terça-feira, 28 de maio de 2019

MetroBus: 2-andares em Joanesburgo/África do Sul (fabricação brasileira)

ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"


A imagem acima é de autoria própria. Algumas abaixo são puxadas da internet, c´reditos mantidos.
Local:
Joanesburgo/África do Sul.
Data:
Abril de 2017.
Viação:
MetroBus (estatal municipal).
Carroceria:
Marcopolo O.D.A. (Ônibus 2-Andares)
Motor
Volvo
Observações:
Na África do Sul é mão inglesa de trânsito, logo a porta – a única porta, por onde se entra e sai – é do lado esquerdo do veículo.

Joanesburgo, África do Sul, abril de 2017. 2-Andares Volvo Marcopolo de fabricação brasileira se prepara pra levar a galera pros distantes subúrbios da metrópole.

Pela colonização inglesa, antigamente todas as grandes cidades sul-africanas tinham ônibus 2-andares. Mas hoje no litoral (tanto Costa Oeste quanto Leste) eles desapareceram da linhas urbanas regulares, ficando restritos as 'Linhas-Turismo'.

Já no estado ('província') de Gauteng (que fica fisicamente no interior do país, longe do oceano) ainda existem 2-andares puxando linhas comuns, de transporte urbano regular.


Proxs. 3: BRT 'Minha Cidade' do Cabo.
Joanesburgo é maior cidade da África do Sul e seu centro econômico e político, por isso apelidada a 'Metrópole Global Africana'.
Pretória, bem menor em população e quase um subúrbio de Joanesburgo, é a capital executiva sul-africana, onde se localiza o Palácio Presidencial (a África do Sul tem 3 capitais, o Congresso fica na Cidade do Cabo e o Supremo Tribunal na pequena cidade de 'BloemFontain'). Pro que nos interessa aqui, Joanesurgo e Pretória fazem parte de Gauteng, e são as duas cidades grandes sul-africanas que hoje em dia contam com o modal 2-andares em linhas regulares, de tarifa normal.

Em 'Joburgo' (como Joanesburgo é carinhosamente chamada) existem dezenas de busos 2-andares, que circulam em diversas linhas, andei num deles no horário de pico do fim-de-tarde (abaixo conto a experiência, que foi uma pauleira).

Em Pretória eles ainda existem mas são bem mais raros, passei um dia no Centro de Pretória e só presenciei uma vez um 2-andares, não tive a oportunidade de andar nele. Por fotos, sei que existe pelo menos mais um exemplar, totalizando no mínimo uma dupla de veículos nesse modal.

Linhas-tronco com articulado (acima), micros nas de menor demanda.

De volta a 'Joburgo', a viação é estatal municipal. Chama-se MetroBus. Esse nome também é usado em sistemas de ônibus em Goiânia, Havana/Cuba, Cidade do México, Istambul/Turquia, Cuala Lumpur/Malásia, Caracas/Venezuela, na capital Washington e também em St. Louis nos EUA, no Sul da Inglaterra, entre outras metrópoles.

O MetroBus cubano em Havana antigamente era operado pelos 'Camelos' – carretas de caminhão cuja carroceria é um ônibus estendido, aqui no Brasil esse modal era chamado 'Papa-Filas'. Ainda na América do Sul, em Buenos Aires/Argentina o sistema de corredores de ônibus igualmente se chama 'MetroBus', mas esse nome não aparece nos ônibus, só nas estações (lá não-integradas, por enquanto – escrevo em 2019).

……..

É raro, mas há alguns pitocos de tamanho normal.

Feita essa explicação do nome, de volta aos 2-andares que é o que nos interessa hoje. Londres foi quem consagrou esses bichões dotados de pavimento duplo. E os consagrou rubros, evidente.

E esses bichões pioneiros foram hiper-longevos. Produzidos a partir de 1956, pouco depois da segunda guerra mundial, chegaram a rodar – em linha urbana regular – depois da virada do milênio. Até 2005 repetindo. Foram portanto quase 5 décadas de uso ininterrupto em alguns exemplares (certamente bem mais de 4 décadas na frota toda).

Até os anos 80 e começo dos 90 eles eram soberanos nas ruas de Londres, mesmo já sendo bem veteranos. Somente na segunda metade dos anos 90 começaram a aparecer 2-andares mais modernos.

