ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"
Autoria
própria. Imagem de livre circulação, desde que os créditos
sejam mantidos.
|
Local:
|
Grande
Curitiba-PR.
|
Data:
|
Agosto
de 2018.
|
Viação:
|
Viação
Colombo.
|
Carroceria:
|
Marcopolo
Viale.
|
Motor
|
???
|
Observações:
|
Com
o selo da Comec após a porta. Até 2015 mesmo os ônibus
metropolitanos não-integrados ostentavam o selo da Urbs
(prefeitura de Curitiba). Outro detalhe, agora boa parte das
viações metropolitanas também traz uma placa com o itinerário,
como as linhas municipais de Ctba. o fazem desde os anos 70 –
até pouco tempo atrás, entre as inter-municipais apenas a
Viação do Sul contava com essa placa com itinerário, nas
demais não havia esse conforto pro usuário
|
Colombo,
Zona Norte da Gde. Curitiba, 2018. Viale da Viação Colombo faz a
linha convencional (não-integrada,
vai pro Centro de Curitiba) São Sebastião.
Obviamente
no título pegamos uma carona na música de Nando Reis. Ouçam o ex-Titãs cantando “O Mundo é Bão, Sebastião”.
Voltemos
a falar do busão, que é o que nos interessa aqui. Até
2016, entre as linhas radiais da Viação Colombo todas elas na
prática eram convencionais e não-integradas.
Por
linhas 'radiais' me refiro as que saem do Centro de Curitiba e vão
até os bairros de Colombo, fossem suas vilas ou o Centro político
(a “Sede”) do município.
Sim,
em 2009 havia sido inaugurado o Terminal da Roça Grande
na Rodovia da Uva (“Estrada Nova de Colombo”, a PR-417). E olhe
que já não foi fácil. O Roça ficara pronto em 2006. Ficou 3 anos
pronto, mas abandonado, fechado. Foi totalmente saqueado por ladrões.
Pra ser inaugurado teve que ser praticamente reconstruído. Em 2009,
após 3 longos anos de espera, enfim o foi.
Mas
ele foi inaugurado errado. Simplesmente as linhas que já
passavam pela rodovia passaram a entrar no terminal. Porém
nenhuma dela mudou seu trajeto.
Ou
seja, não houveram novas opções de integração. Eram 6 linhas,
mais ou menos, que saiam dos bairros de Colombo, todas elas entravam
no terminal, e na sequência todas elas seguiam o mesmo trajeto até o
Centro da Capital.
Oras,
quem vai descer de um ônibus (onde se o passageiro pegou perto do
ponto final ele está sentado), ficar perdendo tempo num terminal
esperando outro pra quando esse outro chegar ele ir de pé numa linha
que faz exatamente o mesmo trajeto que ele já estava??? Ninguém,
obviamente.
Na
volta da Capital era o mesmo. As 6 linhas saíam do Centro de
Curitiba e tinham o mesmo trajeto até o “terminal”. Só depois
dali se dividiam. Novamente, se a linha que o cara precisa sai e
passa pelos mesmos locais, por que alguém vai pegar outra, descer no
terminal e perder tempo pra baldear? Evidentemente que ninguém fará
isso, ele já pega sua própria linha.
Resumindo,
o “Terminal” Roça Grande de 2009 a 2016 não era um terminal,
era um 'ponto de parada de luxo'. De luxo, só que inútil. Não
agregava novas opções de integração, praticamente.
De
09 a 16 só haviam 3 linhas integradas de fato no Roça Grande, e
todas elas de pouca demanda,
pois
iam pra outros terminais de Colombo mesmo ou do vizinho município de Almirante Tamandaré.
Sempre
com intervalo igual ou maior que 45 minutos entre as viagens, em
vários casos mais de uma hora. E dessas 3 antes de 2016, a
única linha integrada que era operada pela Viação Colombo era a
Maracanã/Cachoeira (via Roça Grande).
Até
então, a principal linha da Viação Colombo era a Ctba/Colombo (que
antigamente era chamada 'Colombo Nova', porque ia pela 'Estrada
Nova', em oposição a linha que se chamava 'Colombo Velha', que
usava a 'estrada velha'). A Ctba/Colombo era a única que
tinha articulados, somente no horário de pico.
