Imagem
pertencente ao portal SFS Ônibus. Créditos mantidos. Visite as fontes.
Local:
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Joinville-SC.
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Data:
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Metade
da década de 80.
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Viação:
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Gidion.
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Carroceria:
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Marcopolo
Torino '1' (oficialmente Torino '1983').
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Motor:
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???
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Observações:
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Joinville,
mais ou menos no meio dos anos 80. Torino da 1ª geração (Torino
'1983' na terminologia da Marcopolo) da viação Gidion,
ainda em pintura livre e com entrada por trás.
Vemos
aqui 3
características que ficaram pra trás em definitivo no transporte
joinvillense:
-
Pintura
livre, que valeu até 1987;
a partir daí a pintura é padronizada pras 2 viações que lá
operam, além da Gidion temos a TransTusa.
-
Entrada
por trás;
-
Anúncios
nas laterais dos veículos;
As
duas últimas resistiram um pouco mais, adentraram a era da pintura
padronizada. Mas acabaram na virada pros anos 90
ou logo no início deles.
E
como uma marcenaria se metamorfoseou numa das maiores encarroçadoras
de ônibus do Brasil
(e no auge mesmo uma das grandes do planeta)? Simples:
na época as carrocerias de ônibus eram de madeira, e não de metal
como hoje.
Em
1948, dois anos após a fundação da firma, os irmãos Nielson
receberam um serviço que mudaria o rumo do empreendimento. Precisariam
reformar uma carroceria de ônibus. Foi aí que tudo começou. No
ano seguinte (1949) a Marcenaria Nielson e Irmão constrói sua
primeira carroceria de ônibus. Ainda
em madeira. Foi feito sobre o chassi de um caminhão Chevrolet 46.
Pegam
gosto pela coisa, e na década de 50 se especializam no ramo de
carrocerias. Não
apenas as de ônibus, que são fechadas. Também produzem carrocerias
de caminhão, abertas. Na
época a única coisa que diferenciava um ônibus de um caminhão era
que a carroceria de um ônibus era fechada, a de um caminhão aberta.Mas
ambas as carrocerias eram de madeira, e montadas sobre chassis de
caminhões. A
produção era artesanal, e não havia um padrão. Cada exemplar saía
numa configuração.
Em
1958 a Busscar – ainda com o nome ‘Nielson’, lembre-se –
produz sua 1ª carroceria metálica. Por
esse motivo marco esse ano como o início da empresa. Pois
foi aí que saiu o primeiro ônibus como hoje se entende esse
conceito.
Mas
a Nielson já fabricava carrocerias de ônibus usando madeira desde
1949. Mais
que isso, já reformava carrocerias de madeira desde 1947, e existia
como marcenaria desde 1946. Retomando
a narrativa, em 1958 surgiu a 1ª carroceria de metal. Por
um tempo as duas técnicas conviveram, eram construídas carrocerias
tanto metálicas quanto de madeira. Mas
breve a linha a partir de matéria-prima vegetal se encerrou.
Já
há algum tempo não se faziam mais carrocerias de ônibus de
madeira. Mas
a Nielson ainda produzia carrocerias de caminhão, abertas, nesse
material. Com
o sucesso do Diplomata, esse nicho acabou sendo abandonado da mesma
forma. Resolveram
acertadamente focar no que estava dando mais certo. A
razão social foi alterada pra ‘Nielson & Cia.’, refletindo a
ampliação de escopo. Desde
o início dos anos 60 a Nielson então se especializou em fazer
somente carrocerias de ônibus.
A
partir de 1987, começa nova revolução na companhia. É enfim
lançado o ônibus urbano, chamado Urbanus.
Entre
1989 e 90 o nome é mudado, de Nielson pra Busscar. A
década de 90 seria o auge da empresa, marcando uma expansão
notável, a
Busscar
chegou a obter quase um terço do mercado nacional e fábricas em
mais 5 países: Colômbia,
México,
Cuba,
Venezuela aqui na América e mesmo na Noruega na Europa.
Por
isso, repito, do meio dos anos 90 ao meio dos anos 10 em Joinville só
circulava Busscar, ou pelo menos quase que totalmente. Mas de 2012
pra cá isso mudou: ainda há alguns Busscar em Jvlle. (escrevo em
2019), entretanto a maior parte da frota já é de outras marcas.
E
em algum momento da década de 20 não haverão mais Busscar nas ruas
de Joinville, cidade que viu a marca nascer, crescer e morrer, e que
um dia ela dominou inconteste. São os ciclos da vida, não?
Série sobre Joinville:
- GIDION, PINTURA LIVRE (essa matéria que acabam de ler).
- Demais pinturas em breve.
Radiografia do estado inteiro:
Confira matéria completa com dezenas de fotos, contando a evolução dos ônibus na Grande Florianópolis, Joinville, Blumenau, Itajaí/Balneário Camboriú, Criciúma, Chapecó, Lages e as "cidades-gêmeas da divisa" (Rio-Mafra e 'Porto União da Vitória').
O título se deve a que das 24 maiores cidades catarinenses, nada menos que 16 têm (ou tiveram recentemente) ônibus inteiros nesse cor. 2/3. Fora mais algumas cidades menores.
Mais: a Busscar, o “ônibus-trem” (que também é Busscar), a influência curitibana, o ‘bondinho’ (‘papa-filas’), os aviões-restaurantes, a conquista campo-larguense (que também é curitibana e também é amarela).
Matérias relacionadas:
A história da montadora, que no auge foi uma potência no Brasil.
Veja todo vermelho o “Trans-Milênio”, o ‘expresso’ ('BRT') em ação em Bogotá – o articulado é um Busscar.