E durante algum tempo as diferentes gerações conviveram, óbvio: circulavam lado-a-lado os pioneiros, já com perto de 40 anos (pelo menos 30) de uso, junto com os novinhos em folha, ainda cheirando a fábrica.

Os 2-andares cumpriram na Europa o papel que os tróleibus cumprem na América, o de serem museus vivos, continuarem na ativa por décadas e décadas sem tirar de dentro.

Depois, Osasco (igualmente na Grande SP), Goiânia-GO e Recife-PE também tiveram ônibus 2-andares em linhas regulares, variando entre 4 veículos em Osasco, 3 em Goiânia e um 'filho único' no Recife.

Todos os 2-andares brasileiros da época pioneira eram do modelo 'Fofão', carroceria Thamco e motor e chassis Scania.

Aqui e a seguir: 'Rea Vaya', o BRT de Joanesburgo.

Mas a Thamco faliu, e a produção desse tipo de modal de ônibus com escadas internas ficou a partir daí pra Busscar de Joinville-SC e Marcopolo de Caxias do Sul-RS, até que a Busscar também faliu (voltou em 2018 mas apenas pra ônibus de viagem), assim a Marcopolo assumiu o controle absoluto.

Os 2-andares de Joanesburgo são de fabricação brasileira, Marcopolo com motor e chassis Volvo.

……..

Nos antigos 2-andares de Londres, só havia uma porta, na traseira. Todos entravam e saíam por ela, o que obviamente não era nada prático no horário de pico.

Essa era uma característica britânica indelével, que ainda gera frutos ao redor do globo. Estive na África do Sul em 2017, país de colonização anglo-holandesa como todos sabem. Pois bem. Até hoje a imensa maioria dos ônibus sul-africanos – tanto de 1 quanto 2 andares – conta com somente uma porta.

Há uns poucos veículos com 2 portas. Não há ônibus com 3 portas no território sul-africano (exceto articulados). Nessa nação a imensa maioria dos busos ainda honram a tradição britânica, e só têm 1 porta.

Ônibus 2-andares é ideal pra linhas turísticas, quando são poucos passageiros endinheirados que estão passeando, sem horário a cumprir. Aí só vai gente sentada, reduzindo os problemas de circulação. 

Articulado: a Marcopolo é popular na África do Sul.

Vou dizer com todas as letras: ônibus 2-andares não são adequados pro transporte de massas, de linhas carregadas usadas pendularmente pela classe trabalhadora. Pra essas linhas é preciso articulados, que não têm escada, aí você dinamiza o fluxo no interior do veículo: todo mundo entra pela frente e vai se dirigindo pra trás, onde há muito espaço pra se acomodar e várias opções pra sair.

Pois num 2-andares a escada toma boa parte do espaço do salão interior, onde é feito o embarque/desembarque e cobrança de passagem. Ademais, a própria escada já é um gargalo de circulação, se alguém está subindo e outro vem descendo, quem sobe tem que recuar. 

Andei de 2-andares em Joburgo. Vou descrevendo e você imagina o cenário: dia útil, 5 e pouco da tarde. Estou na Praça Gandhi, que é o Terminal Central das linhas não-integradas (as linhas integradas fazem parte de um sistema a parte, o 'Rea Vaya').

Centro da cidade, as filas gigantescas pra massa trabalhadora entrar nos busões e se dirigir a seus distantes subúrbios. Chega o busão 2-andares. Você vai lá pra cima, pois o vagão de baixo é minúsculo, o motorista a frente, a escada no meio e o motor atrás, quase não sobra espaço pros passageiros. 

2-andares em ação no Centro de Pretória, 2017.

Chega a hora de descer e você tem que ir se espremendo no corredor e na escada. Tem gente sentada nos degraus, o vagão de baixo está lotado até o limite, não cabe mais uma pessoas sequer. Você tem que ir achando um espacinho, pedindo licença, empurrando. 

Já foi difícil vencer a escada, chego lá embaixo o problema continua, já está lotado e ainda tenho que ir no contra-fluxo de pessoas, por o veículo só ter uma porta e como o busão ainda está no Centro só tem gente entrando nele, ninguém ainda desceu. 

