terça-feira, 28 de julho de 2020

1995: São Paulo entra na era do bi-articulado




 Imagem pertencente ao Revista Portal do Ônibus. Créditos mantidos. Visite as fontes.

Local:
São Paulo-SP.
Data
1995 (prov.).
Viação:
Campo Belo.
Carroceria:
Marcopolo Viale.
Motor:
Volvo.
Observações:
A viação Campo Belo é digamos a 'sucessora' da antiga viação São Luiz.

São Paulo, 1995. Bi-articulado Marcopolo Viale Volvo da Campo Belo sendo apresentado 0km, ainda sem emplacamento.

A maior metrópole brasileira passa a ser a 2ª cidade brasileira com bi-articulados

Curitiba foi a primeira cidade do mundo que contou com esse modal em escala industrial: já começou com 33 exemplares e hoje são mais de uma centena de unidades, operando em várias linhas. Na capital do Paraná os bi-articulados surgiram em 1992, sendo os primeiros em nossa nação.

São Paulo veio logo a seguir, ainda no meio dos anos 90 (prov. 1995). E hoje contabiliza acima de duas centenas de veículos desse tipo. Já no século 21, Goiânia-GOCampinas-SPManaus-AM e o Rio de Janeiro também passaram a contar com o modal. 

Na maior cidade do interior paulista e na capital goiana eles ainda rodam (escrevo em 2020). No Rio e Manaus, por outro lado, essa foi a realidade em momentos distintos da década de 10 que se encerrou. Não mais, todavia. Em ambas os bi-articulados foram extintos.

São Paulo, Curitiba, Campinas e Goiânia, além do Rio quando ali existiram, compram seus veículos 0km. Em Manaus eles chegaram usados, oriundos de Curitiba e São Paulo.

Na América, os bi-articulados existem na Colômbia, México, e mais recentemente foram implantados no Equador e Guatemala. Em Cuba um exemplar rodou em testes.

Apenas na América Latina, como observou. EUA e Canadá nunca contaram com esse modalNa Europa eles são comuns igualmente, sendo encontrados em vários países. Apenas Pequim na China conta com esses ônibus de 2 sanfonas em toda Ásia.

E por enquanto eles ainda não estrearam em solo africano, tampouco na OceaniaNa internet circulam notícias, datadas de 2015, que Luanda/Angola na África iria contar com esse modal.

É comprovado que bi-articulados foram exportados (do Brasil e da Europa) pra esse país, tanto 0km quanto usados. Entretanto, não consegui ter certeza se o sistema de fato entrou em operação (o que está publicado na rede mundial de computadores fala apenas que ‘Luanda terá bi-articulados’. Em lugar algum mostram os busos em ação).

Caso se confirme, é Luanda a 1º e até onde sei única cidade com bi-articulados em toda África.

Já falaremos de tudo isso com mais detalhes. Antes vamos a uma breve história dos ônibus bi-articuladosEles surgiram na Alemanha e na China, ainda na 1ª metade dos anos 80.

Em 1982, mais especificamente, surgiu o bi-articuladoAlemanha e China, como dito, fizeram protótipos mas na ocasião não houve produção em larga escala.

na segunda metade dos anos 80, a francesa Renaut lançou o primeiro bi-articulado que seria fabricado em escala industrialO modelo foi apelidado de ‘Mega-Bus‘, e rodou em testes por várias cidades da França e Suíça.

No entanto, apenas a cidade francesa de Bordô se interessou (Bordeaux’ no original, cujo nome batizou o vinho e também a tonalidade ótica homônimos). A prefeitura local e encomendou 10 unidades, que foram entregues em 1989

Dessa forma Bordô foi 1º lugar no mundo que o modal de bi-articulados se consolidou. Por isso me refiro a contar com várias unidade de forma permanente, e não somente um exemplar temporário em testes.

