ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"
Imagem
pertencente ao portal São Paulo Antiga. Créditos mantidos. Visite as fontes.
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Local:
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São
Paulo-SP.
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Data:
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Anos
50 (ou final dos 40).
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Viação:
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CMTC.
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Observações:
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Repare
na Kombi, outro ícone da indústria automobilística brasileira por décadas, ainda hoje (19) presença marcante em nossas ruas.
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São
Paulo, década de 50. Bonde da CMTC, vermelho e com o logotipo
clássico, que foi usado na maior parte da história da saudosa
viação estatal municipal paulistana.
Digo,
a imagem pode ser também do finzinho dos anos 40, afinal a
“Companhia
Municipal de Transporte Coletivo” foi
fundada em 1946.
Os
bondes circularam na cidade até 1968.
Esse
foi o primeiro logotipo da CMTC, usado em 3 períodos na história:
-
1947 – 1961;
-
1976 – 1978;
-
1986 – 1995, ano que a companhia foi extinta.
Algumas
notas: em
1961 e em 78 também extinguiram esse logo clássico
(onde o 'CMTC' vinha num retângulo protegido por 2 meia-luas) e
passaram a escrever o nome da viação por extenso,
sem figuras geométricas em torno.
Mas
em 1978 a mudança valeu pra todos os ônibus a dísel e pra alguns
tróleibus. Uma parte dos busões elétricos (justamente
os tróleis, evidente) seguiram
usando o logo clássico.
Explico.
Como já escrevi algumas vezes, no fim do regime militar a EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos – deu grande impulso a
modernização das redes de transportes em nossas cidades:
Ajudou
a coordenar a padronização de pinturas, implantação de corredores de 'Expressos', compra de ônibus articulados e 'padrão' alongados.
E financiou a reforma e aquisição de mais tróleibus.
No caso dos tróleibus, criou uma pintura própria, específica pra isso, amarela com duas listras bege-escuro e marrom. Esse decoração
foi usada nos tróleibus de 4 cidades: São Paulo Capital, Ribeirão
Preto e Santos no Estado de SP, e Recife-PE.
Então.
Pro que nos interessa aqui que é falar dos logotipos da CMTC: nos tróleis de Sampa, a maioria da frota manteve as pinturas específicas da CMTC, e nesses o logotipo foi abandonado novamente em 1978, dando lugar novamente a inscrição por extenso, sem figuras geométricas.
Mas
alguns tróleis paulistanos adotaram a pintura 'Amarelinha' da EBTU.
E nesses o logotipo foi mantido, no período 1978-1986.
Até
que em 1986 Jânio Quadros re-adotou o logo pra toda frota, dísel e
elétricos. Mais que isso: volta
além
do logotipo
clássico também
a cor
rubra.
Tudo
vai e volta, não é mesmo? Nos anos 80, em seus últimos de vida, a
CMTC voltou a ficar com a mesma cor e logotipo que usava em sua
primeira década.
A
CMTC ainda
teria
mais
2 pinturas, (1º
saia branca e blusa vermelha; 2º
a ‘Municipalizada’) com o logo clássico, ficou até o fim da
viação em 1995.
Ou
seja, ela deixaria de ser inteira vermelha, em ambas as pinturas
adotadas por Luiza Erundina, sucessora de Jânio, misturava-se branco
e vermelho, primeiro meio-a-meio, depois buso branco com faixa
vermelha.
Mas
o logotipo primogênito da CMTC acompanhou a viação até o fim, até
o dia que ela foi privatizada. E olhe, ainda hoje ele está registrado em tampas de bueiro nas avenidas de SP, conforme fotografei um caso em 2018.
.........
Matérias
sobre o tema (nota: não
quero dizer que tudo está perfeito, longe disso
Agora, que melhorou muito em relação a realidade do século 20 é
inegável. Entre
outras coisas, São
Paulo tem uma rede de transporte sobre trilhos
(metrô + trem) do
mesmo tamanho do metro de Nova Iorque/EUA.
Além
disso, os ônibus de São Paulo hoje são referência nacional e mesmo internacional de qualidade):
"Deus proverá"
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