Aí foi um empurra-empurra, pedindo 'licença' é claro mas o sufoco é o mesmo. Um enorme alívio quando atingi a porta e saltei pra fora, e enfim pode me mexer de novo (nós só andamos 2 pontos, cerca de 500 metros, até porque seria perigoso ir de ônibus pra violenta periferia da cidade depois do entardecer, ainda mais porque todos viam que éramos estrangeiros e portanto turistas)

Não tem jeito, andar em ônibus 2-andares pra linhas de massa é inadequado. São Paulo e mais 3 cidades (o subúrbio metropolitano de Osasco, na Zona Oeste da Grande São Paulo, Goiânia e Recife) fizeram o teste, repetindo.

Areyeng, o BRT de Pretória.

Já quando eu era criança cheguei a andar várias vezes nos 2-andares paulistanos. Nesse caso foi curioso e lúdico, pra um menino busólogo tudo é festa, mas pra quem pega todo dia não é nada divertido.

Agora, por outro lado em 2015 pra ir do Centro ao Aeroporto de Santiago/Chile eu fui de 2-andares. Trata-se de uma linha diferenciada, prum público de maior poder aquisitivo. Aí sem problemas, o buso vai vazio, você sobe e desce com calma a escada, e circula no salão sem atropelar ninguém nem ser atropelado.

O mesmo vale pras diversas LinhasTurismo’, já andei várias vezes nesses 2-andares aqui em Curitiba, e em 2012 também na Cidade do México

 

O veredito: pra Linha Turismo 2-andares é o ideal, um atrativo em si mesmo. Mas pra transporte urbano regular, nem pensar. Hoje, o Brasil entendeu isso, felizmente. 

A África do Sul ainda está por dar esse passo. Digo, a Cidade do Cabo e Pretória já modernizaram sua rede de transportes, em ambas há corredores exclusivos por boa parte da cidade, com modernas estações com embarque pré-pago e em nível – no Cabo operados por articulados nas linhas principais. Em Pretória são busos pitocos, não-articulados, mas como a cidade é bem menor dão conta do recado.

Joanesburgo engatinha nessa transição, são poucos km de corredores exclusivos, portanto poucos articulados – ainda existem muitos 2-andares, o que não é adequado pro horário de pico. Durbã ainda não começou a modernizar sua rede de transportes, embora já não hajam mais 2-andares não há corredores, articulados, estações com embarque pré-pago e tirando algumas poucas linhas na orla e no Centro tampouco há integração.

Matéria completa:

Inaugurando esse modal no transporte de massas em nosso país. E eles eram exatamente na mesma cor que os de Londres, que os inspiraram.

Além da capital paulista Osasco (também na Grande SP), Goiânia-GO, Recife-PE e Uberlândia-MG contaram com esse tipo de veículo no transporte urbano. Atualmente só rodam em nosso país nas chamadas ‘Linhas-Turismo‘.

Mostro também os 2-andares na Grã-Bretanha, Europa continental e em várias ex-colônias do império britânico.


 SÉRIE "2-ANDARES NO BRASIL" (com exceção da 1ª matéria, os demais são dos anos 80 e 90):
2-ANDARES PELO MUNDO:
- JOANESBURGO, ÁFRICA DO SUL (essa matéria que acabam de ler)

- BONDE DE 2 ANDARES EM HONG KONG, CHINA (como sabem, colônia britânica até 1997)

 

3 ANDARES EM BERLIM, ALEMANHA

 
Radiografia completa do transporte na África do Sul

DA 'GUERRA DOS TÁXIS' AO GAUTREM: O TRANSPORTE NA ÁFRICA DO SUL, DA BARBÁRIE AO MODERNÍSSIMO (julho.17) -

Falamos das “Guerras do Transporte” – não é figura de linguagem, o sangue correu e ainda corre.

E também do que funciona exemplarmente, como os ônibus do Cabo e o Gautrem (direita), que liga justamente Joanesburgo e Pretória

- ÁFRICA DO SUL, O MUNDO NUM SÓ PAÍS (maio.17, abertura da série, falo da triste era do 'apartheid', da luta que foi pra derrubar o regime racista);

Joanesburgo, a “Metrópole Global Africana” (abril.18): 

Vans são o modal mais popular do país (foto em Joanesburgo).

Gauteng, como dito, é o menor estado (província) da África do Sul. Mas seu centro populacional, econômico e político.

Ali está Joanesburgo, sua maior metrópole, centro financeiro e político do país. 