De lá pra cá eles tomaram a Europa, e hoje há bi-articulados em diversos países: França, Alemanha, Holanda, Suíça, Luxemburgo, República Checa, Espanha e Suécia, pelo menos. Mais um detalhe: na Suíça há tróleibus bi-articulados, combinação única em todo planeta até onde sei (digo, em Nancy, na França, também houve esse tipo de busão. Mas é bem perto da fronteira suíça).

Na Ásia apenas a capital chinesa Pequim dispõe de bi-articulados, não custa dizer ainda mais uma vez. E apenas bem recentemente, a partir do fim da década de 10 (de século 21 evidente) – tanto que não consegui achar fotos deles em ação.

Esse modal ainda não estreou na Oceania, África e nem na América do Norte. Por ‘América do Norte’ me refiro a EUA e Canadá, os países anglo-saxônicos. O México por ser latino tenho que classificar como América Central.
…………

Voltando a falar do busão da imagem, tinha pintura exclusiva, vinha escrito ‘Biarticulado’ na frente, e o letreiro eletrônico era o de primeira geração, aquele que as bolinhas amarelas formavam a palavra – era de difícil visualização, especialmente a noite.

A viação Campo Belo é digamos assim a 'sucessora' da antiga viação São Luiz.

No começo dos anos 90, o transporte paulistano passou por uma imensa re-estruturação. Dezenas de viações deixaram de existir, outras vieram pra ocupar seu lugar. Digo, em alguns casos apenas mudou o nome e CNPJ, a nova viação pertence ao mesmo dono da anterior, e continua operando as mesmas linhas, usando as mesmas garagens, a mesma frota e os mesmos funcionários.

Na extremidade da Zona Sul, a São Luiz foi sucedida pela Campo Belo, a Bola Branca pela Cidade Dutra, e a Jurema pela VIP – Viação Itaim Paulista, da Zona Leste, que abriu uma filial na Z/S.

Todas essas viações são do grupo Ruas, que detém mais da metade da frota da cidade de São Paulo (8 mil, de um total de 14 mil) e desde o meio dos anos 90 também é dono da encarroçadora Caio, e a partir de 2018 também da Busscar de Joinville-SC


rie "Bi-Articulados no Brasil"  – em Manaus e no Rio eles existiram mas já foram extintos; nas demais cidades ainda operando (escrevo em 2019):
MANAUS
GOIÂNIA 
CURITIBA 

Matérias sobre o tema: 

-  SP: A REVOLUÇÃO NO TRANSPORTE  - Nessa aqui falamos também de Campinas, e seus bi-articuladosEvidente que as coisas estão longe de serem perfeitas. Mas comparando ao que era até os anos 90 o transporte público em SP melhorou muitoSomando as redes de metrô e trem suburbano - e precisa somar, pois você acessa ambas pagando uma só passagem - a rede sobre trilhos na Grande SP já iguala o metrô de Nova Iorque/EUA. Os ônibus paulistanos igualmente mudaram da água pro vinho, mesmo que ainda haja espaço pra melhorar bem mais 

'SAIA-&-BLUSA': OS ÔNIBUS PAULISTANOS (1978-1991): Essa focando mais especificamente nos ônibus como o nome indica, abordando a pintura livre (até 1978) e as padronizações 'Saia-&-Blusa' (78-92, como dito), 'Municipalizado' (1992-2003) e 'Inter-Ligado' (2003-presente)




O melhor e o pior do Brasil, a poucas quadras de distância um do outro. O Centrãoque está com muitos moradores de rua e diversos outros problemas típicos de uma metrópole desse porte;


A FÊNIX TROVÃO AZUL: DE NORTE A SUL, ENERGIAJAMAIS SE PERDE, SE TRANSFORMA (abordando exatamente a CMTC e sua pintura mais famosa, a 'Trovão Azul'. Não fui só eu que gostei dela. Veja como ela foi copiada no Brasil inteiro, de Porto Alegre a Manaus/AM).

