segunda-feira, 8 de abril de 2019

Ônibus urbano Fenemê

https://omensageiro77.wordpress.com/2019/04/03/f-n-m-eis-o-pioneiro-dos-pioneiros-nao-abandona-a-missao/

Origem da imagem: internet.
Local:
???
Data:
(prov.) meio da década de 70.
Viação:
???
Carroceria:
Ciferal Tocantins.
Motor
Alfa-Romeu – montado no Brasil pela F.N.M., a popular Fenemê.
Observações:
Veículo 0km, sendo apresentado. Não está ainda pintado com nenhuma viação ou padronização.

A Fábrica Nacional de Motores, F.N.M. - conhecida na boca do povo como ‘FeNeMê’ -, foi a primeira fabricante de caminhões do Brasil. Mais que isso, a primeira indústria automobilística nacional, incluindo todos os modais de veículos.

A companhia montava no Brasil sob licença caminhões e ônibus das marcas italianas Alfa-Romeu e Fiat (Iveco).

Tinha sua unidade fabril em Duque de Caxias, no Grande Rio. Foi fundada em 1942, em plena 2ª Guerra Mundial, ainda na era Vargas. 
 
Vamos reproduzir aqui algumas informações obtidas na página da Fenemê da enciclopédia Lexicar:

A ideia inicial é que a FNM produzisse motores de aviões, pra ajudar no esforço bélico. Mas em 1945 acabam tanto a 2ª Guerra quanto o governo de Getúlio. 
 
Resultando que o projeto de ser uma fábrica de aviões é abandonado. A FNM entra num período de indefinição. 
 
Em 1949 a Fenemê passa a produzir caminhões, sendo então a 1ª montadora automobilística brasileira, enfatizando de novo.  

O caminhão FNM 7300 foi o 1º veículo produzido em escala industrial no Brasil. Era ‘bicudo‘ (motor saltado a frente da cabine). O modelo ‘cara-chata’, que caracterizou toda história da FNM, só viria no ano seguinte, em 1950.
 
Nesse mesmo ano a FNM assina o contrato com a Alfa-Romeu, que é uma montadora da mesma forma italiana como é domínio público.

Até o logotipo da Fenemê era claramente inspirado no da Alfa.

(Óbvio que no original é ‘Alfa-Romeo’, é que eu traduzo tudo por português sempre que possível.)

Seja como for, no início, os caminhões eram importados prontos porém desmontados da Itália. E apenas montados aqui. Tudo vinha de fora, inclusive os pneus.

A partir de 1953 começa o processo gradual de nacionalização: as peças que já eram produzidas no Brasil eram compradas de produtores nacionais. Assim se atinge o índice de 45% de nacionalização, incentivando a indústria brasileira.

Em 1968, no entanto, a FNM é privatizada. A Alfa-Romeu assume o capital quase integral da cia., mais precisamente 94% – o governo federal mantém 6%. 
 
Em 1973, nova reviravolta. A Fiat assume 43% do capital da FNM. Entre 73 e 77, os caminhões são anunciados como Fiat/FNM.

Porém em 1976 a Fiat assume a totalidade das ações da Alfa na Fábrica Nacional de Motores, passando ela, a Fiat, a ter 94% da empresa o governo brasileiro ainda permanece com 6%.

Assim a partir de 77 desaparece qualquer referência a F.N.M. . Os veículos passam a ser assinados somente como “Fiat”.

O tempo passa, e em 1985 a Fiat decide encerrar a produção de veículos pesados em solo brasileiro. 
 

É o fim da Saga da Fábrica Nacional de Motores, que se iniciara nos anos 40.

Radiografia completa da Fenemê, Gênese, Zênite e Ocaso, com dezenas de fotos:


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"Deus proverá"

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