quinta-feira, 23 de maio de 2019

Curitiba, anos 60: Av. João Gualberto sem canaleta

https://omensageiro77.wordpress.com/2017/12/10/juveve-a-nascente-da-zona-norte/

ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"


Imagens pertencentes ao sítio Curitiba Antiga. Créditos mantidos. Visite as fontes.

Local: Curitiba-PR
Data: anos 60.

Bairro Juvevê, divisa entre as Zonas Central e Norte de Curitiba, década de 60.

Apenas carros de passeio (entre eles vários Fuscas) trafegam por uma Av. João Gualberto ainda sem canaleta e de paralelepípedos.

A esquerda na imagem o Hospital São Lucas, que ainda está nesse mesmo local, com o mesmo prédio.

As obras pro Expresso ainda não haviam começado. Pouco depois, em 1974, a Revolução era iniciada, com Curitiba implantando o primeiro sistema de ônibus 'Expressos' do planeta (hoje esse modal é conhecido pela sigla em inglês B.R.T., de 'Bus Rapid Transit').


De1974 a pelo menos 1976, ônibus 'Expressos' ('padrão' alongados, com portas mais largas, entrada pela frente e motor traseiro) pintados padronizados de vermelho dividiram espaço com veículos convencionais (ainda pintura livre, entrada por trás e motor dianteiro).

Na virada pros anos 80 surgiram os articulados. No começo uma transição lenta, no começo dessa década a Glória tinha apenas 2 'sanfonados' (como a gente chamava na época, em Belo Horizonte-MG esse termo é usado até hoje segundo me disseram), ambos do modelo Caio Gabriela Expresso.

A partir de 1986 começam a chegar novos veículos, e a partir de agora todos dotados de 3 portas (aqui me refiro aos pitocos, ou seja, não-articulados).


Em 1995 são implantados os tubos e os bi-articulados, e em 2018 o Ligeirão Norte começa a operar, ligando os Terminais Santa Cândida, Boa Vista e Cabral ao Centro e depois a Praça do Japão, na Zona Central, divisa entre Batel e Água Verde.
………

Mas houve um tempo que tudo isso era só sonho. A João Gualberto então era uma calma via de paralelepípedos, sem canaletas, apenas linhas convencionais passavam por ela (repare que lá atrás vêm 2 ônibus, dividindo a pista com os carros).


A respeito disso, um colega comentou (por emeio):


“  Show de bola, me remeto ao tempo que vim morar em Curitiba, os Nimbus da  N.S. Luz, linha Paraíso e Higienópolis. Me lembro que o ponto final era na Barão do Serro Azul em frente ao PAVOC. 
 
E na Generoso Marques logo vieram os Expressos. Os pontos eram com a cobertura roxa. E ali era sinistro, muito movimento de ônibus e pessoas.


Recordar é viver ”.


De fato assim é. E como estamos vivos, segue de recordação essa rara imagem de uma Curitiba que já se foi a muito…
...........

Reportagem sobre o Juvevê:

Matérias sobre transporte:

ANTES & DEPOIS: FROTA PÚBLICA DE CURITIBA 




- ABRIU O BAÚ: OS ÔNIBUS METROPOLITANOS DE CURITIBA ANTES DA PADRONIZAÇÃO



Mais reportagens abordando o transporte Curitibano.


ANTES & DEPOIS: FROTA PÚBLICA DE CURITIBA: Entre 1987 e 88, a prefeitura encomendou 88 articulados, que vieram pintados de laranja.

Usei seu trabalho como base pra fazer uma matéria em minha página, acrescentando mais fotos e informações. 

Tudo somado, os 88 busos eram nessas configurações:
– 12 Caios Amélia (11 Scania e 1 Volvo)
– 26 Marcopolos Torino (todos Volvo)
– 50 Ciferal Alvorada (idem, 100% Volvo).

Vendo pelo fabricante de motor, repetindo, foram 11 Scanias (todos eles Caio Amélia e com o eixo a frente da porta) e 77 Volvos (sendo 1 Caio Amélia, 26 Marcopolos Torino e 50 Ciferal Alvorada, todos com o eixo na posição ‘normal’, atrás da porta).

Esse é focado nos ônibus. Falo bastante da cidade de Curitiba, principalmente de um fato curioso:Azul é a cor mais comum de ônibus pelo mundo afora.
No entanto, só em 2011 a capital do Paraná foi ter busos nessa cor. A vai durar pouco. Os ‘ligeirões’ comprados a partir de 2018 voltaram a ser vermelhos.

Assim, em algum momento na década de 20, a frota azul adquirida em 2011 será substituída.

Curitiba deixará então de ter busos celestes, e então nãos os terá nem no municipal tampouco no metropolitano. Alias esse tema já nos leva a próxima matéria.

Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?

Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuismas sempre voltam a ser vermelhos.

As próximas 3 matérias retratam Colombo, na Zona Norte da Grande Curitiba.

– VIAGEM PRO PASSADO: A GARAGEM DA VIAÇÃO COLOMBO, ANOS 80 - Quando ainda era pintura livre, e a viação era grande cliente da Caio (depois ela ficou 20 anos sem adquirir Caios 0km).

Ficou pronto em 2006, mas ficou 3 anos fechado, só sendo inaugurado (de forma errada) em 2009.
Somente em 2016 o Roça Grande se transformou num terminal de verdade.
Com linha troncal sendo feita por articulado e linhas alimentadoras com integração de fato.
Fotografei um articulado Caio ex-BH chegando no Terminal Roça Grande vindo do Centrão de Ctba. .  Isso nos leva as duas próximas matérias.

Até 2015, a prefeitura de Curitiba controlava também boa parte do transporte metropolitano.
Então era proibido trazer ônibus usados, tinha que ser sempre 0km.
Nesse ano houve o rompimento. As linhas inter-municipais voltaram pra alçada do governo do estado.
Com isso, Curitiba passou a ser grande importadora de busões de outros estados.

Um busão do Recife foi vendido primeiro pra Aracaju-SE.
Onde operou sem repintar por conta de uma homenagem que uma viacão sergipana faz a Pernambuco.
Depois veio pra Grande Curitiba, sendo enfim repintado no padrão metropolitano.
E assim, no bege da Comec, foi deslocado pra Itajaí/SC.
Mostro vários outros exemplos que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba.
Especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de ‘carros’ curtos também.

– LINHA TURISMO: A CURITIBA QUE SAI NA T.V. - Na postagem conto a história completa desse modal.
Desde o tempo da ‘jardineira’ “Pro-Parque” e da linha “Volta ao Mundo“, que foram suas predecessoras. Passando pelo momento que a Linha Turismo ainda era feita com velhos ônibus de 1-andarA Linha Turismo não era vista com tanta importância.
Por isso os ‘carros’ que nelas serviam eram aposentados das linhas convencionais, reformados pra mudarem as janelas e os bancos. Só depois chegaram os busões 0km especialmente pra Linha Turismo; Primeiro ainda com 1 andar mesmo, e mais recentemente os famosos 2-andares.

"Deus proverá"

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