- "CAMALEÃO" 8000 DA CMTC: O 1º TRÓLEIBUS-ARTICULADO DO BRASIL TEVE 2 CARROCERIAS, 6 PROPRIETÁRIOS, 7 (OU 9?) PINTURAS E & NUMERAÇÕES Fabricado em 1985, saiu de circulação em 2012. Começou Caio e foi re-encarroçado MarcopoloComprado estatal, foi privatizadoIniciou a operação na Zona Leste, foi pra Zona Sul, voltou pra Z/L, de novo pra Z/S, e como o bom filho a casa torna, retornou mais um vez pra Z/L. Ficou sem placa por 15 anos aproximadamente (até a virada do milênio tróleibus em SP e várias outras cidades não eram emplacados), começou na lona, ganhou letreiro eletrônico mas nos fim retornou a lona, ganhou ar-condicionado e portas elevadas a esquerda. Enfim, o bichão é um museu-vivo do transporte paulistano - alias hoje é exatamente isso que ele é, um ônibus-museu - se houvesse espaço, ele estaria no 'Museu da CMTC' aqui retratado.

CENAS PAULISTANAS: O CENTRO E A ZONA SUL DE SÃO PAULO EM IMAGENS - Matéria-portal sobre SP, onde estão ancoradas as outras reportagens que já fiz sobre a cidade; falo um pouco da modernização do transporte igualmente.

Reportagens sobre o interior e litoral de SP:



- PRAIA, MORRO, CANAL & CASA DE MADEIRA: ISSO É SANTOS (Relato da viagem a Baixada Santista, abordando diversos aspectos da cidade, entre eles o transporte)
NAS MARGENS DA DUTRA: SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/VALE DO PARAÍBA-SP (matéria sobre a cidade em geral, mas tem uma grande seção sobre os ônibus, contando a história desde a pintura livre nos anos 80 e as duas padronizações nessa última década


"Deus proverá"

sábado, 18 de julho de 2020

não-SEI? Deu Branco!!

https://omensageiro77.wordpress.com/2015/02/16/ah-esses-onibus-recifenses/


Imagem pertencente ao portal Ônibus Paraibanos. Créditos mantidos. Visite as fontes.

Local:
Recife-PE.
Viação:
Metropolitana.
Data:
2ª metade da década de 10 (século 21, evidente).
Carroceria:
Torino6 Marcopolo - 'Torino 6' oficialmente é o Torino '2014'
Motor:
???
Observação:
Pra quem não conhece o Recife, 'Metropolitana' é a viação, e não a categoria da linha. Outras cidades como Curitiba e São Paulo têm ou tiveram a inscrição 'Metropolitano' na lataria indicando que a linha é inter-municipal; mas nesse caso é o nome da empresa de ônibus.

Recife, final da década de 10. Torino '6' da viação Metropolitana sendo apresentado 0km, ainda sem chapas. Na nova padronização das linhas inter-municipais, lateral do veículo branca e frente, traseira e ao redor das janelas com a cor da região que a linha serve. Implantada em 2015.

O logotipo (no detalhe) alias fez sucesso, pois foi copiado por uma viação da Grande Assunção, Paraguai.

Agora o Grande Recife têm 2 padronizações pintura: essa e a do SEI - Sistema Estrutural Integrado, criado nos anos 90.

No modelo adotado pelo SEI, os veículos são inteiro unicolores com a cor da categoria da linha (com exceção de uma faixa vertical com as cores das outras categorias):

- Azul: Radial;
- Vermelho: Perimetral;
- Amarelo: Alimentador;
- Verde: Inter-Terminais;
- Branco: Circular.

Mas são poucas as linhas Circulares, logo são raros os busos brancos no sistema SEI. A imensa maioria dos SEI são coloridos.

E até 2015 as linhas não-integradas, que não fazem parte do SEI, tinham pintura livre. Não mais. Agora, como coloquei no título, 'não-SEI: deu branco!'. E não me refiro a um estudante que esqueceu de estudar pra prova e por isso não sabia responder as perguntas da mesma, e sim dessa nova padronização. 
..........

