Autoria
própria. Imagens de livre circulação, desde que os créditos
sejam mantidos.
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Local:
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Curitiba-PR
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Data:
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Maio
de 2019.
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Viação:
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Antiga
Água Verde, encampada pela Expresso Azul de Pinhais.
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Carroceria:
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Marcopolo
Viale 'padrão' (alongado, 3 portas).
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Motor
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????
(traseiro).
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Observações:
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No
bairro Cidade Industrial, quase cruzando o Contorno, chegando
portanto ao ponto final.
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Cidade Industrial, Zona Oeste de Curitiba,
2019. Viale
da antiga viação Água Verde (daí
a letra 'J' no prefixo)
faz a linha 703-Caiuá, que liga esse terminal localizado na Cidade
Industrial ao Centro da cidade.
Ela,
como dito na ficha, encampou a frota e linhas da Água Verde.
Até
a “licitação” (entre aspas porque o processo foi bastante
contestado em sua probidade) de 2010 a Água Verde que acabo de citar
era uma viação independente que operava na Zona Oeste do sistema
municipal de Curitiba.
Curiosamente,
nos anos 80 e 90 a Água Verde quase não comprava Marcopolo. De lá
pra cá, entretanto, a coisa inverteu e hoje a frota é praticamente
padronizada nessa marca.
A
área de atuação da
Água Verde (quando era independente e agora como parte da Azul) são
os bairros Fazendinha, Vila Izabel, Santa Quitéria, seções do
Campo Comprido e Cid. Industrial, e partes próximas.
A
Cidade Industrial de Curitiba (cujas iniciais formam a sigla
'C.I.C.') é um bairro artificial. Foi criado na prancheta em 1973
pra abrigar as fábricas e tirá-las da Zona Central. O território
do CIC foi desmembrado de diversos bairros.
Se
divide em CIC Norte, CIC Central e CIC Sul – embora dessas
denominações só 'CIC Norte' é usado, consagrado como nome de uma
estação-tubo. Os termos 'CIC Central' e 'CIC Sul' caíram em
desuso, embora
ainda hajam placas na cidade chamando o Terminal do CIC de 'Terminal
CIC Sul'.
O
termo 'CIC Central', entretanto não pegou mesmo, e foi excluído da
linguagem da cidade, tanto escrita quanto verbal.
Na
dimensão leste-oeste, por sua vez, o CIC é dividido ao meio pela
rodovia Contorno Sul (o Contorno é o equivalente local do
'Rodo-Anel' paulistano). O Contorno Sul é o trecho urbano da BR-376,
que no seu trajeto pro interior do estado (liga a capital ao Norte do Paraná) é chamada de 'Rodovia do Café'.
Mas
voltamos a falar da Cidade Industrial. A parte antes do Contorno
(olhando a parir do Centro) é mais habitada, e nas margens da
estrada bastante industrializada.
O
'outro lado' do Contorno (onde fica o Terminal Caiuá) tem igualmente
várias indústrias.
Na
parte
residencial existem algumas
vilas, bem menos que desse lado.
A
viação Água Verde atende
as vilas Itatiaia, Santa Helena, Porto Belo, e imediações desse lado do Contorno, e Caiuá e arredores do outro lado, ou
seja o que no começo do bairro nos anos 70 era chamado 'CIC
Central'.
Pra servir o CIC Central existem os terminais da Fazendinha e Caiuá. O
Terminal da Fazendinha foi criado entre 1992 e 93, e fica no bairro
de mesmo nome. Mas quase na divisa com a Cidade Industrial, e boa
parte de seus alimentadores vai pro CIC.
Já
o Terminal do Caiuá foi
inaugurado em 1999. Esse
é o menor
e mais novo terminal do município de Curitiba
(escrevo em 19. Em 2020 será inaugurado o Terminal do
Tatuquara, na Zona Sul).
Ao
redor desse terminal há o Conjunto
Caiuá, que o nomeia. O Caiuá é uma grande série de prédios sem
elevador (‘pombais’). Foram construídos no fim do regime
militar,
entre o fim da década de 70 e começo da de 80.
Se
formos pro outro lado, saímos no bairro do São Miguel (pouco
conhecido dos curitibanos, quase uma 'Cidade Oculta' na Zona Oeste,
por isso sai na mídia ainda como 'Cidade Industrial').
