ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"
Imagem acima pertencente ao portal A Folha do Omnibus. Créditos mantidos. Visite as fontes. Origem da imagem abaixo: internet.
Local:
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Curitiba,
PR.
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Viação:
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Redentor
na foto acima; não-identificada na tomada abaixo
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Data:
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Acima:
virada dos anos 70 pra 80; Abaixo: 1ª década do século 21.
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Carroceria:
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Acima:
Marcopolo Veneza/Expresso (dir., de costas) e Nimbus Haragano
(esq., de frente); Abaixo: Marcopolo GV/Expresso
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Motor:
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Acima:
Cummins no Veneza e (prov.) Mercedes-Benz, ambos traseiros.
Abaixo:
Volvo, central.
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Observação:
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Na
tomada em preto-&-branco vemos um Fusquinha indo pro bairro,
na pista lenta pros carros na lateral da canaleta do ônibus.
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Começo
da Avenida República Argentina, bairro Água Verde, Zona Central de
Curitiba (logo após a Praça do Japão).
Clicada
praticamente do mesmo lugar, mas em 2 momentos distintos. Em
preto-&-branco, na virada dos anos 70 pros 80. Em
cores, no pé da página, na 1ª década do século 21.
Comentemos
primeiro a foto mais antiga, acima. Haviam muito menos prédios. O
Expresso havia acabado de começar.
Vemos um
Veneza-Expresso indo, e um Haragano vindo.
Como
o quadro no topo da página já informou, o Veneza-Expresso tinha
motor Cummins, o Nimbus Haragano provavelmente Mercedes-Benz, ambos
traseiros.
O
autor da foto está parado na Praça do Japão – que desde 2018 é o ponto final de uma linha de Ligeirão, o Santa Cândida/Praça doJapão. Mas disso já falamos outro dia. Nas imagens de hoje, mesmo
na mais recente abaixo, nem se sonhava em Ligeirão.
Estávamos
em outros tempos. Na foto do fim dos anos 70, a novidade era o
Expresso mesmo, modal que começou a operar em 1974.
Como
acabo de dizer, a
foto foi tirada com o autor posicionado na Pç. do Japão, vemos a
curva que a 'canaleta'
(termo curitibano pra ' corredor exclusivo', pra quem não é daqui)
acaba
de fazer pra sair da praça e embicar rumo a Avenida República Argentina.
Ao
lado, na pista lenta pros carros, vai um simpático Fusquinha,automóvel mais vendido da história da humanidade, e que na época ainda era produzido a todo vapor.
(Eu
sei, oficialmente tanto o Toyota Corolla quando o Golf da própria
Volks venderam mais que o Fusca; mas esses dois carros mudaram muito
seu desenho no decorrer das décadas.
Puxe
pela internet a foto de um Corolla nos anos 70, e um mais atual.
Facilmente você verá que são carros diferentes, que compartilham o
mesmo nome por razões de mercado. O mesmo se dá com o Golf.
Só
que com o Fusca isso
nunca aconteceu;
foram mais de 20 milhões de unidades produzidas do mesmo carro,
mesmo modelo, mesmo desenho. Por isso ele ainda é o recordista da
história do planeta. Se serve de consolo, o Golf antigo [Golf-1] é o carro mais vendido da história da África do Sul. Ali os 'Fucas' foram populares, mas sem ser páreo pro Golf.)
Nosso
foco aqui são os ônibus, e não carros de passeio. O
Veneza-Expresso é da viação Redentor, e tem a numeração (prov.)
em 3-12.
Quem
é “daquele tempo” vai se lembrar: por 13 anos, de 1974 a 1987,
os Expressos tinham numeração diferente dos demais ônibus de
Curitiba. Os Expressos tinham prefixo.
No
caso da Redentor, prefixo 3. Por isso o '3-12'.
Se esse veículo fosse Convencional, Alimentador ou Inter-Bairros,
seria o '312', sem o hífen separando. Os
Expressos da Glória tinham prefixo Zero,
por ex. 0-44. Os
da Cristo Rei, prefixo 4,
por ex. 4-01. Os
da Viação Curitiba, prefixo 8,
como em 8-20.