Até onde sei, o Recife é a única cidade que tem duas padronizações de ônibus, digamos assim, simultâneas.

Outras capitais, e mesmo algumas grandes cidades do interior (ex. Campinas-SP), têm 2 padronizações pros ônibus, mas geralmente é uma pra linhas municipais e outra pros intermunicipais. No caso específico do Recife, tanto a padronização SEI quanto essa em branco valem pra mesma categoria de linhas, as inter-municipais (o SEI vale também pra linhas municipais da capital). 

Recapitulando o que todos já sabem, nesse ano de 2015 foi implantada a padronização ‘Grande Recife’, pras linhas que não fazem parte do SEI

Os ônibus ficaram brancos, com a cor da região que a linha serve na frente e no teto

Um estilo parecido com a padronização adotada no Rio de Janeiro um pouco antes (que lamentavelmente está sendo abandonada).  

Ou seja, agora o Grande Recife tem duas padronizações de pintura paralelas:

Uma é o SEI, que adota o mesmo modelo criado em Curitiba.

Ou seja, onde os busões são pintados conforme o tipo de linha que cumprem (utilizado atualmente também em Criciúma-SC; no passado também usado diversas cidades como Belo Horizonte-MG, Fortaleza-CE, Londrina e Ponta Grossa [ambas no PR, óbvio], Joinville e Blumenau [as duas maiores cidades do interior de SC, evidente], e fora do Brasil citamos Los Angeles-EUA, Bogotá-Colômbia, Guaiaquil no Equador, Cidade da Guatemala, entre outras). 

Em 2015 os busões ficam alvos, com um detalhe colorido indicando a região da cidade que servem.
 
Padronização adotada em muitas capitais, São Paulo sendo a maior delas (outros exemplos são, além de Santiago do Chile, em nossa Pátria Amada: Brasília-DF, Porto Alegre-RS, Salvador-BA, Belém-PA, Manaus-AM, Campinas e São José dos Campos [as duas metrópoles mais populosas do interior paulista], São Luís do Maranhão, Maceió-AL, no passado também em Florianópolis-SC; falando apenas alguns exemplos).

Acredito, dizendo ainda mais uma vez, que apenas na capital pernambucana ocorre isso, o mesmo sistema metropolitano ter 2 padronizações paralelas.


As linhas não-SEI, a partir do meio da década de 10, ficaram em branco.
 

SÉRIE SOBRE O RECIFE:

O apelido, evidente, se deve as muitas pontes e canais do Centro. Também chamada Amsterdã Sul-Americana, pelo mesmo motivo. Falo de vários aspectos sobre a cidade: o nome, a geografia, a pichação nos muros, e muitos outros.

 
("Choque Cultural": um curitibano no Recife - poucas cidades no mundo são tão diferentes quanto as capitais do PR e PE. Curitiba é fria, o Recife é quente, sangue-quente.
 
 
 
Confira matéria completa sobre o transporte no Recife, atualizada com centenas de fotos, o texto também foi completamente reformulado.

Outras postagens relacionadas ao tema:
 
B. Teimosa e prédios de Pina e B. Viagem
- UMA ‘BOA VIAGEM’: DE BRASÍLIA “TEIMOSA” A BRASÍLIA “FORMOSA”
 (Além de desenhos do Recife, mostro Brasília Teimosa, antiga favela próxima a Boa Viagem, que até 2003 tinha palafitas dentro do mar; agora foi urbanizada e virou um bairro normal)

- TRANSGENIA BUSÓFILA (E AUTOMOTIVA EM GERAL) Dezenas de curiosidades como essa, veículos - de todos os modais - adaptados prum uso distinto do planejado originalmente;
 

Eis a série completa sobre a Bahia, que conheci na mesma viagem:

