Origem
das imagens: internet.Créditos mantidos.
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Local:
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Brasília-DF.
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Data:
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Começo
dos anos 90.
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Viação:
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TCB.
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Carroceria:
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Marcopolo
Veneza articulado.
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Motor
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Scania.
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Observações:
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Autoria
da foto de Douglas de Cézare. Outro detalhe, o letreiro de
lona está na configuração invertida, letras em preto sobre
fundo branco, característica típica de Brasília nos
anos 90.
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Brasília, primeira metade da década de 90. Um velho Marcopolo Veneza Scania articulado (fabricado em 1980, portanto com mais de 10 anos de uso) ainda puxa linha pro Setor “O”, em Ceilândia.
O bichão está pintado todo de branco com uma faixa cinza. Essa é a segunda padronização de pintura em Brasília. Toda a frota, em todas as viações e todas as linhas, recebeu essa caracterização.
Esse busão pertence a TCB, a viação estatal Transportes Coletivos de Brasília. Veja abaixo o momento que os 1ºs articulados candangos chegaram 0km a Capital Federal, e estão sendo apresentados em comboio no Eixo, ainda sem placas. Depois um anúncio da Scania comemorando a aquisição pela TCB dessa leva de articulados.
Retificação: anteriormente escrevi que quando fotografado nessa pintura acima (branco com faixa cinza) o articulado já não pertencia mais a TCB. Na verdade pesquisando melhor constatei que a imagem foi feita por volta de 1991, quando a TCB ainda tinha linhas pras cidades-satélites, portanto ainda é propriedade da viação estatal.
Do modelo Marcopolo Veneza (detalhe: 3 folhas em cada porta), motorização Scania. O eixo dianteiro vinha a frente da porta, configuração que era muito comum a época e que fez sucesso especialmente no Rio Grande do Sul (no caso dos articulados, isso faz com que as duas portas do vagão dianteiro fiquem no entre-eixos, muito próximas uma da outra).
Aqui em Curitiba, dos 13 primeiros veículos da 'Frota Pública' da Urbs, 11 eram assim também.
De
volta a Brasília, os busos chegaram
na pintura que
segundo alguns era chamada de 'Normalista': 3 faixas azuis, a
primeira mais grossa em tom mais claro, as outras duas mais escuras.
O clássico logo da TCB também era metade em cada tom. Logo abaixo a mesma leva de busões que o visto acima, sendo apresentada em 1980, nessa pintura.
Depois dessa pintura veio aquela que pra mim é a mais bonita da história da TCB e de Brasília em geral: o buso inteiro branco, o logo da viação em azul, mas uni-color, num tom só, mais escuro. Isso ainda na pintura livre, até os anos 70 e virada pros 80.
No começo da década de 80 veio a primeira padronização de pintura da cidade: buso branco com uma faixa colorida. Trata-se do esquema incentivado pela EBTU - Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (órgão do governo federal que deu impulso a modernização dos transportes no Brasil no fim dos anos 70 e em toda década de 80).
Com pequenas variações, essa mesma pintura foi adotada na época também em Porto Alegre-RS, Florianópolis-SC. Campinas-SP e Maceió-AL. A cor indica que região da cidade a linha serve. Recapitulando, nos anos 60 e 70 os busões do D.F. tinham pintura livre. No início dos anos 80 foi adotada a 1ª padronização, buso branco com uma faixa colorida, a cor da faixa indicava pra qual parte da cidade a linha ia. As viações privadas tiveram que decorar sua frota dessa forma. Por ser uma viação estatal, a TCB também entrou nessa padronização mas recebeu a faixa azul em todos os seus ônibus, independente de qual parte do DF a linha fosse.
(É uma tradição as viações estatais se consagrarem de azul, também ocorreu com as “frotas públicas” de SP [CMTC], Rio [CTC-RJ], Recife-PE [CTU], Fortaleza-CE [CTC-CE], talvez hajam outros exemplos.)
Depois, na virada dos anos 80 pros 90, veio a segunda padronização de pintura. Como dito, o ônibus ainda é branco com uma faixa, mas agora todos eles têm faixa cinza: independente da viação, e independente de pra onde a linha vá.
Nos anos 90 quase todas as viações estatais do Brasil foram privatizadas (CMTC-SP, CTC's RJ e CE, CTU-Recife, já citadas, mais a CSTC de Santos-SP e Setusa-Paraíba, fora muitas outras). Entre as capitais, creio que só sobreviveram a Carris de Porto Alegre-RS e a TCB.
Mas pelo menos ela ainda existe. A maioria das viações estatais no Brasil não tiveram a mesma sorte.
Essa imagem reflete isso. Tanto o busão articulado Veneza Scania quanto a linha Setor “O”/Rodoviária P.P. eram parte do acervo da TCB. Mas foram repassados, hoje a TCB não tem articulados nem linhas pra fora do Plano Piloto – e mesmo no Plano é só uma linha, que percorre o Eixo Monumental, como falado acima e é domínio público.
(Mais um detalhe: quando o busão foi repintado passaram a tinta cinza por cima dos decalques 'Scania' e 'Marcopolo', entre o para-brisas e grade frontal, dessa forma encobrindo-os.)
Série "padronização E.B.T.U." - buso branco com faixa colorida indicando a região da cidade, além da Capital Federal implantada na virada dos anos 70 pra 80 em:.
MACEIÓ (Breve)
CAMPINAS (Breve)
PORTO ALEGRE
Breve a pintura colorida do D.F., pois acima vimos a cinza, que foi inspirada na da EBTU, logo veremos a padronização implantada pela EBTU propriamente dita.