Pro
que nos importa aqui que é a busologia, a linha que atende
a região é o alimentador Mário Jorge – antigamente um ramal da
linha Vila Marisa, com o crescimento das vilas virou linha própria.
Matérias sobre a região além do Contorno Sul.
Outra reportagem sobre a Zona Oeste da cidade:
Transporte coletivo em Curitiba:
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Inter-Hospitais. |
Micro-ônibus. Mostrando vários deles – e não apenas da Caio – em ação pelo Brasil e Chile.
No início os anos 80 Curitiba implantou seu revolucionário sistema de transporte coletivo.
Padronizando a frota em unicolor, a cor indicava a categoria.
Por quase 40 anos, de 1981 a 2020 Curitiba teve ônibus brancos, enquanto durou o Circular Centro.
As categorias Vizinhança e Inter-Hospitais, e por um
tempo até o Alimentador Zoológico, também utilizaram a mesma cor, em
períodos diferentes da história.
No entanto em 2020 acabou. Assim como o azul, o branco também foi eliminado do sistema de transporte curitibano.
O detalhe curioso é que houve um tempo que a Caio punha nomes de mulheres em seus ônibus.
Carolina era o micro.
Aqui em Curitiba a linha Circular-Centro, que tinha
sua pintura exclusiva branca, era operada pelas viações Luz
e Cristo Rei (cada uma num sentido, horário e anti-horário).
Pois bem. No Circular-Centro da década de 80 só haviam Carolinas, em ambas as viações.
Abordo na matéria também o modal Seletivo/Executivo/Opcional curitibano.
Que geralmente é feito por micro-ônibus, e “naquele tempo” muitas vezes por Carolinas.
Tem mais, mostro várias categorias que igualmente foram feitas por micros, em várias cidades brasileiras:
Porto Alegre, Brasília, o Rio, o Recife e Santos. Como essas linhas começaram, e como estão hoje.
Se tudo fosse pouco, no Chile um desses micros teve um triste final . . .virou varal!
Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuis, mas sempre voltam a ser vermelhos.
– DE CURITIBA PRO MUNDO
– DO MUNDO PRA CURITIBA
Mostram, respectivamente, ônibus que começaram na capital do PR e depois foram vendidos pra outras cidades do mundo; E, inversamente, bichões que primeiro rodaram em outras terras e depois vieram pra cá.
De 2015 pra cá o sistema
metropolitano da capital do PR passou a ser grande importado de busões
usados. Isso é domínio público. Agora segura essa bomba: flagrei um Caio Gabriela Expresso operando na Costa Rica, América Central. O letreiro diz “020-Inter-Bairros 2”, entregando que ele é oriundo daqui de Curitiba.
Outra raridade postada na mesma reportagem: já na pintura do ‘Municipalizdo’ de SP. Letreiro: “203-Sta. Cândida/C. Raso”, articulado também ex-curitibano evidente.
E, o tema dessa postagem, Ligeirinho de Curitiba em plena Nova Iorque/EUA. A linha é ‘Lower Manhattan’.
Calma, como dito foi somente por uma
semana que eles rodaram lá. Uma exposição do novo sistema que estava
sendo implantado aqui. Só um espetáculo teatral, resumindo.
Usei seu trabalho como base pra fazer uma matéria em minha página, acrescentando mais fotos e informações.
Tudo somado, os 88 busos eram nessas configurações:
– 12 Caios Amélia (11 Scania e 1 Volvo)
– 26 Marcopolos Torino (todos Volvo)
– 50 Ciferal Alvorada (idem, 100% Volvo).
Vendo pelo fabricante de motor, repetindo, foram 11 Scanias (todos eles Caio Amélia e com o eixo a frente da porta) e 77 Volvos (sendo 1 Caio Amélia, 26 Marcopolos Torino e 50 Ciferal Alvorada, todos com o eixo na posição ‘normal’, atrás da porta).
Esse é focado nos ônibus. Falo bastante da cidade de Curitiba, principalmente de um fato curioso:Azul é a cor mais comum de ônibus pelo mundo afora.
No entanto, só em 2011 a capital do Paraná foi ter busos nessa cor. A vai durar pouco. Os ‘ligeirões’ comprados a partir de 2018 voltaram a ser vermelhos.
Assim, em algum momento na década de 20, a frota azul adquirida em 2011 será substituída.
Curitiba
deixará então de ter busos celestes, e então nãos os terá nem no
municipal tampouco no metropolitano. Alias esse tema já nos leva a
próxima matéria.
Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas, cinzas e azuis, mas sempre voltam a ser vermelhos.
Repetindo
o que já foi dito acima e é notório: ficou pronto em 2006, mas ficou 3
anos fechado, só sendo inaugurado (de forma errada) em 2009.
Somente em 2016 o Roça Grande se transformou num terminal de verdade.
Com linha troncal sendo feita por articulado e linhas alimentadoras com integração de fato.
Fotografei um articulado Caio ex-BH chegando no Terminal Roça Grande vindo do Centrão de Ctba. . Isso nos leva as duas próximas matérias.
Até 2015, a prefeitura de Curitiba controlava também boa parte do transporte metropolitano.
Então era proibido trazer ônibus usados, tinha que ser sempre 0km.
Nesse ano houve o rompimento. As linhas inter-municipais voltaram pra alçada do governo do estado.
Com isso, Curitiba passou a ser grande importadora de busões de outros estados.
Onde operou sem repintar por conta de uma homenagem que uma viacão sergipana faz a Pernambuco.
Depois veio pra Grande Curitiba, sendo enfim repintado no padrão metropolitano.
E assim, no bege da Comec, foi deslocado pra Itajaí/SC.
Mostro vários outros exemplos que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba.
Especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de ‘carros’ curtos também.
Desde o tempo da ‘jardineira’ “Pro-Parque” e da linha “Volta ao Mundo“, que foram suas predecessoras. Passando pelo momento que a Linha Turismo ainda era feita com velhos ônibus de 1-andar. A Linha Turismo não era vista com tanta importância.
Por
isso os ‘carros’ que nelas serviam eram aposentados das linhas
convencionais, reformados pra mudarem as janelas e os bancos. Só depois chegaram os busões 0km especialmente pra Linha Turismo; Primeiro ainda com 1 andar mesmo, e mais recentemente os famosos 2-andares.
– 2021: UFA! 14 ANOS DEPOIS, ENFIM INAUGURADA A LINHA VERDE NORTE/LESTE – Incompleta por enquanto (julho de 2021)
A “Linha Verde” é o antigo traçado urbano da BR-116.
Curitiba não é mais a mesma. Antes a cidade inovava: Nos anos 70 e 80 criou - a nível global - o conceito de ônibus "Expresso" (corredores exclusivos, terminais de integração, etc.). Em 1992 foi aqui que começou a rodar o primeiro bi-articulado do Brasil.
Agora…quanta diferença: o
corredor da ‘Linha Verde’ começou a ser construído em 2007. Só em 2021
começou a circular um Expresso no trecho Leste/Norte da linha. 14 anos e
meio depois.
Ainda assim, incompleta. Só inauguraram 3 novas estações (escrevo em 21): Fagundes Varela, Vila Olímpica e PUC. Ainda faltam mais 5.
Antes tarde que nunca, ao menos
agregou novas opções de integração, as
estações-tubo F. Varela e PUC
são mini-terminais. Onde é possível baldear gratuitamente pra diversas
linhas Convencionais, Alimentadores e Inter-Bairros. A esquerda acima o Convencional Canal Belém integrando gratuitamente na Estação PUC (ao fundo o Circo Vostock, que está fixo no local há alguns anos).
- TATUQUARA, ZONA SUL: O TERMINAL QUE NÃO É TERMINAL -
(atualizado em maio de 2021, quando da inauguração do mesmo) –
Não é terminal porque foi planejado errado, não tem linhas troncais (Ligeirinho nem Expresso) tampouco Alimentadores próprios.
Não
agregou novas opções de integração. Resultado? Está vazio,
grosseiramente sub-utilizado, pois não é útil aos moradores da região.
Exatamente como aconteceu antes na Zona Norte, em Colombo.
Refrescando a memória, o
Terminal Roça Grande ficou pronto em 2006, mas só foi inaugurado - de
forma erra em 2009.
E somente em 2016 se tornou um terminal de verdade,
com linhas troncais feitas por articulados e alimentadores próprios. Faça as contas, 10 anos pra corrigir. Espero que no Tatuquara o ajuste leve menos que uma década. Bem menos.
Falo também da grande invasão que ocorreu no Tatuquara em 2020 - antes da eleição como é tradição em Curitiba - próximo a Vila Zanon. Situação tensa na Zona Sul.
Deus proverá.
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