terça-feira, 4 de junho de 2019

Azulão da Grande Londrina

Origem da imagem: internet (sítio Vale SP Bus já extinto)
Local:
Londrina-PR.
Data:
1998.
Viação:
Grande Londrina (TCGL).
Carroceria:
Marcopolo Torino 'padrão' (alongado, 3 portas).
Motor
Mercedes-Benz (traseiro).
Observações:
Na padronização de pintura que vigorou por aproximadamente duas décadas, do começo dos anos 90 ao meio da década de 10.

Londrina, 1998. Marcopolo Torino Mercedes-Benz ('padrão' alongado 3 portas) da viação Grande Londrina. Pintado de azul-escuro, significando que ele fazia linhas troncais/paradoras na padronização que vigorava então, posteriormente abandonada.


Na 2ª metade do século 20 existia o monopólio da viação Transporte Coletivo Grande Londrina (TCGL), tanto no sistema municipal quanto no metropolitano (ao menos nesse caso nas linhas pra Cambé).



Mudava um detalhe: no municipal, a 2ª faixa era verde, e o teto amarelo. Nos metropolitanos, a 2ª faixa e também o teto eram em azul.


Entretanto no começo dos anos 90 houveram cisões: em 1992 os roteiros metropolitanos passaram pra recém-criada TIL.


No municipal a TCGL deteve ainda a maior parte da cidade mas a Francovig começou a operar algumas linhas da Zona Sul.


Além disso, a frota municipal de ônibus (de ambas as viações) recebe uma nova padronização de cores:


- Azul-escuro – linha troncal paradora;
- Azul-claro – linha troncal rápida;
- Amarelo – linha radial;
- Bege – linha alimentadora;
- Cinza – linha perimetral;
- Verde - linha distrital.


Adornam os coletivos com a bandeira municipal, como acontece também em Blumenau-SC Quanto a cor da lataria, azul é a cor de ônibus mais comum em escala global, embora em Curitiba não existisse no sistema municipal até 2011 – e breve deixará de existir, pois os novos Expressos voltaram ao vermelho, mesmo os Ligeirões.


Seja como for, o tom celeste é o preferido das frotas mundo afora, seja em pintura livre ou padronizada. E por isso na sua primeira e única padronização – já descontinuada – Londrina adotou nada menos que 2 categorias azuis, enquanto o vermelho e verde nem foram lembrados por exemplo, e essas também são duas tonalidades muito populares pra decorar os 'latões' pelo planeta.


Linha 'troncal' é a que liga o Terminal Central aos terminais dos bairros. A 'rápida' sem paradas no caminho, ou pelo menos com poucas paradas, equivalente aos 'Ligeirinhos' de Curitiba. A 'paradora' cumpre os pontos normais no trajeto, a cada 300 metros mais ou menos.
……..


Nota: ‘padrão’ é o que  as pessoas chamam de ‘Padron’ (eu traduzo tudo pro idioma pátrio), o veículo alongado, com chassi mais baixo, que conta com portas mais largas (geralmente 3 mas nem sempre, no veículo da foto sim), motor traseiro ou central, tudo isso facilitando a circulação interna e embarque/desembarque.


Bem esclarecido, voltemos ao azulão. Há 3 formas de padronizar a pintura dos ônibus de uma cidade.


1) A primeira é a mais simples de todas, simplesmente toda frota fica igual.


Todas as linhas, todas as categorias (no máximo há variações pros articulados, tróleibus, a gás natural, caso esses modais existam obviamente).


Nas outras duas adotam-se modelos opostos, e portanto mutuamente excludentes (exceto em Belo Horizonte dos anos 80 e 90).


2) Pintam os ônibus conforme a categoria de linha que ele serve.


Aqui em Curitiba, como exemplo clássico, foi feito assim: os Expressos são vermelhos (já tentaram fazer eles laranjas, cinzas e azuis, mas sempre voltam ao vermelho, repetindo); já os Inter-Bairros ficam verdes; os Convencionais (e até o fim dos anos 80 também Alimentadores) amarelos; Da virada dos anos 90 em diante os Alimentadores se tornaram laranjas; Circular Centro sempre foi branco.


Além de Curitiba, diversas cidades adotam o mesmo modelo. Entre outras: Recife-PE, Belo Horizonte atualmente, Ponta Grossa-PR, e mesmo Los Angeles-EUA. No passado, Fortaleza-CE, Londrina, Blumenau e Joinville-SC também.


