sexta-feira, 20 de março de 2020

TransMetro: a Guatemala tem bi-articulados


Origem da imagem: internet.

Local:
Cidade da Guatemala.
Viação:
???
Data:
Segunda metade da década de 10.
Carroceria:
Torino6 Marcopolo.
Motor:
???
Observação:
'Torino 6' oficialmente é o Torino '2014'

Cidade da Guatemala, América Central, próximo da virada pra década de 20 ( dp século 21 evidente). Marcopolo Torino '6' bi-articulado do moderno sistema de transportes TransMetro, implantado em 2007.

É pura verdade: a Guatemala têm bi-articulados. Pouquíssimos países do mundo contam com esse ônibus de 2 sanfonas.

No Brasil, só Curitiba, São Paulo/Capital, Campinas-SP e Goiânia-GO têm esse modal

(O Rio de Janeiro e Manaus-AM  já os tiveram, mas não mais – atualizo em 2020.)

Aqui na América Latina, fora de nossa Pátria Amada, só há bi-articulados no: México, Colômbia e Equador (em Cuba houve um exemplar que rodou em testes).

Na Europa são comuns, já os vi – pela internet, não pessoalmente - na Espanha, Holanda, Bélgica, Alemanha e Suíça, sendo que na Suíça há troleibus bi-articulados.

A  China fabrica bi-articulados, mas nunca achei fotos deles operando em suas cidadesBem, as redes de metrô chinesas são muito desenvolvidas. Assim os ônibus funcionam como alimentadores do metrô, não precisam ser protagonistas.

Alias nunca presenciei bi-articulados na Ásia, e a África certamente não os possui (articulados sim, já há sistemas modernos; mas bi não).

Enfim, amigos, voltando: são poucos os países do mundo com bi-articulados. E a Guatemala é um nessa seleta lista. Tá bom pra ti?
………


Recapitulando, o TransMetro é o sistema que Curitiba (que o criou) batizou de “Expresso”

Hoje se usa a sigla em inglês ‘BRT’. Na língua que for, o conceito é: linhas Troncais ligam o Centro (ou os polos de empregos, a orla onde é litoral) a periferiaEssas linhas mais carregadas são feitas por ônibus articulados, que vão por vias exclusivas. Se houver estações com embarque elevado e pré-pago, e os veículos contarem com ar-condicionado, então melhor ainda.

Na periferia, terminais garantem a  integração gratuita com os alimentadores (de maneira física ou digital, pelo cartão). 

Essas linhas, as alimentadoras, são feitas por ônibus menores – as vezes micros – e vão pras vilas, morros e favelas dos subúrbios.

Na Cid. da Guatemala, há tudo isso (ar-condicionado apenas nos ônibus mais novos, a frota mais velha não conta com esse conforto).

Por muitas décadas no século 20 a Guatemala apenas importava ônibus usados dos outros países

Muitos deles as ‘jardineiras’ que eram usadas no transporte escolar dos EUA. Jardineira, como sabem, é o ônibus montado sobre chassis de caminhão. Por conta disso, na América Central ônibus urbano é chamado ‘caminhonete’. Similar ao que acontece em Acapulco/México, apenas ali os busões são conhecidos como ‘caminhões’.

Um dia, a jardineira foi hegemônica em toda América Hispânica, do México (que é vizinho a Guatemala) a Argentina e ChilePassando por Paraguai, Colômbia, Peru e todos os outros países.

No entanto, a modernização vem retirando eles de circulaçãoAfinal por ser uma carroceria de ônibus em chassi de caminhão é bastante desconfortável.

Voltemos a Guatemala. Ela importava ônibus usados. Muitos deles jardineiras ex-escolares dos EUA, e ali várias delas operavam sem sequer repintarEsses veículos contam com apenas 1 porta, ou seja, totalmente inadequados pra linhas regulares. 

Você consegue imaginar o caos que se forma no horário de pico? Todo mundo tentando entrar e sair pelo mesmo lugar? Putz…melhor nem pensar nisso!

Não apenas dos EUA vinham os ‘latões’ guatemaltecos. Diversas outras nações exportavam busões usados pra lá. Inclusive o Brasil, e esses outros veículos são ‘cara-chata’. Sem motor saltado a frente, e com pelo menos 2 portas.

Seja como for, depois a Guatemala desenvolveu o costume de personalizar ao máximo os ônibus. Como também acontece no Panamá.

Em um dado momento, padronizaram a pintura de vermelho, ainda utilizando veículos usados de outros países, jardineiras ou não.


Em 2007 veio a revolução do TransMetro. Com tudo que tem direitocorredores exclusivos, estações com embarque pré-pago e elevado, etc.