Sua queda, e a luta pra se re-erguer, agora focada somente no modal rodoviário.
Em azul e branco de costas Thamco da Transtusa na pintura livre em Joinville anos 80 (fonte da foto:
portal SFS Ônibus).
Até
que em 1987 a Busscar - ainda chamada Nielson' - começa a produzir
veículos urbanos.
Por duas décadas, a frota joinvillense foi 100%
Busscar, valorizando a marca ‘da casa’.
Inteiro amarelo, o articulado Busscar na pintura padronizada sai do Terminal (prov. o Central) em Jvlle.
Como todos sabem, a Busscar foi um símbolo da indústria de Joinville, de Stª Catarina e do Brasil. Só que com a falência, as viações da cidade precisaram encontrar outras alternativas.
- JOINVILLE, TERRA AMADA & QUERIDA -
Não é “a maior cidade de SC”, como muitos dizem. A Grande Florianópolis é quem ocupa esse posto, pois uma 'cidade' inclui a região metropolitana, e não apenas o município.
Ainda assim, Joinville é a maior cidade do interior, município mais populoso de todo estado, seu pulmão industrial.
Por isso o maior PIB catarinense – o dobro da capital Fpolis.!
Seu cartão-postal mais famoso está logo na entrada da cidade, é obviamente o portal visto acima.
Mais reportagens sobre o tema, começamos pela capital Floripa:
- A CIDADE DE FLORIANO NÃO ESTÁ MAIS DESTERRADA
-
(Radiografia completa do transporte
'manezinho', com dezenas de fotos: da pintura livre a padronizada, a
volta a pintura livre, ao novo retorno a padronização)
- PIONEIROS DA PADRONIZAÇÃO METROPOLITANA: BELO HORIZONTE, GOIÂNIA E FLORIANÓPOLIS
3 cidades foram as primeiras a padronizar a pintura dos ônibus metropolitanos:
Trata-se das capitais de Minas Gerais (inteiro azul), Goiás (branco com flecha laranja) e Santa Catarina (ao lado).
Na virada dos anos 70 pros 80 (ou logo no comecinho dos 80) elas padronizaram as linhas municipais. E incluíram as linhas metropolitanas no mesmo pacote.
As padronizações adotadas foram: MetroBel em B.H. (buso unicolor conforme a categoria de linha, as duas faixinhas menores coloridas indicando a região da cidade);
Goiânia, essa que do Monobloco 2075 da H.P., a mesma pintura pra toda a frota, sem variações;
E Florianópolis, padronização EBTU
– Empr. Brasileira de Transp. Urbanos -, buso branco, faixa colorida
indicando a região da cidade (também adotada em Brasília, Porto Alegre-RS,
Maceió-AL e Campinas-SP).
(As fotos de B.H. e Goiânia pertencem a página Ônibus Brasil, enquanto que a de Fpolis. é pertencente ao portal EgonBus - detalhe que esse último além de tudo é um Fiat.)
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Agora os textos sobre as cidades de forma geral, abordando além dos ônibus:
- BLUMENAU, A "ALEMANHA BRASILEIRA:
A cidade mais alemã do Brasil (certamente entre as grandes e médias, que têm mais de 300 mil habitantes).
Veja acima as casas em ‘enxaimel‘ (modelo de construção típico alemão) na Beira-Rio: isso é Blumenau.
Agora, toda moeda tem duas faces. O lado menos conhecido de Blumenau é que de seus 300 e poucos mil moradores cerca de 60 mil vivem em ocupações irregulares nos morros.
Na foto a seguir o morro da Rua Araranguá, no bairro Garcia próximo ao Centro: isso também é Blumenau.
-
Relato geral sobre a cidade, abordando não apenas o transporte. Mas falamos também sobre isso, da
volta do livre pro padronizado, cliquei várias cenas mostrando a
transição.
A matéria logo acima, chamada 'Ilha da Magia', havia sido feita no inverno, em junho de 2015. Estava frio e não teve então jeito de ir
ao mar, como era de se esperar pela época do ano. Um ano e meio depois,
voltei a Floripa em pleno verão. Estava quente, bem quente. Vi uma Praia de Canasvieiras lotada, tanto de brasileiros quanto de argentinos, uruguaios e paraguaios.
Na foto que mostra justamente a praia note o camelô com a bandeira da Pátria Amada e do Uruguai no mesmo mastro.
Havia atambém a da Argentina, que não apareceu.
Publicado em setembro de 2016, com o material sobre Bombinhas. Atualizado em novembro de 2017, mostrando Barra Velha.
Ainda na estrada já vemos as famosas baleias, num hotel na BR-101 em Barra Velha.
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Paraná e Santa Catarina dividem duas “cidades-gêmeas“:
Em ambos os casos um município em cada estado, mas formando uma única cidade.
Se preferir uma região metropolitana bi-estadual. Daí o título das matérias:
- ''RIO-MAFRA'': 1 CIDADE, 2 ESTADOS (Paraná/S. Catarina) -
Rio Negro/PR + Mafra/SC
Na foto acima vemos a placa da auto-escola 'Rio-Mafra':
Esse anúncio no Centro de Mafra mostra como a cidade é conhecida.
E ao lado a ponte velha que liga Mafra e Rio Negro.
Porto União/SC + União da Vitória/PR
Publicado originalmente apenas com um desenho em dezembro de 2014.
Em julho de 2018 reformulado pra se tornar uma reportagem sobre a cidade.
Ao contrário de Rio-Mafra, em “Porto União da Vitória” não é o rio quem divide os municípios (e os estados).
"Deus proverá"