sábado, 18 de julho de 2020

não-SEI? Deu Branco!!

https://omensageiro77.wordpress.com/2015/02/16/ah-esses-onibus-recifenses/


Imagem pertencente ao portal Ônibus Paraibanos. Créditos mantidos. Visite as fontes.

Local:
Recife-PE.
Viação:
Metropolitana.
Data:
2ª metade da década de 10 (século 21, evidente).
Carroceria:
Torino6 Marcopolo - 'Torino 6' oficialmente é o Torino '2014'
Motor:
???
Observação:
Pra quem não conhece o Recife, 'Metropolitana' é a viação, e não a categoria da linha. Outras cidades como Curitiba e São Paulo têm ou tiveram a inscrição 'Metropolitano' na lataria indicando que a linha é inter-municipal; mas nesse caso é o nome da empresa de ônibus.

Recife, final da década de 10. Torino '6' da viação Metropolitana sendo apresentado 0km, ainda sem chapas. Na nova padronização das linhas inter-municipais, lateral do veículo branca e frente, traseira e ao redor das janelas com a cor da região que a linha serve. Implantada em 2015.

O logotipo (no detalhe) alias fez sucesso, pois foi copiado por uma viação da Grande Assunção, Paraguai.

Agora o Grande Recife têm 2 padronizações pintura: essa e a do SEI - Sistema Estrutural Integrado, criado nos anos 90.

No modelo adotado pelo SEI, os veículos são inteiro unicolores com a cor da categoria da linha (com exceção de uma faixa vertical com as cores das outras categorias):

- Azul: Radial;
- Vermelho: Perimetral;
- Amarelo: Alimentador;
- Verde: Inter-Terminais;
- Branco: Circular.

Mas são poucas as linhas Circulares, logo são raros os busos brancos no sistema SEI. A imensa maioria dos SEI são coloridos.

E até 2015 as linhas não-integradas, que não fazem parte do SEI, tinham pintura livre. Não mais. Agora, como coloquei no título, 'não-SEI: deu branco!'. E não me refiro a um estudante que esqueceu de estudar pra prova e por isso não sabia responder as perguntas da mesma, e sim dessa nova padronização. 
..........

Até onde sei, o Recife é a única cidade que tem duas padronizações de ônibus, digamos assim, simultâneas.

Outras capitais, e mesmo algumas grandes cidades do interior (ex. Campinas-SP), têm 2 padronizações pros ônibus, mas geralmente é uma pra linhas municipais e outra pros intermunicipais. No caso específico do Recife, tanto a padronização SEI quanto essa em branco valem pra mesma categoria de linhas, as inter-municipais (o SEI vale também pra linhas municipais da capital). 

Recapitulando o que todos já sabem, nesse ano de 2015 foi implantada a padronização ‘Grande Recife’, pras linhas que não fazem parte do SEI

Os ônibus ficaram brancos, com a cor da região que a linha serve na frente e no teto

Um estilo parecido com a padronização adotada no Rio de Janeiro um pouco antes (que lamentavelmente está sendo abandonada).  

Ou seja, agora o Grande Recife tem duas padronizações de pintura paralelas:

Uma é o SEI, que adota o mesmo modelo criado em Curitiba.

Ou seja, onde os busões são pintados conforme o tipo de linha que cumprem (utilizado atualmente também em Criciúma-SC; no passado também usado diversas cidades como Belo Horizonte-MG, Fortaleza-CE, Londrina e Ponta Grossa [ambas no PR, óbvio], Joinville e Blumenau [as duas maiores cidades do interior de SC, evidente], e fora do Brasil citamos Los Angeles-EUA, Bogotá-Colômbia, Guaiaquil no Equador, Cidade da Guatemala, entre outras). 

Em 2015 os busões ficam alvos, com um detalhe colorido indicando a região da cidade que servem.
 
Padronização adotada em muitas capitais, São Paulo sendo a maior delas (outros exemplos são, além de Santiago do Chile, em nossa Pátria Amada: Brasília-DF, Porto Alegre-RS, Salvador-BA, Belém-PA, Manaus-AM, Campinas e São José dos Campos [as duas metrópoles mais populosas do interior paulista], São Luís do Maranhão, Maceió-AL, no passado também em Florianópolis-SC; falando apenas alguns exemplos).

Acredito, dizendo ainda mais uma vez, que apenas na capital pernambucana ocorre isso, o mesmo sistema metropolitano ter 2 padronizações paralelas.


As linhas não-SEI, a partir do meio da década de 10, ficaram em branco.
 