Os
da Carmo deveriam ter prefixo 2, mas a viação se revoltou contra
essa norma, e se recusou a adotá-la. Seus Expressos seguiam sem
prefixo.
Por exemplo, o que deveria ser o '2-58' vinha somente como '58'.
As
demais viações não operavam Expressos. Que alias contava com 5
eixos. Seriam os pontos cardeais, e por isso na época vinha a região
da cidade que eles operavam. Os da Redentor operavam na Zona Sul, por
isso escrito Sul na lataria.
Os
da Curitiba vinham escrito 'Oeste', por serem da Z/O, na Cristo Rei
'Leste' já que serviam a Z/L, e na Glória 'Norte', posto que sua área de atuação era a Z/N. Entretanto, a Zona Sul, por ser maior e bem mais populosa (nos anos 70 já
era), tinha dois eixos. O Sul-1 era o que operava a Redentor.
O
Eixo Sul-2 era servido pela viação Carmo, que
é composto pelos Terminais Carmo e Boqueirão (ambos no bairro doBoqueirão, que na época era o mais populoso da cidade), e Vila
Hauer, no bairro de mesmo nome.
Como não ia ficar bem
dois eixos com o nome 'Sul', nos Expressos da Carmo vinha pintado
'Boqueirão' na lataria.
Bem,
nessa atual postagem o tema é o eixo Sul-1, ou simplesmente 'Sul'.
Ele era composto por
4 terminais: Portão, Capão Raso, Pinheirinho e CIC (a
sigla pra Cidade
Industrial
de Curitiba). Sim,
é isso. Até 1995 existia o Expresso CIC, com articulados e indo
pela canaleta.
Quando o bi-articulado foi implantado com seus tubos
(em 95 como
acabo de dizer)
decidiram
que não era necessário estender o modal até a Cidade Industrial. De
forma que o Terminal CIC é o único que um dia contou com Expressos,
mas não conta mais. Agora,
pra ligá-lo direto ao Centro só com Ligeirinhos, que nessa linha
não são articulados (escrevo em 2020).
Bem,
há o Inter-Bairros 4, que liga o CIC ao Pinheirinho, e
ela é feita por articulados.
Além disso, o Terminal Cid. Industrial tem diversos
Alimentadores/Inter-Bairros que o ligam além do próprio
Pinheirinho, também aos Terminais Capão Raso e Portão na Zona Sul,
e aos terminais da Zona Oeste (Fazendinha, Caiuá [também no bairro Cidade Industrial] e Campo comprido), e várias delas são feitas
igualmente por
articulados.
Então
o CIC está bem servido, mesmo não tendo mais Expressos. Quem quer
ir direto ao Centro vai de Ligeirinho. Quem precisa acessar outros
terminais têm as conexões necessárias a disposição.
Com
isso, já falamos também da segunda imagem, abaixo. Na tomada acima,
a novidade era o próprio Expresso: corredores exclusivos
('canaletas'),
terminais, integração, tudo era novo, a população curtia as
inovações.
Na
imagem abaixo, feita na primeira década do novo milênio repetindo, a novidade agora são os tubos e bi-articulados, implantados poucos anos antes, em 1995. O que
vemos de frente é Marcopolo, com certeza.
Repare
no prédio bege, de poucos andares, a direita na imagem. Ele também
aparece na foto mais antiga,
em preto-&-branco. Está entre o ônibus e o Fusca, as janelas
voltadas pra avenida num tom mais escuro, uma parede branca ao lado.
..........
Mais matérias sobre o tema (depois das ligações há mais uma imagem, não se esqueça):
(Dos 10 bairros mais populosos de Curitiba, 9 ficam na periferia. Somente a Água Verde [9º lugar] está na Zona Central. A matéria fala também do Portão, que já é Zona Sul.)
(Radiografia completa, todos os modais: Expressos, Convencionais, Intrer-Bairros, Alimentadores, Circular-Centro, Ligeirinhos, e mesmo outros que já foram extintos.)