As linhas de maior demanda são feitas por articulados, e mesmo bi-articulados. As linhas locais por veículos curtos, não-articulados, mas no mesmo padrão de pintura verde-claro unicolor.

O TransMetro conta com integração tarifária, você só paga uma vez e pode usar 2 conduções.

Paralelamente a isso, criou-se o ‘TransUrbano’, pra padronizar a pintura também das linhas não-integreadasNo TransUrbano a lataria dos ‘carros’ é azul e branca – boa parte da frota também é de fabricação brasileira. 

A pintura é padronizada, igual pra todos, e não são permitidas ‘jardineiras’, apenas ônibus de verdade, mais confortáveis pro usuário.
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Série "Bi-Articulados no Brasil" – em Manaus e no Rio eles existiram mas já foram extintos, como dito e é notório; nas demais cidades ainda operando (escrevo em 2020):


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Série de matérias que aborda a América Central e imediações:

"VIAGEM AO CENTRO DA TERRA" Reportagem que será reformada pra mostrar a modernização do transporte em toda costa do Oceano Pacífico na América, abrangendo Chile, Peru, Equador, Colômbia, América Central (Guatemala e Panamá), México e EUA - justamente Los Angeles.
 
" E O VENTO LEVOU . . ." matéria sobre Los Angeles. O título se deve a essa ser a "Cidade do Cinema", então como a postagem surgiu pra mostrar alguns desenhos sobre L.A. pegamos carona no nome de alguns filmes famosos. 


 
- NOS CANAIS DO ISTMO: misteriosas crateras que têm surgido em cidades de todo planeta, matando muita gente e dando prejuízos materiais a muitas outras pessoas. A da foto ao lado foi na Nova Zelândia, mas têm ocorrido em todos os continentes.


(Radiografia do transporte nesses dois continentes; se você nunca estudou o tema a fundo, vai se impressionar com tantas semelhanças);

Agora sobre o transporte no México:




 O TRANSPORTE, SÍNTESE DA FÊNIX COLOMBIANA

PONTO FINAL: O SONHO DO TRÓLEI-CAFÉ AMERICANO DUROU POUCO
(Falo de um restaurante que funcionou num tróleibus restaurado de Bogotá; aproveitamos pra relembrar quando a Colômbia - Bogotá e Medelím - teve ônibus elétricos operando)

MODERNÍSSIMO METRÔ, MICROS CAINDO AOS PEDAÇOS, 'ONÇAS' E O TÁXI-LOTAÇÃO: O TRANSPORTE EM S. DOMINGO - REPÚBLICA DOMINICANA

Troleibus em Valparaíso, 2015.
TRÓLEIBUS DO CHILE: 70 ANOS NA PISTA
Mensagem específica sobre Valparaíso

Aproveitando o embalo, segue a série completa sobre o México, que é vizinho dos EUA, ambas as nações têm uma relação simbiótica, estão unidos 'pro bem e pro mal', como um casamento que não pode ser desfeito. Em nenhum lugar isso é tão nítido quanto em L.A. . 

- A "CIDADE DO SOL": MÉXICO-D.F. - Abertura da série, falando um pouco da 'Cidade Azteca' e do país em geral. 

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Grafite na Cidade do México, 2012.

– “Bem-vindo ao México, não perca a cabeça. Não é modo de dizer”. Infelizmente nessa década de 10 do século 21 o México entrou numa situação praticamente de guerra civil.

“Tudo Azul”. é o futebol no México. Curiosamente, quase todos os grandes times do país tem um uniforme nessa cor.

“A Guerra Suja Mexicana” – é a política, claro“Velha Escola”: o P.R.I., o ‘partido único’ do México, está de volta a ‘sua casa’, o Palácio Presidencial. Estive lá pouco antes das eleições presidenciais (de 2012), e observei o processo eleitoral/político em 1ª mão. 

Estados Unidos Mexicanos, onde a Vida e a Morte são o mesmo. Digo, não são a mesma coisa, mas são partes de complementares de um mesmo processo.

Portanto na Visão Azteca Vida e Morte não são antônimos, e sim trabalham em harmonia. O Culto a ‘Santa Morte‘ – que é quem cuida da passagem – cresce até entre os católicos, gerando curioso sincretismo.

Entre a Serra e o Mar, Acapulco (junho/12). E é no Mar, no Oceano Pacífico, que o Sol se põe. Cidade que no século 20 era o balneário da elite mexicana - hoje o posto é ocupado por Cancún, no Caribe. Claro que sendo Acapulco tinha que aparecer muitos 'Taxi-Fuscas'.

Deus proverá


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