Um pouco mais ao norte fica Pretória, a capital administrativa nacional, que é praticamente um subúrbio do Joanesburgo.

Encanto Multi-Dimensional: a Cidade do Cabo (e do Vinho), um Chacra da Terra (fevereiro.18): Uma radiografia completa da mais bela cidade da África do Sul, e uma das mais belas do mundo.

- América na África (Índia na África também) – é Durbã, de Porto Natal a eThekwini (setembro.18):

Se a República Dominicana é a 'África na América', Durbã, inversamente, é a ‘América na África’.

Pois se parece mais com as cidades latino-americanas (tem favelas em morros), enquanto o resto da África do Sul segue o modelo anglo-ianque  de urbanização.

Ademais, Durbã é a maior diáspora indiana a nível global, a “Índia na África”.

Khayelitsha É África: só eu e Deus na "Zona de Perigo" (setembro.17):

Minhas voltas (sozinho, de transporte público, sem celular, guia ou qualquer proteção exceto a Divina) pelas periferias de Joanesburgo, Cidade do Cabo e Durbã.

Todas essas cidades têm problemas seríssimos de segurança pública, como não é segredo pra ninguém.

Em Durbã andei até num camburão policial (ao lado), os policiais me deram uma "carona" pra me tirar de uma dessas periferias.

A Riviera do Cabo (maio.17): Ensaio fotográfico mostrando a orla da Zona Sul da Cidade do Cabo. Que, repito, é uma das cidades mais lindas do mundo. E esse é seu pedaço mais encantador. Definitivamente “palavras não são necessárias“.

"Deus proverá"

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Curitiba, anos 60: Av. João Gualberto sem canaleta

https://omensageiro77.wordpress.com/2017/12/10/juveve-a-nascente-da-zona-norte/

ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"


Imagens pertencentes ao sítio Curitiba Antiga. Créditos mantidos. Visite as fontes.

Local: Curitiba-PR
Data: anos 60.

Bairro Juvevê, divisa entre as Zonas Central e Norte de Curitiba, década de 60.

Apenas carros de passeio (entre eles vários Fuscas) trafegam por uma Av. João Gualberto ainda sem canaleta e de paralelepípedos.

A esquerda na imagem o Hospital São Lucas, que ainda está nesse mesmo local, com o mesmo prédio.

As obras pro Expresso ainda não haviam começado. Pouco depois, em 1974, a Revolução era iniciada, com Curitiba implantando o primeiro sistema de ônibus 'Expressos' do planeta (hoje esse modal é conhecido pela sigla em inglês B.R.T., de 'Bus Rapid Transit').


De1974 a pelo menos 1976, ônibus 'Expressos' ('padrão' alongados, com portas mais largas, entrada pela frente e motor traseiro) pintados padronizados de vermelho dividiram espaço com veículos convencionais (ainda pintura livre, entrada por trás e motor dianteiro).

Na virada pros anos 80 surgiram os articulados. No começo uma transição lenta, no começo dessa década a Glória tinha apenas 2 'sanfonados' (como a gente chamava na época, em Belo Horizonte-MG esse termo é usado até hoje segundo me disseram), ambos do modelo Caio Gabriela Expresso.

A partir de 1986 começam a chegar novos veículos, e a partir de agora todos dotados de 3 portas (aqui me refiro aos pitocos, ou seja, não-articulados).


Em 1995 são implantados os tubos e os bi-articulados, e em 2018 o Ligeirão Norte começa a operar, ligando os Terminais Santa Cândida, Boa Vista e Cabral ao Centro e depois a Praça do Japão, na Zona Central, divisa entre Batel e Água Verde.
………

Mas houve um tempo que tudo isso era só sonho. A João Gualberto então era uma calma via de paralelepípedos, sem canaletas, apenas linhas convencionais passavam por ela (repare que lá atrás vêm 2 ônibus, dividindo a pista com os carros).


A respeito disso, um colega comentou (por emeio):


“  Show de bola, me remeto ao tempo que vim morar em Curitiba, os Nimbus da  N.S. Luz, linha Paraíso e Higienópolis. Me lembro que o ponto final era na Barão do Serro Azul em frente ao PAVOC. 
 
E na Generoso Marques logo vieram os Expressos. Os pontos eram com a cobertura roxa. E ali era sinistro, muito movimento de ônibus e pessoas.