SÉCULO 20: ‘AZULÃO’ EM CURITIBA SÓ NO METROPOLITANO; E “VOLVO ERA VOLVO . . . “
Pois ideias são atemporais, já que são Energia. Energia nunca morre, dizendo mais uma vez e quantas forem preciso.
Atualizei a matéria, adicionando novas fotos e texto. Acrescentei uma seção contando a história dos ônibus ponta-grossenses, dos anos 70 até hoje.
Ainda não há uma série específica sobre Brasília, então emendo agora a série sobre Curitiba:
– CIRCULAR CENTRO, AQUI JAZ: O FIM DOS ÔNIBUS BRANCOS EM CURITIBA
No início os anos 80 Curitiba implantou seu revolucionário sistema de transporte coletivo.
Padronizando a frota em unicolor, a cor indicava a categoria.
Por quase 40 anos, de 1981 a 2020 Curitiba teve ônibus brancos, enquanto durou o Circular Centro.
As categorias Vizinhança e Inter-Hospitais, e por um tempo até o Alimentador Zoológico, também utilizaram a mesma cor, em períodos diferentes da história.
No entanto em 2020 acabou. Assim como o azul, o branco também foi eliminado do sistema de transporte curitibano.
Tem mais, mostro várias categorias que igualmente foram feitas por micros, em várias cidades brasileiras:
Porto Alegre, Brasília, o Rio, o Recife e Santos. Como essas linhas começaram, e como estão hoje.
Se tudo fosse pouco, no Chile um desses micros teve um triste final . . .virou varal!
– CHEGOU O LIGEIRÃO NORTE – DEPOIS DE 5 ANOS…UFA
Mostram, respectivamente, ônibus que começaram na capital do PR e depois foram vendidos pra outras cidades do mundo; E, inversamente, bichões que primeiro rodaram em outras terras e depois vieram pra cá.
De 2015 pra cá o sistema metropolitano da capital do PR passou a ser grande importado de busões usados. Isso é domínio público.
Agora segura essa bomba: flagrei um Caio Gabriela Expresso operando na Costa Rica, América Central. O letreiro diz “020-Inter-Bairros 2”, entregando que ele é oriundo daqui de Curitiba.
Outra raridade postada na mesma reportagem: já na pintura do ‘Municipalizdo’ de SP. Letreiro: “203-Sta. Cândida/C. Raso”, articulado também ex-curitibano evidente.
E, o tema dessa postagem, Ligeirinho de Curitiba em plena Nova Iorque/EUA. A linha é ‘Lower Manhattan’, confira acima.
Calma, como dito foi somente por uma
semana que eles rodaram lá. Uma exposição do novo sistema que estava
sendo implantado aqui. Só um espetáculo teatral, resumindo.
Ligeirão na descida do Juvevê, 2018. |
2021: enfim os Expressos na L. Verde Norte/Leste. |
Canal Belém na Estação PUC da Linha Verde. |
– 2021: UFA! 14 ANOS DEPOIS, ENFIM INAUGURADA A LINHA VERDE NORTE/LESTE – Incompleta por enquanto (julho de 2021)
A “Linha Verde” é o antigo traçado urbano da BR-116.
Curitiba não é mais a mesma. Antes a cidade inovava: Nos anos 70 e 80 criou - a nível global - o conceito de ônibus "Expresso" (corredores exclusivos, terminais de integração, etc.). Em 1992 foi aqui que começou a rodar o primeiro bi-articulado do Brasil.
Agora…quanta diferença: o corredor da ‘Linha Verde’ começou a ser construído em 2007. Só em 2021 começou a circular um Expresso no trecho Leste/Norte da linha. 14 anos e meio depois.
Ainda assim, incompleta. Só inauguraram 3 novas estações (escrevo em 21): Fagundes Varela, Vila Olímpica e PUC. Ainda faltam mais 5.
Antes tarde que nunca, ao menos agregou novas opções de integração, as estações-tubo F. Varela e PUC são mini-terminais. Onde é possível baldear gratuitamente pra diversas linhas Convencionais, Alimentadores e Inter-Bairros. A esquerda acima o Convencional Canal Belém integrando gratuitamente na Estação PUC (ao fundo o Circo Vostock, que está fixo no local há alguns anos).
Linhas do Terminal Roça Grande, Colombo. |
- TATUQUARA, ZONA SUL: O TERMINAL QUE NÃO É TERMINAL -
(atualizado em maio de 2021, quando da inauguração do mesmo) –
Não é terminal porque foi planejado errado, não tem linhas troncais (Ligeirinho nem Expresso) tampouco Alimentadores próprios.
Não agregou novas opções de integração. Resultado? Está vazio, grosseiramente sub-utilizado, pois não é útil aos moradores da região.
Exatamente como aconteceu antes na Zona Norte, em Colombo.
Refrescando a memória, o Terminal Roça Grande ficou pronto em 2006, mas só foi inaugurado - de forma erra em 2009.
E somente em 2016 se tornou um terminal de verdade, com linhas troncais feitas por articulados e alimentadores próprios. Faça as contas, 10 anos pra corrigir. Espero que no Tatuquara o ajuste leve menos que uma década. Bem menos.
Falo também da grande invasão que ocorreu no Tatuquara em 2020 - antes da eleição como é tradição em Curitiba - próximo a Vila Zanon. Situação tensa na Zona Sul.
"Deus proverá"
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