2 LINHAS DE METRÔ, SISTEMA DE ÔNIBUS RENOVADO, ELEVADORES, E BREVE VLT, CORREDORES E ARTICULADOS: O TRANSPORTE EM SALVADOR – Todos os modais, dos anos 70 até hoje e os planos pro futuro:

Padronização Integra Salvador, o metrô que foi inaugurado em 2014 e já tem 2 linhas, o trem suburbano que operou por 160 anos, o futuro VLT que entrará em seu lugar;

“O “Brancão” do começo desse novo milênio (um pouco mais pro alto na página, acima da foto da estação do metrô), quando quase todas as viações adotaram uma “padronização informal” embranquecendo a frota – mas nem todas, a BTU foi uma das que resistiu;

O tróleibus que existiu nos anos 60, a viação estatal Transur, as primeiras tentativas de padronização (‘Grande Circular’ e TMS), os articulados – que acabaram mas logo voltarão com o BRT, os elevadores que conectam a Cidade Baixa a Cidade Alta.

- ONDE TUDO COMEÇOU: SALVADOR DA BAHIA (Salvador é o sol: com 80 km de praias, o sol nasce e se põe dentro do mar)

Publicado em 22 de Abril de 2021 – aniversário de 521 anos do ‘Descobrimento’ do Brasil, que ocorreu na Bahia. A direita vemos a cena: em 1500 Portugal “descobre” o Brasil, chegando pela Bahia (quadro do museu Palácio da Sé, no Pelourinho-Salvador).

Salvador é peculiar, por muitos motivos: é uma cidade muito antiga, foi a primeira e por enquanto mais longeva capital do Brasil.

Salvador foi fundada em 1549 (5 anos antes de São Paulo e 16 antes do Rio de Janeiro), quase meio século depois do “descobrimento”, pra ser a sede da administração portuguesa no então nascente Brasil

"Descobrimento" entre aspas, pois aqui já moravam homens antes da chegada das caravelas, portanto já estava descoberto - esse adendo não significa a negação da contribuição lusa e europeia em geral na formação de nossa pátria.

A esq. o 1° bispo do Brasil, instalado em Salvador. Nota: eu não sou católico. Apenas em seus primeiros tempos a história de nosso país esteve muito atrelada a Igreja.

Com 80% de sua população afro-descendente, é a metrópole mais negra do Brasil – e uma das mais negras do mundo fora da África.

Espremida entre a Baía de Todos os Santos e o Oceano Atlântico, tem 80 km de praias. Seu litoral é maior que o do estado do Piauí.

Com uma orla com essa grande extensão e bastante recortada, o Sol nasce e se põe no mar:

Situação creio que única no mundo, ao menos entre as cidades dessa porte.

Salvador é uma península (tem a forma de um dedo, se quiser visualizar assim).

Isso faz dela uma cidade muito densa, com pouca área verde e muita verticalização, inclusive nas áreas mais humildes.

Some-se a isso uma grande desigualdade social, que também ocorre nas outras metrópoles do Brasil e do mundo. Resultando que há favelas em quase todos os bairros, mesmo na Zona Central e nas partes mais abastadas da Orla.

Como as favelas são em morros e com muitos prédios artesanais, em que as lajes vão sendo enchidas e os andares vão subindo sem muita fiscalização, a imagem é bastante impressionante. Andar pela capital baiana, mesmo perto do Centro e das praias, é parecido com andar na periferia de São Paulo. O subúrbio soteropolitano (o gentílico da cidade se alguém não sabe) é bastante denso e verticalizado, repetindo.

Mais parecido com os subúrbios do Sudeste que com os das outras capitais nordestinas.

Salvador é a ligação entre o Sudeste e o Nordeste em termos Espirituais, assim como Curitiba é a ligação entre Sudeste e Sul.

BEM-VINDO A SALVADOR“: favela em morro ao lado de prédios de padrão mais elevado; eis uma das 1ªs imagens que vi da cidade, ainda dentro do moderníssimo metrô que me levou do aeroporto ao Centro.