Agora sobre
as linhas metropolitanas:
- ABRIU O BAÚ: OS ÔNIBUS METROPOLITANOS DE CURITIBA ANTES DA PADRONIZAÇÃO
Mais reportagens sobre o transporte Curitibano.
- ANTES & DEPOIS: FROTA PÚBLICA DE CURITIBA:
Entre 1987 e 88, a prefeitura encomendou 88 articulados, que vieram pintados de laranja.
Entre 1987 e 88, a prefeitura encomendou 88 articulados, que vieram pintados de laranja.
Usei seu trabalho como base pra fazer uma matéria em minha página, acrescentando mais fotos e informações.
Tudo somado, os 88 busos eram nessas configurações:
– 12 Caios Amélia (11 Scania e 1 Volvo)
– 26 Marcopolos Torino (todos Volvo)
– 50 Ciferal Alvorada (idem, 100% Volvo).
Vendo pelo fabricante de motor, repetindo, foram 11 Scanias (todos eles Caio Amélia e com o eixo a frente da porta) e 77 Volvos (sendo 1 Caio Amélia, 26 Marcopolos Torino e 50 Ciferal Alvorada, todos com o eixo na posição ‘normal’, atrás da porta).
Esse é focado nos ônibus. Falo bastante da cidade de Curitiba, principalmente de um fato curioso:Azul é a cor mais comum de ônibus pelo mundo afora. No entanto, só em 2011 a capital do Paraná foi ter busos nessa cor. A vai durar pouco. Os ‘ligeirões’ comprados a partir de 2018 voltaram a ser vermelhos.
Assim, em algum momento na década de 20, a frota azul adquirida em 2011 será substituída. Curitiba deixará então de ter busos celestes, e então nãos os terá nem no municipal tampouco no metropolitano. Alias esse tema já nos leva a próxima matéria.
Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974. Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?
Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuis, mas sempre voltam a ser vermelhos.
– VIAGEM PRO PASSADO: A GARAGEM DA VIAÇÃO COLOMBO, ANOS 80 - Quando ainda era pintura livre, e a viação era grande cliente da Caio (depois ela ficou 20 anos sem adquirir Caios 0km).
Ficou pronto em 2006, mas ficou 3 anos fechado, só sendo inaugurado (de forma errada) em 2009. Somente em 2016 o Roça Grande se transformou num terminal de verdade. Com linha troncal sendo feita por articulado e linhas alimentadoras com integração de fato. Fotografei um articulado Caio ex-BH chegando no Terminal Roça Grande vindo do Centrão de Ctba. . Isso nos leva as duas próximas matérias.
Até 2015, a prefeitura de Curitiba controlava também boa parte do transporte metropolitano.
Então era proibido trazer ônibus usados, tinha que ser sempre 0km. Nesse ano houve o rompimento. As linhas inter-municipais voltaram pra alçada do governo do estado.Com isso, Curitiba passou a ser grande importadora de busões de outros estados.
Um busão do Recife foi vendido primeiro pra Aracaju-SE. Onde operou sem repintar por conta de uma homenagem que uma viacão sergipana faz a Pernambuco.Depois veio pra Grande Curitiba, sendo enfim repintado no padrão metropolitano.E assim, no bege da Comec, foi deslocado pra Itajaí/SC.
Mostro vários outros exemplos que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba.Especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de ‘carros’ curtos também.
Desde o tempo da ‘jardineira’ “Pro-Parque” e da linha “Volta ao Mundo“, que foram suas predecessoras. Passando pelo momento que a Linha Turismo ainda era feita com velhos ônibus de 1-andar. A Linha Turismo não era vista com tanta importância.
Por isso os ‘carros’ que nelas serviam eram aposentados das linhas convencionais, reformados pra mudarem as janelas e os bancos. Só depois chegaram os busões 0km especialmente pra Linha Turismo; Primeiro ainda com 1 andar mesmo, e mais recentemente os famosos 2-andares.
"Deus proverá"
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