SÉRIE SOBRE O RECIFE:

O apelido, evidente, se deve as muitas pontes e canais do Centro. Também chamada Amsterdã Sul-Americana, pelo mesmo motivo. Falo de vários aspectos sobre a cidade: o nome, a geografia, a pichação nos muros, e muitos outros.

 
("Choque Cultural": um curitibano no Recife - poucas cidades no mundo são tão diferentes quanto as capitais do PR e PE. Curitiba é fria, o Recife é quente, sangue-quente.
 
 
 
Confira matéria completa sobre o transporte no Recife, atualizada com centenas de fotos, o texto também foi completamente reformulado.

Outras postagens relacionadas ao tema:
 
B. Teimosa e prédios de Pina e B. Viagem
- UMA ‘BOA VIAGEM’: DE BRASÍLIA “TEIMOSA” A BRASÍLIA “FORMOSA”
 (Além de desenhos do Recife, mostro Brasília Teimosa, antiga favela próxima a Boa Viagem, que até 2003 tinha palafitas dentro do mar; agora foi urbanizada e virou um bairro normal)

- TRANSGENIA BUSÓFILA (E AUTOMOTIVA EM GERAL) Dezenas de curiosidades como essa, veículos - de todos os modais - adaptados prum uso distinto do planejado originalmente;
 

Eis a série completa sobre a Bahia, que conheci na mesma viagem:

2 LINHAS DE METRÔ, SISTEMA DE ÔNIBUS RENOVADO, ELEVADORES, E BREVE VLT, CORREDORES E ARTICULADOS: O TRANSPORTE EM SALVADOR – Todos os modais, dos anos 70 até hoje e os planos pro futuro:

Padronização Integra Salvador, o metrô que foi inaugurado em 2014 e já tem 2 linhas, o trem suburbano que operou por 160 anos, o futuro VLT que entrará em seu lugar;

“O “Brancão” do começo desse novo milênio (um pouco mais pro alto na página, acima da foto da estação do metrô), quando quase todas as viações adotaram uma “padronização informal” embranquecendo a frota – mas nem todas, a BTU foi uma das que resistiu;

O tróleibus que existiu nos anos 60, a viação estatal Transur, as primeiras tentativas de padronização (‘Grande Circular’ e TMS), os articulados – que acabaram mas logo voltarão com o BRT, os elevadores que conectam a Cidade Baixa a Cidade Alta.

- ONDE TUDO COMEÇOU: SALVADOR DA BAHIA (Salvador é o sol: com 80 km de praias, o sol nasce e se põe dentro do mar)

Publicado em 22 de Abril de 2021 – aniversário de 521 anos do ‘Descobrimento’ do Brasil, que ocorreu na Bahia. A direita vemos a cena: em 1500 Portugal “descobre” o Brasil, chegando pela Bahia (quadro do museu Palácio da Sé, no Pelourinho-Salvador).

Salvador é peculiar, por muitos motivos: é uma cidade muito antiga, foi a primeira e por enquanto mais longeva capital do Brasil.

Salvador foi fundada em 1549 (5 anos antes de São Paulo e 16 antes do Rio de Janeiro), quase meio século depois do “descobrimento”, pra ser a sede da administração portuguesa no então nascente Brasil

"Descobrimento" entre aspas, pois aqui já moravam homens antes da chegada das caravelas, portanto já estava descoberto - esse adendo não significa a negação da contribuição lusa e europeia em geral na formação de nossa pátria.

A esq. o 1° bispo do Brasil, instalado em Salvador. Nota: eu não sou católico. Apenas em seus primeiros tempos a história de nosso país esteve muito atrelada a Igreja.

Com 80% de sua população afro-descendente, é a metrópole mais negra do Brasil – e uma das mais negras do mundo fora da África.

Espremida entre a Baía de Todos os Santos e o Oceano Atlântico, tem 80 km de praias. Seu litoral é maior que o do estado do Piauí.

Com uma orla com essa grande extensão e bastante recortada, o Sol nasce e se põe no mar:

Situação creio que única no mundo, ao menos entre as cidades dessa porte.

Salvador é uma península (tem a forma de um dedo, se quiser visualizar assim).

Isso faz dela uma cidade muito densa, com pouca área verde e muita verticalização, inclusive nas áreas mais humildes.

Some-se a isso uma grande desigualdade social, que também ocorre nas outras metrópoles do Brasil e do mundo. Resultando que há favelas em quase todos os bairros, mesmo na Zona Central e nas partes mais abastadas da Orla.

