ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"
Origem da imagem: internet.
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Local:
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Curitiba-PR.
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Viação:
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Carmo.
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Data:
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1992.
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Carroceria:
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Ciferal.
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Motor:
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Volvo.
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Observação:
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Aparenta estar em testes. Ainda está sem placas.
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Curitiba,1992: começam os bi-articulados no Brasil. Esse
é o 1º que rodou em nossa nação, por isso recebeu
a numeração 001.
Os
ônibus bi-articulados são a marca registrada de Curitiba,
seu cartão-postal.
De
fato essa foi a primeira
cidade do mundo que contou com esse modal em escala industrial:
Já
começou com 33 exemplares
e hoje são mais de uma centena de unidades,
operando em várias linhas.
Na
capital do Paraná os bi-articulados surgiram
em
1992, sendo os primeiros em território
brasileiro,
repetindo.
São
Paulo veio logo a seguir, ainda no meio dos anos 90 (prov. 1995). E
hoje
contabiliza acima de
duas centenas
de
veículos
desse tipo.
Já
no século 21, Goiânia-GO,
Campinas-SP,
Manaus-AM
e o
Rio de Janeiro também passaram a contar
com o modal.
Na
maior cidade do interior paulista e na capital goiana eles ainda
rodam
(escrevo
em 2020).
No
Rio e Manaus, por outro lado, essa foi a realidade em momentos
distintos da década de 10 que se encerrou. Não
mais, todavia. Em ambas os bi-articulados foram extintos.
Na
América, os bi-articulados existem na Colômbia,
México,
e mais recentemente foram implantados no Equador
e Guatemala.
Em Cuba um exemplar rodou em testes.
Na
Europa eles são comuns igualmente,
sendo encontrados em vários países.
Apenas
Pequim
na China conta com esses ônibus de 2 sanfonas em
toda Ásia.
E
por enquanto eles ainda não estrearam em
solo africano, tampouco na
Oceania.
Na
internet circulam notícias, datadas de 2015, que Luanda/Angola na
África iria contar com esse modal.
É
comprovado que bi-articulados foram exportados
(do Brasil e da Europa) pra
esse país,
tanto 0km quanto usados. Entretanto,
não
consegui ter certeza se o sistema de fato entrou em operação.
(O
que está publicado na rede mundial de computadores fala apenas que
‘Luanda terá bi-articulados’. Em lugar algum mostram os busos em
ação).
Caso
se confirme, é Luanda a 1º e até onde sei única cidade com
bi-articulados em toda África.
.........…
Voltemos
a falar do bichão da foto.
Fabricado
em 1992, carroceria
Ciferal, motor e chassis Volvo. Na fase de testes era vermelho e
tinha a
frente diferente,
do modelo Ciferal Rio – inclusive possuía letreiro normal sobre o
para-brisas pra escrever a linha..
Na
hora de operar, decidiram
que os 1ºs bi-articulados
(do eixo Boqueirão,
Z/Sul) seriam
cinzas.
A
frente foi mudada pra esse modelo arredondado.
Os
da Ciferal (que
era uma sigla pra “Companhia
Industrial
de Ferro
e Alumínio”)
não
tinham letreiro pra linha, mas não fazia diferença, pois ele só
fazia uma linha,
nos tubos só parava a linha Boqueirão, não tinha como confundir.
Recebeu nº
ED001,
como já dito.
Depois
foi
pintado de vermelho e passou
a contar com
letreiro,
pois em 1999 começou a linha Circular Sul, assim em alguns tubos
entre a antiga
BR-116 e o Term. Boqueirão param 2 linhas.
Em
2003, a
Carmo deixou de operar bi-articulados. Sua frota bi-sanfonada foi
emprestada a outras viações, e recebeu o prefixo ‘VD‘,
pra indicar esse empréstimo.
Em
seu último ciclo pelas ruas da cidade, o
1º bi-articulado do Brasil rodou como ‘VD001‘.
Recapitulando,
em
1992 começou o bi-articulado no Brasil, com a linha Boqueirão
pra Z/S de Ctba. . A
princípio busões cinzas,
pra marcar que eles usavam estações-tubo. Os
da Marcopolo tinham letreiro.
Os
da Ciferal não tinham letreiro, mas não necessitava, só havia uma
linha,
digo
novamente.
Em 1995 foi inaugurada outra linha, mas não parava nos mesmos tubos,
não tinha como pegar errado. Na reportagem sobre os bi-articulados publiquei fotos
do mesmo 'carro', o ED012,
antes
e depois da mudança:
Primeiro,
cinza e sem letreiro, a
seguir ele repintado
e com letreiro.
Depois
que começou
a linha Circular Sul
– que ele exatamente está cumprindo numa
das tomadas –
aí
precisava o nome da linha escrito,
pois então há duas opções em alguns tubos.
Vamos resumir a história dos ônibus bi-articulados em Curitiba: eles começaram em 1992, foram 33 a princípio, cinzas, da viação Carmo, na linha pro Boqueirão, Zona Sul.
Na 1ª leva eram 15 Ciferal (esq.) e 18 Marcopolos (esse). Depois todos eles foram repintados de vermelho.
Em 1995, com grande leva Marcopolo, eles estrearam no eixo Norte-Sul.
Em 2000 começaram no eixo Leste-Oeste.