Recordar é viver ”.


De fato assim é. E como estamos vivos, segue de recordação essa rara imagem de uma Curitiba que já se foi a muito…
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Reportagem sobre o Juvevê:

Matérias sobre transporte:

ANTES & DEPOIS: FROTA PÚBLICA DE CURITIBA 




- ABRIU O BAÚ: OS ÔNIBUS METROPOLITANOS DE CURITIBA ANTES DA PADRONIZAÇÃO



Mais reportagens abordando o transporte Curitibano.


ANTES & DEPOIS: FROTA PÚBLICA DE CURITIBA: Entre 1987 e 88, a prefeitura encomendou 88 articulados, que vieram pintados de laranja.

Usei seu trabalho como base pra fazer uma matéria em minha página, acrescentando mais fotos e informações. 

Tudo somado, os 88 busos eram nessas configurações:
– 12 Caios Amélia (11 Scania e 1 Volvo)
– 26 Marcopolos Torino (todos Volvo)
– 50 Ciferal Alvorada (idem, 100% Volvo).

Vendo pelo fabricante de motor, repetindo, foram 11 Scanias (todos eles Caio Amélia e com o eixo a frente da porta) e 77 Volvos (sendo 1 Caio Amélia, 26 Marcopolos Torino e 50 Ciferal Alvorada, todos com o eixo na posição ‘normal’, atrás da porta).

Esse é focado nos ônibus. Falo bastante da cidade de Curitiba, principalmente de um fato curioso:Azul é a cor mais comum de ônibus pelo mundo afora.
No entanto, só em 2011 a capital do Paraná foi ter busos nessa cor. A vai durar pouco. Os ‘ligeirões’ comprados a partir de 2018 voltaram a ser vermelhos.

Assim, em algum momento na década de 20, a frota azul adquirida em 2011 será substituída.

Curitiba deixará então de ter busos celestes, e então nãos os terá nem no municipal tampouco no metropolitano. Alias esse tema já nos leva a próxima matéria.

Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?

Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuismas sempre voltam a ser vermelhos.

As próximas 3 matérias retratam Colombo, na Zona Norte da Grande Curitiba.

– VIAGEM PRO PASSADO: A GARAGEM DA VIAÇÃO COLOMBO, ANOS 80 - Quando ainda era pintura livre, e a viação era grande cliente da Caio (depois ela ficou 20 anos sem adquirir Caios 0km).

Ficou pronto em 2006, mas ficou 3 anos fechado, só sendo inaugurado (de forma errada) em 2009.
Somente em 2016 o Roça Grande se transformou num terminal de verdade.
Com linha troncal sendo feita por articulado e linhas alimentadoras com integração de fato.
Fotografei um articulado Caio ex-BH chegando no Terminal Roça Grande vindo do Centrão de Ctba. .  Isso nos leva as duas próximas matérias.

Até 2015, a prefeitura de Curitiba controlava também boa parte do transporte metropolitano.
Então era proibido trazer ônibus usados, tinha que ser sempre 0km.
Nesse ano houve o rompimento. As linhas inter-municipais voltaram pra alçada do governo do estado.
Com isso, Curitiba passou a ser grande importadora de busões de outros estados.

Um busão do Recife foi vendido primeiro pra Aracaju-SE.
Onde operou sem repintar por conta de uma homenagem que uma viacão sergipana faz a Pernambuco.
Depois veio pra Grande Curitiba, sendo enfim repintado no padrão metropolitano.
E assim, no bege da Comec, foi deslocado pra Itajaí/SC.
Mostro vários outros exemplos que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba.
Especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de ‘carros’ curtos também.

– LINHA TURISMO: A CURITIBA QUE SAI NA T.V. - Na postagem conto a história completa desse modal.
Desde o tempo da ‘jardineira’ “Pro-Parque” e da linha “Volta ao Mundo“, que foram suas predecessoras. Passando pelo momento que a Linha Turismo ainda era feita com velhos ônibus de 1-andarA Linha Turismo não era vista com tanta importância.
Por isso os ‘carros’ que nelas serviam eram aposentados das linhas convencionais, reformados pra mudarem as janelas e os bancos. Só depois chegaram os busões 0km especialmente pra Linha Turismo; Primeiro ainda com 1 andar mesmo, e mais recentemente os famosos 2-andares.

"Deus proverá"