 75 bairros, mostro num mapa a que 'zona' [região] cada um pertence, e abordamos também a região metropolitana).


E agora sobre o transporte na Grande Curitiba:


"Deus proverá"

Nenhum comentário:

Postar um comentário