Agora Londrina, nosso foco de hoje, despadronizou os ônibus, e Joinville, Blumenau e Fortaleza reverteram ao modelo 1: os ônibus são padronizados, mas todos eles, todas linhas, na mesma pintura – na verdade Belo Horizonte está no mesmo processo, a maioria da frota ainda adota a padronização por categorias mas os busos novos são todos na mesma decoração, sem distinção de categoria, com exceção das linhas que fazem parte do 'Move'.


3) Pintam os ônibus conforme a parte da cidade que eles vão. Exemplos são São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília-DF, Porto Alegre-RS, Salvador-BA, Belém-PA, e Santiago do Chile.


Série sobre Londrina:

Pintura Padronizada, Troncal Parador, azul-escuro (essa matéria que acabam de ler)
- Demais modais e pinturas em breve. 
 

 Reportagens sobre o tema: 
 

PÉ-VERMELHO A princípio falava apenas de Londrina, maior cidade do interior tanto do Paraná quanto de todo Sul do Brasil.

Em 2022 reformulei a matéria pra incluir Maringá, 2ª maior cidade do interior paranaense. Ambas são bem próximas, distam apenas 100 km;

Ainda não escrevi muito sobre o interior do Paraná. Então vamos as matérias sobre o transporte na capital Curitiba:.

 

Canal Belém na Estação PUC da Linha Verde.

2021: UFA! 14 ANOS DEPOIS, ENFIM INAUGURADA A LINHA VERDE NORTE/LESTE – Incompleta por enquanto

Curitiba não é mais a mesma. Antes a cidade inovava: Nos anos 70 e 80 criou - a nível global - o conceito de ônibus "Expresso" (corredores exclusivos, terminais de integração, etc.). Em  1992 foi aqui que começou a rodar o primeiro bi-articulado do Brasil.

Agora…quanta diferença: o corredor da ‘Linha Verde’ começou a ser construído em 2007. Só em 2021 começou a circular um Expresso no trecho Leste/Norte da linha. 14 anos e meio depois.

Antes tarde que nunca, ao menos agregou novas opções de integração, já que várias de suas estações-tubo são mini-terminais. Onde é possível baldear gratuitamente pra diversas linhas Convencionais, Alimentadores e Inter-Bairros. A esquerda acima o Convencional Canal Belém integrando gratuitamente na Estação PUC (ao fundo o Circo Vostock, que está fixo no local há alguns anos).

Linhas do Terminal Roça Grande, Colombo.

- TATUQUARA, ZONA SUL: O TERMINAL QUE NÃO É TERMINAL -
(atualizado em maio de 2021, quando da inauguração do mesmo)

Não é terminal porque foi planejado errado, não tem linhas troncais (Ligeirinho nem Expresso) tampouco Alimentadores próprios. Não agregou novas opções de integração. Resultado? Está vazio, grosseiramente sub-utilizado, pois não é útil aos moradores da região.

Exatamente como aconteceu antes na Zona Norte, em Colombo. Refrescando a memória, o Terminal Roça Grande ficou pronto em 2006, mas só foi inaugurado - de forma erra em 2009. E somente em 2016 se tornou um terminal de verdade, com linhas troncais feitas por articulados ee alimentadores próprios. Faça as contas, 10 anos pra corrigir. Espero que no Tatuquara o ajuste leve menos que uma década. Bem menos.

Falo também da grande invasão que ocorreu no Tatuquara em 2020 - antes da eleição como é tradição em Curitiba - próximo a Vila Zanon. Situação tensa na Zona Sul.

Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?

Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuismas sempre voltam a ser vermelhos.



(Radiografia completa, todos os modais: Expressos, ConvencionaisIntrer-Bairros, Alimentadores, Circular-Centro, Ligeirinhos, e mesmo outros que já foram extintos.)
 

DE CURITIBA PRO MUNDO

DO MUNDO PRA CURITIBA

Mostram, respectivamente, ônibus que começaram na capital do PR e depois foram vendidos pra outras cidades do mundo; E, inversamente, bichões que primeiro rodaram em outras terras e depois vieram pra cá.

De 2015 pra cá o sistema metropolitano da capital do PR passou a ser grande importado de busões usados. Isso é domínio público. Agora segura essa bomba: flagrei um Caio Gabriela Expresso operando na Costa Rica, América Central. O letreiro diz “020-Inter-Bairros 2”, entregando que ele é oriundo daqui de Curitiba.