Em 2016 tudo mudou. Aí, algumas linhas deixaram de ir até o Centro de Curitiba, e passaram a ser seccionadas no Roça Grande. Viraram portanto alimentadores do mesmo. Foi criada a linha Roça Grande/Guadalupe, feita com ônibus articulados, os mesmos que antes
operavam a Ctba/Colombo (como a
demanda aumentou, a Colombo comprou mais articulados, já falo melhor
disso).
Enfim,
após 7 longos anos de espera - 10 se adicionarmos mais os 3 em que
ficou pronto e fechado – o Roça Grande enfim um terminal de
verdade, com linhas alimentadoras que têm ponto final ali, e uma
linha troncal com articulados ligando-a ao Centro.
Em
2017, o movimento do Roça Grande aumenta ainda mais, pois aí a
linha Ctba/Colombo é seccionada e também passa a ter ponto final no
Roça Grande. Ou seja, a partir de agora, não é mais possível ir
do Centro de Colombo a Curitiba sem trocar de ônibus, se torna
mandatória a baldeação no Roça, o que impulsionou
significativamente o movimento do terminal.
Ou
seja, até a antiga linha principal da viação, até 2016 a única
que tinha articulados, passa a ser alimentadora. Então
inverteu, a maioria das linhas da Viação Colombo passa a ser
integrada.
Algumas
linhas, entretanto, permanecem convencionais não-integradas. Dessas,
a São Sebastião aqui mostrada é a principal. Tem intervalo fora do
pico de 33 minutos. As demais linhas não-integradas têm intervalos
fora do horário de maior movimento de 50 minutos, ou mesmo nem
sequer operam fora do pico, só puxam poucas viagens por dia na hora 'que o bicho pega' mesmo.
………
Voltando
ainda mais no tempo, vemos que o ônibus é bege, cor usada em boa
parte das linhas metropolitanas (mas nem todas, algumas copiam as cores do municipal de Curitiba). Até o começo dos anos 90, a
pintura das viações metropolitanas era livre – veja ensaio na garagem da Viação Colombo, que então era grande cliente da Caio.
Aí
o governo estadual padronizou a pintura. A princípio, cada
região da cidade (me refiro a Grande Curitiba) deveria ter uma cor
específica. Os ônibus de Colombo, tanto da Viação Colombo
quanto da Santo Antônio, ficaram roxos. A Colombo logo padronizou
toda sua frota de bege, ainda nos anos 90.
A Santo Antônio
demorou um pouco mais. Manteve sua frota em roxo até depois da
virada do milênio, até 2002, 2003, pelo menos. A seguir a Santo Antônio (agora chamada 'Santo Ângelo' por razões jurídicas) adotou a mesma pintura dos municipais de Curitiba, e por fim atualmente existem
alguns ônibus da S. Antônio/S. Ângelo em bege.
A
Viação Colombo, entretanto, tem toda sua frota 100% bege desde os
anos 90, desde a época que ela comprava Caio 0km – o Alfa
foi seu último modelo. Depois disso, ela ficou mais de 2
décadas sem adquirir Caio, até que a partir de 2015 comprou seus
primeiros articulados, e eles eram Caio – a 1ª leva veio
usada de Belo Horizonte, depois chegaram alguns de São Paulo.
"A PERIFERIA BOREAL": COLOMBO, ZONA NORTE
(Reportagem sobre o município de Colombo, nessa o foco não é no transporte)
DEMOROU UMA DÉCADA, MAS O ROÇA GRANDE VIROU UM TERMINAL DE VERDADE
CAIO MONDEGO SANFONADO PBT DA VIAÇÃO COLOMBO (EX-BH): QUEBRANDO 6 TABUS DE UMA VEZ SÓ
"VIA BR-101": DO RECIFE P/ ITAJAÍ (POR ARACAJU E CURITIBA)
(Mostro que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba; especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de 'carros' curtos também)
VIAGEM PRO PASSADO: A GARAGEM DA VIAÇÃO COLOMBO, ANOS 80 (E OUTRAS RARIDADES 'DAQUELE TEMPO')
ABRIU O BAÚ: OS ÔNIBUS METROPOLITANOS DE CURITIBA ANTES DA PADRONIZAÇÃO
DO ARCO-ÍRIS RESTOU O RUBRO, O RESTO VIROU BEGE: ÔNIBUS METROPOLITANOS DE CURITIBA, 1992-PRESENTE
Deus proverá
Nenhum comentário:
Postar um comentário