……

É BOM PASSAR UMA TARDE EM ITAPUÃ: É DIA DE DOMINGO EM SÃO SALVADOR (publicado em novembro de 2021)

Comecei meu último dia no Nordeste na Barra, que é o único lugar de Salvador que os brancos são maioria na rua. Portanto uma região de elite.

E, como diz a música, fui “passar a tarde em Itapuã” – uma praia da periferia (esq.), onde exatamente ao inverso 95% das pessoas eram negras ou mulatas.

A trilha sonora só poderia ser o ‘pancadão’ do ‘funk’. Daquele jeito.

Falo do renascimento do Salvador pros turistas: uma cidade acolhedora, limpa e segura.

Por outro lado, as ofertas dos guias e vendedores no Pelourinho extrapola pra insistência desrespeitosa e mesmo pra uma extorsão velada.

Abordo também da pichação em muros, que tem ‘alfabeto’ e regras próprias. Ao lado um exemplo desse estilo inconfundível (no destaque bicicletas que um banco disponibiliza pra aluguel em Ondina).

Além de vários aspectos soteropolitanos: da origem desse gentílico, que remonta ao grego;  até o gosto pelo churrasco, compartilhado com o Sul do Brasil.

SOTEROPOLITANO –  Publicado em janeiro de 2017, antes de eu ter ido pessoalmente, portanto:

PUXADINHO NO PRÉDIO, GENTE NAS CAÇAMBAS, GARAGENS NA VIA PÚBLICA:

SALVADOR TAMBÉM É AMÉRICA! E COMO É!!!

Em algumas fotos puxadas do ‘Google Mapas’, mostramos cenas da periferia da cidade.

Ao lado “puxadinho no prédio“:  há um edifício, legalmente construído, com alvará e tudo.

E aí sem alvará alguém sobe mais um andar por conta.

Orla de Salvador.

Essa é no bairro de Perambués, mas é situação comum por todo subúrbio soteropolitano.

Flagrei também pessoas viajando sem proteção nas carrocerias de caminhões.

Calçadas das vias públicas que foram transformadas em estacionamentos pros prédios em frente, e por aí vai.

América Latina, né? Fazer o que?

 
Segue a série sobre a vizinha Paraíba, que visitei em 2013. 

 TERRAS DO TRIBUS URBANO: a Paraíba, ao lado dos vizinhos Pernambuco, Rio Grande do Norte e até Sergipe, e mais São Paulo, concentram os ônibus trucados (com 3º eixo) no Brasil.
Tribus na padronização SEI/Recife.


ONDE O SOL NASCE: JOÃO PESSOA (a capital paraibana é a cidade mais oriental de toda América, portanto a que todos os dias recebe seu primeiro raio de Sol; nessa matéria falo um pouco do transporte coletivo também);

 ATÉ BAYEUX TEM "METRÔ": minha ida de trem ao subúrbio da Zona Oeste da Grande J.P. (Bayeux e Santa Rita) de trem. A tarifa é simbólica, R$ 0,50 (valor de 2013)Falamos rapidamente também do futebol na Paraíba, afinal 2013 foi justamente mais glorioso da história, quando esse estado levou seus dois maiores títulos, a série D do Nacional e a Copa do Nordeste.

praia-da-ponta-seixas-e-manaira-j-pessoa
P. Seixas, J. Pessoa: ponto mais orental da América.

Contamos um pouco da história do estado, os 5 nomes que J. Pessoa já teve. No embalo mostramos 2 bandeiras anteriores paraibanas, até ela chegar a atual. Ah, é a “Cidade de Maurício” é justamente o Recife.

– JOÃO PESSOA É UMA MÃE, assim definiu o taxista (recifense de nascimento e criação) que me levou do aeroporto. Um pouco do clima, vegetação, e muitas fotos da periferia.

"Deus proverá"