Após saída da Carmo em 2003 outras viações assumiram o eixo Boqueirão.
Em 2006 veio uma grande leva de Caios, entre elas a Glória, Redentor e Cidade Sorriso. Foram os primeiros bi-articulados de qualquer carroceria que não fosse Marcopolo.
Em 2011 aportam os Neobus, chamados de ‘maior ônibus do mundo’ porque tem 28 m, 3 a mais que antes.
Os Ligeirões passaram a ser azuis. Cumprem duas linhas na Zona Sul, 500-Boqueirão e 550-Pinheirinho/Praça Carlos Gomes.
Também há Neobus vermelhos.
Na renovação de frota de 2018 todos são vermelhos e Marcopolos.
A seguir 19 chegou um Caio Scania que rodou em testes (por isso o prefixo ‘XY’). Foi aprovado.
Em 19 várias viações compraram Caios – a Glória não aderiu, se manteve fiel a Marcopolo.
Seja como for, na virada pra década de 20 os busões começam o emplacamento padrão Merco-Sul (onde as chapas têm fundo branco).
..........
Série
"Bi-Articulados no Brasil" – em
Manaus e no Rio eles existiram mas já foram extintos; nas demais
cidades ainda operando (escrevo em 2019):
- CAMPINAS
- MANAUS
-
GOIÂNIA
-
CURITIBA
Matérias
sobre o tema:
(Radiografia completa, todos os modais: Expressos, Convencionais, Intrer-Bairros, Alimentadores, Circular-Centro, Ligeirinhos, e mesmo outros que já foram extintos.)
- ANTES & DEPOIS: FROTA PÚBLICA DE CURITIBA: Entre 1987 e 88, a prefeitura encomendou 88 articulados, que vieram pintados de laranja.
Usei seu trabalho como base pra fazer uma matéria em minha página, acrescentando mais fotos e informações.
Tudo somado, os 88 busos eram nessas configurações:
– 12 Caios Amélia (11 Scania e 1 Volvo)
– 26 Marcopolos Torino (todos Volvo)
– 50 Ciferal Alvorada (idem, 100% Volvo).
Vendo pelo fabricante de motor, repetindo, foram 11 Scanias (todos eles Caio Amélia e com o eixo a frente da porta) e 77 Volvos (sendo 1 Caio Amélia, 26 Marcopolos Torino e 50 Ciferal Alvorada, todos com o eixo na posição ‘normal’, atrás da porta).
Esse é focado nos ônibus. Falo bastante da cidade de Curitiba, principalmente de um fato curioso:Azul é a cor mais comum de ônibus pelo mundo afora.
No entanto, só em 2011 a capital do Paraná foi ter busos nessa cor. A vai durar pouco. Os ‘ligeirões’ comprados a partir de 2018 voltaram a ser vermelhos.
Assim, em algum momento na década de 20, a frota azul adquirida em 2011 será substituída.
Curitiba deixará então de ter busos celestes, e então nãos os terá nem no municipal tampouco no metropolitano. Alias esse tema já nos leva a próxima matéria.
Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974. Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?
Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuis, mas sempre voltam a ser vermelhos.
– VIAGEM PRO PASSADO: A GARAGEM DA VIAÇÃO COLOMBO, ANOS 80 - Quando ainda era pintura livre, e a viação era grande cliente da Caio (depois ela ficou 20 anos sem adquirir Caios 0km).
Ficou pronto em 2006, mas ficou 3 anos fechado, só sendo inaugurado (de forma errada) em 2009.
Somente em 2016 o Roça Grande se transformou num terminal de verdade.
Com linha troncal sendo feita por articulado e linhas alimentadoras com integração de fato.
Fotografei um articulado Caio ex-BH chegando no Terminal Roça Grande vindo do Centrão de Ctba. . Isso nos leva as duas próximas matérias.
Até 2015, a prefeitura de Curitiba controlava também boa parte do transporte metropolitano.
Então era proibido trazer ônibus usados, tinha que ser sempre 0km.
Nesse ano houve o rompimento. As linhas inter-municipais voltaram pra alçada do governo do estado.
Com isso, Curitiba passou a ser grande importadora de busões de outros estados.
Um busão do Recife foi vendido primeiro pra Aracaju-SE.
Onde operou sem repintar por conta de uma homenagem que uma viacão sergipana faz a Pernambuco.
Depois veio pra Grande Curitiba, sendo enfim repintado no padrão metropolitano.
E assim, no bege da Comec, foi deslocado pra Itajaí/SC.
Mostro vários outros exemplos que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba.
Especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de ‘carros’ curtos também.
Desde o tempo da ‘jardineira’ “Pro-Parque” e da linha “Volta ao Mundo“, que foram suas predecessoras. Passando pelo momento que a Linha Turismo ainda era feita com velhos ônibus de 1-andar. A Linha Turismo não era vista com tanta importância.
Por isso os ‘carros’ que nelas serviam eram aposentados das linhas convencionais, reformados pra mudarem as janelas e os bancos. Só depois chegaram os busões 0km especialmente pra Linha Turismo; Primeiro ainda com 1 andar mesmo, e mais recentemente os famosos 2-andares.
Agora sobre as linhas metropolitanas:
- ABRIU O BAÚ: OS ÔNIBUS METROPOLITANOS DE CURITIBA ANTES DA PADRONIZAÇÃO
"Deus proverá"
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