Outra raridade postada na mesma reportagem: já na pintura do ‘Municipalizdo’ de SP. Letreiro: “203-Sta. Cândida/C. Raso”, articulado também ex-curitibano evidente.

E, o tema dessa postagem, Ligeirinho de Curitiba em plena Nova Iorque/EUA. A linha é ‘Lower Manhattan’.

Calma, como dito foi somente por uma semana que eles rodaram lá. Uma exposição do novo sistema que estava sendo implantado aqui. Só um espetáculo teatral, resumindo.



Agora as linhas metropolitanas:



Mais reportagens abordando o transporte Curitibano.


ANTES & DEPOIS: FROTA PÚBLICA DE CURITIBA: Entre 1987 e 88, a prefeitura encomendou 88 articulados, que vieram pintados de laranja.

Usei seu trabalho como base pra fazer uma matéria em minha página, acrescentando mais fotos e informações. 

Tudo somado, os 88 busos eram nessas configurações:
– 12 Caios Amélia (11 Scania e 1 Volvo)
– 26 Marcopolos Torino (todos Volvo)
– 50 Ciferal Alvorada (idem, 100% Volvo).

Vendo pelo fabricante de motor, repetindo, foram 11 Scanias (todos eles Caio Amélia e com o eixo a frente da porta) e 77 Volvos (sendo 1 Caio Amélia, 26 Marcopolos Torino e 50 Ciferal Alvorada, todos com o eixo na posição ‘normal’, atrás da porta).

Esse é focado nos ônibus. Falo bastante da cidade de Curitiba, principalmente de um fato curioso:Azul é a cor mais comum de ônibus pelo mundo afora.
No entanto, só em 2011 a capital do Paraná foi ter busos nessa cor. A vai durar pouco. Os ‘ligeirões’ comprados a partir de 2018 voltaram a ser vermelhos.

Assim, em algum momento na década de 20, a frota azul adquirida em 2011 será substituída.

Curitiba deixará então de ter busos celestes, e então nãos os terá nem no municipal tampouco no metropolitano. Alias esse tema já nos leva a próxima matéria.

Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?

Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuismas sempre voltam a ser vermelhos.

As próximas 3 matérias retratam Colombo, na Zona Norte da Grande Curitiba.

– VIAGEM PRO PASSADO: A GARAGEM DA VIAÇÃO COLOMBO, ANOS 80 - Quando ainda era pintura livre, e a viação era grande cliente da Caio (depois ela ficou 20 anos sem adquirir Caios 0km).

Repetindo o que já foi dito acima e é notório: ficou pronto em 2006, mas ficou 3 anos fechado, só sendo inaugurado (de forma errada) em 2009.
Somente em 2016 o Roça Grande se transformou num terminal de verdade.
Com linha troncal sendo feita por articulado e linhas alimentadoras com integração de fato.
Fotografei um articulado Caio ex-BH chegando no Terminal Roça Grande vindo do Centrão de Ctba. .  Isso nos leva as duas próximas matérias.

Até 2015, a prefeitura de Curitiba controlava também boa parte do transporte metropolitano.
Então era proibido trazer ônibus usados, tinha que ser sempre 0km.
Nesse ano houve o rompimento. As linhas inter-municipais voltaram pra alçada do governo do estado.
Com isso, Curitiba passou a ser grande importadora de busões de outros estados.

Um busão do Recife foi vendido primeiro pra Aracaju-SE.
Onde operou sem repintar por conta de uma homenagem que uma viacão sergipana faz a Pernambuco.
Depois veio pra Grande Curitiba, sendo enfim repintado no padrão metropolitano.
E assim, no bege da Comec, foi deslocado pra Itajaí/SC.
Mostro vários outros exemplos que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba.
Especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de ‘carros’ curtos também.

– LINHA TURISMO: A CURITIBA QUE SAI NA T.V. - Na postagem conto a história completa desse modal.
Desde o tempo da ‘jardineira’ “Pro-Parque” e da linha “Volta ao Mundo“, que foram suas predecessoras. Passando pelo momento que a Linha Turismo ainda era feita com velhos ônibus de 1-andarA Linha Turismo não era vista com tanta importância.
Por isso os ‘carros’ que nelas serviam eram aposentados das linhas convencionais, reformados pra mudarem as janelas e os bancos. Só depois chegaram os busões 0km especialmente pra Linha Turismo; Primeiro ainda com 1 andar mesmo, e mais recentemente os famosos 2-andares.

"Deus proverá"

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