quinta-feira, 21 de março de 2019

Tróleibus na Argentina: Mendonça


Autoria própria. Imagem de livre circulação, desde que os créditos sejam mantidos.
Local:
Mendonça-Argentina.

Data:
03/2017.
Viação:
STM – Sociedad de Transporte Mendoza (estatal estadual).
Carroceria:
???
Motor
Elétrico.
Observações:
Veículo canadense, que operava antes em Vancuver (na Costa Oeste, única cidade do Canadá que ainda tem tróleibus).

Mendonça, Argentina, março de 2017. Tróleibus canadense faz a linha metropolitana nº 4 pra Dorrego.

Comprado de segunda mão do Canadá, anteriormente serviu a cidade de Vancuver, na Costa Oeste daquele país – a única cidade canadense que ainda conta com tróleibus.

Falando novamente da Argentina, agora ele é operado pela viação estatal estadual STM – Sociedade de Transporte Mendonça (no original 'Sociedad de Transporte Mendoza', eu traduzo tudo pro português sempre que possível), anteriormente chamada EPTM – Empresa Provincial de Transporte de Mendonça.

Em Mendonça o ônibus elétrico é popularmente conhecido como 'El Trole'. A viação STM também opera ônibus a dísel, e igualmente o VLT – há uma linha de Veículo Leve sobre Trilhos, o Bonde Moderno, chamada 'Linha Verde', inaugurada em 2012, que também fica sob jurisdição da mesma viação.

o troleibus em Mendonça foi inaugurado em 1958, e conta com 6 linhas.

O sistema passa por expansão e modernização. Recentemente, no ano de 2013 foi inaugurada uma longa linha, de 13 km. E no ano seguinte outra, essa mais curta, até a universidade.


Na Grande São Paulo a rede é mais extensa, são duas na verdade que se somam: uma municipal que pega boa parte da Zona Leste e mais o vizinho bairro do Ipiranga na Zona Sul, e outra metropolitana, que vai de São Mateus (Z/L) a Jabaquara (Z/S) na capital via Corredor ABD, ou seja, passando por Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema.

Entretanto, a rede em São Paulo já foi muito, mas muito maior que atualmente. Até a virada do milênio São Paulo tinha a maior rede de troleibus do mundo fora da China e dos países da antiga URSS.

Na época a rede elétrica abrangia também as Zonas Oeste, Norte e boa parte da Zona Sul. Porém tudo foi desmantelado, restou só a rede na Zona Leste e vizinho Ipiranga, como dito.

Retornado ao tópico de hoje, a Argentina inversamente está investindo na ampliação da fiação elétrica pra troleibus. Ao menos em Mendonça. Por isso já são 6 linhas, sendo uma bem grande inaugurada na década de 10.

Até recentemente havia também tróleis russos e alemães, esse últimos eram mais curtos e trucados (tribus,ou seja 3 eixos).

Os tróleis alemães não circulam mais em Mendonça. Já estão fora de serviço, flagrei vários deles sendo desmontados. Eram vendidos como sucata num desmanche de beira de estrada na entrada da cidade, mas não deu tempo fotografar. Quanto aos russos, não posso dar certeza, mas creio que também já foram aposentados, quando estive lá (2017) não vi nenhum.
 
Em compensação, chegou uma nova leva de tróleis, e esses de fabricação argentina mesmo, ademais gerou empregos e tecnologia nacionais.


Em Córdoba todos os tróleibus são guiados exclusivamente por Mulheres (na verdade todos os busos da viação estatal municipal, sejam elétricos ou a dísel).


Já em Mendonça não é dessa forma. Todos os ônibus, sejam elétricos ou dísel, da viação estatal ou de empresas particulares, são pilotados por Homens.


Digo, não posso dizer 'todos'. Pode ser que haja um ou outro que tenha motorista Mulher. Mas se esse for o caso, eu não cheguei a presenciar.


Há planos de privatizarem a estatal STM, como foi feito com quase todas as viações estatais do Brasil (sobraram entre as capitais a Carris de Porto Alegre-RS e a T.C.B. de Brasília-DF). Cartazes espalhados pela cidade protestavam contra a ideia, como podem ver na imagem abaixo.
……….


Mais alguns detalhes: No interior do tróleibus canadenses em Mendonça há avisos bi-língues em inglês e francês. Em Vancuver não falam francês pois é Costa Oeste canadense, a região francófona é Quebéc/Montreal, mais próxima da Costa Leste. Talvez apenas por ser canadense seja obrigatória a comunicação bi-língue, e de fato assim se manifesta.


Outra coisa, como foi em várias cidades do Brasil por décadas, na Argentina os tróleis não têm placa.

Matérias sobre o tema (Abaixo delas há mais uma foto, do tróleibus de costas e detalhes internos) : 

 Série "Troleibus na Argentina"

"Deus proverá"

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