Como as favelas são em morros e com muitos prédios artesanais, em que as lajes vão sendo enchidas e os andares vão subindo sem muita fiscalização, a imagem é bastante impressionante. Andar pela capital baiana, mesmo perto do Centro e das praias, é parecido com andar na periferia de São Paulo. O subúrbio soteropolitano (o gentílico da cidade se alguém não sabe) é bastante denso e verticalizado, repetindo.

Mais parecido com os subúrbios do Sudeste que com os das outras capitais nordestinas.

Salvador é a ligação entre o Sudeste e o Nordeste em termos Espirituais, assim como Curitiba é a ligação entre Sudeste e Sul.

BEM-VINDO A SALVADOR“: favela em morro ao lado de prédios de padrão mais elevado; eis uma das 1ªs imagens que vi da cidade, ainda dentro do moderníssimo metrô que me levou do aeroporto ao Centro.

……

É BOM PASSAR UMA TARDE EM ITAPUÃ: É DIA DE DOMINGO EM SÃO SALVADOR (publicado em novembro de 2021)

Comecei meu último dia no Nordeste na Barra, que é o único lugar de Salvador que os brancos são maioria na rua. Portanto uma região de elite.

E, como diz a música, fui “passar a tarde em Itapuã” – uma praia da periferia (esq.), onde exatamente ao inverso 95% das pessoas eram negras ou mulatas.

A trilha sonora só poderia ser o ‘pancadão’ do ‘funk’. Daquele jeito.

Falo do renascimento do Salvador pros turistas: uma cidade acolhedora, limpa e segura.

Por outro lado, as ofertas dos guias e vendedores no Pelourinho extrapola pra insistência desrespeitosa e mesmo pra uma extorsão velada.

Abordo também da pichação em muros, que tem ‘alfabeto’ e regras próprias. Ao lado um exemplo desse estilo inconfundível (no destaque bicicletas que um banco disponibiliza pra aluguel em Ondina).

Além de vários aspectos soteropolitanos: da origem desse gentílico, que remonta ao grego;  até o gosto pelo churrasco, compartilhado com o Sul do Brasil.

SOTEROPOLITANO –  Publicado em janeiro de 2017, antes de eu ter ido pessoalmente, portanto:

PUXADINHO NO PRÉDIO, GENTE NAS CAÇAMBAS, GARAGENS NA VIA PÚBLICA:

SALVADOR TAMBÉM É AMÉRICA! E COMO É!!!

Em algumas fotos puxadas do ‘Google Mapas’, mostramos cenas da periferia da cidade.

Ao lado “puxadinho no prédio“:  há um edifício, legalmente construído, com alvará e tudo.

E aí sem alvará alguém sobe mais um andar por conta.

Orla de Salvador.

Essa é no bairro de Perambués, mas é situação comum por todo subúrbio soteropolitano.

Flagrei também pessoas viajando sem proteção nas carrocerias de caminhões.

Calçadas das vias públicas que foram transformadas em estacionamentos pros prédios em frente, e por aí vai.

América Latina, né? Fazer o que?

 
Segue a série sobre a vizinha Paraíba, que visitei em 2013. 

 TERRAS DO TRIBUS URBANO: a Paraíba, ao lado dos vizinhos Pernambuco, Rio Grande do Norte e até Sergipe, e mais São Paulo, concentram os ônibus trucados (com 3º eixo) no Brasil.
Tribus na padronização SEI/Recife.


ONDE O SOL NASCE: JOÃO PESSOA (a capital paraibana é a cidade mais oriental de toda América, portanto a que todos os dias recebe seu primeiro raio de Sol; nessa matéria falo um pouco do transporte coletivo também);

 ATÉ BAYEUX TEM "METRÔ": minha ida de trem ao subúrbio da Zona Oeste da Grande J.P. (Bayeux e Santa Rita) de trem. A tarifa é simbólica, R$ 0,50 (valor de 2013)Falamos rapidamente também do futebol na Paraíba, afinal 2013 foi justamente mais glorioso da história, quando esse estado levou seus dois maiores títulos, a série D do Nacional e a Copa do Nordeste.

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P. Seixas, J. Pessoa: ponto mais orental da América.

Contamos um pouco da história do estado, os 5 nomes que J. Pessoa já teve. No embalo mostramos 2 bandeiras anteriores paraibanas, até ela chegar a atual. Ah, é a “Cidade de Maurício” é justamente o Recife.

– JOÃO PESSOA É UMA MÃE, assim definiu o taxista (recifense de nascimento e criação) que me levou do aeroporto. Um pouco do clima, vegetação, e muitas fotos da periferia.

"Deus proverá"

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