terça-feira, 29 de novembro de 2022

Paranaguá entra na era do articulado - esse também veio usado de Porto Alegre

 

 


Origem das imagens: internet. Créditos mantidos.
 
Local: Paranaguá-PR.

Data: Perto da virada do milênio.

Viação: Rocio.

Carroceria: Marcopolo Torino '2' articulado.

Motor: Scania.

Observações: Torino '2', aquele que como marca indelével tinha o letreiro saltado no teto,oficialmente é o Torino '1989.

   
Paranaguá: a cidade mais antiga do Paraná acabara de implantar a padronização dos ônibus por categoria. Num primeiro momento os articulados receberam a cor azul-escura. A maior parte da frota ficou em azul-claro, ao fundo vemos alguns nesse tom (foto na garagem da empresa).

Pguá., como é abreviada, é a maior cidade do Litoral do estado, e abriga o 3º maior porto do Brasil (atrás de Santos-SP e Rio de Janeiro).  
 
Se perde no geral pra esses dois portos do Sudeste, em compensação Paranaguá é o maior porto graneleiro do Brasil.
 
Os ônibus “metropolitanos, que ligam os diversos municípios do litoral do Paraná entre si, são na essa decoração verde e branca.

Term. Central de Paranaguá no século 20.

(No interior de São Paulo esse tipo de serviço inter-municipal que pega estrada é chamadosuburbano‘.)

De volta ao Litoral do PR, essas as linhas são feitas pela Graciosa, com pintura livre.

Que é a mesma com que ela adorna seus ‘carros’ do modal rodoviário

Um dia, suas linhas metropolitanas da Grande Curitiba tiveram a mesma decoração. 

Todavia, não é mais o caso há muito, desde 1992 sendo mais exato.

Próxs. 2 fotos: 1ª padronização, por categoria.
Falemos agora dos ônibus parnanguaras.

PADRONIZAÇÃO POR CATEGORIA; A SEGUIR UMA PINTURA PRA TODA FROTA

(Como em Fortaleza) –

O transporte em Paranaguá fica por conta da Viação Rocio.

Nos anos 80 e 90 a pintura da frota era como vemos acima, azul-claro com uma faixa branca.

Curiosamente na mesma época essa idêntica decoração era usada por 2 viações da Grande Curitiba:

Esse é o ônibus 13 mil produzido pela Busscar.

A Piedade que faz o modal municipal de Campo Largo e a Antonina que puxa linhas metropolitanas entre a capital e Alm. Tamandaré.

Perto da virada do milênio veio a padronização por categoria de linha.  

A maioria das linhas em azul-claro, como nesse Torino ‘4’ parado no ponto a direita. Algumas linhas em amarelo, um exemplo ao lado.

Ainda no RS, um da mesma leva que foi p/ Pguá. .

O mesmo tipo de padronização adotado também em várias cidades (em algumas ainda vigente, outras a usaram até pouco tempo atrás):

Curitiba, Belo Horizonte-MG, Recife-PE, Fortaleza-CE, Vitória-ES, Sorocaba e Piracicaba-SP, Londrina e Ponta Grossa-PR, Joinville, Blumenau e Criciúma/SC, e Los Angeles/EUA.

Nesse caso específico, escreveram “Paranaguá” na parte da traseira da lataria. As cores, repetindo, eram:

A maior parte dos ônibus ficou em azul-claro, as linhas “convencionais” digamos assim.

Pguá. padronizou toda frota nessa cor.

Parte da frota, entretanto, foi pintada de amarelo.

As linhas-tronco, pros bairros mais povoados, eram feitas por articulados em azul-escuro, como visto na foto maior sob a manchete..

Esse bichão alias foi comprado de 2ª mão de Porto Alegre-RS.

(Seguindo uma tradição, afinal em 1988 o 1º articulado de SC – que circulou em Chapecó – também veio de 2ª mão da capital gaúcha.)

Alias por isso tem duas “assinaturas” porto-alegrenses: 1) o eixo é a frente da porta dianteira, sob o motorista.

A inscrição “Paranaguá” permaneceu.

E, 2), só tem 2 portas: até bem recentemente os “sanfonados” da capital gaúcha eram dessa forma.

O que dificultava tremendamente o desembarque, mas fazer o quê? Se eles gostavam assim….

De branco com a faixa ondulada vermelha um articulado igual ao que foi pra Paranaguá ainda em ação em P. Alegre.

Não é exatamente o mesmo veículo, porém é um idêntico, mesmo motor (Scania), carroceria (Torino ‘2’), viação (NorTran) e pintura (“Eletro-Cardiograma”).

Linhas de pouca demanda com micrinhos.

De volta a maior cidade do Litoral do Paraná, a padronização por categoria não durou muito.

Ainda na 1ª década do novo milênio toda a frota foi pintada de azul-claro.

Independente de distinção de linha. Articulados, micros e os ‘carros’ de tamanho normal, todos ficaram da mesma forma. 

Esse dois articulados acima foram comprados 0km no PR, por isso tem 3 portas (se não for pedir muito….).

Ao lado um mais curto. Como pode ver sempre na mesma cor.

2011: transição entre as padronizações.

O detalhe é que exatamente o mesmo já havia acontecido em Fortaleza, que padronizou por categoria, no começo dos anos 90. Eram três categorias, cada uma com sua própria pintura:

“Troncais” ligando o Centro aos terminais; “Alimentadores” dos termais as vilas e bairros do entorno, e “Circular” conectando os terminais sem passar pelo Centro.

Porém em 1999, poucos anos após a implantação, a padronização por categoria foi abandonada e toda a frota de Fortaleza recebeu a mesma pintura, a que antigamente caracterizava os “Troncais.

A cor se mantém, mas agora só com brasão.

Em outros momentos já falamos bastante do Ceará. Então, retornando ao nosso foco de hoje, exatamente o mesmo aconteceu em Paranaguá alguns anos depois.

Todas as linhas foram uniformizadas em azul-claro, articulados, micros, tudo. 

Manteve-se o “Paranaguá” na lataria.

Em 2022 foi implantada a tarifa gratuita.

A partir da década de 10 (séc. 21, evidente) nova mudança. Inserem o brasão e a inscrição “Cidade de Paranaguá” perto da porta frontal do veículo.

Ao invés de simplesmente “Paranaguá” mais atrás, como era até então.

A foto acima a esquerda foi feita em 2011, ano que produzi essa matéria, e mostra o momento de transição:

Ainda há o nome do município em caixa-alta (letras maiúsculas) ao fundo, mas o brasão já presente a frente.

Ao lado e acima como é atualmente (2022): o brasão e o “Cidade de Paranaguá” (no detalhe na tomada a direita).

Toda a frota permanece em unicolor nesse tom de azul.

O REI DA ESTRADA –

(Publicado em 24 de junho de 2015)

Feito esse registro dos ônibus, dá tempo de fazer um adendo sobre os transporte de carga. Essa mensagem é de 2011, dizendo ainda mais uma vez. Muitas carretas eram modernas.

Porém no Porto de Paranaguá ainda haviam vários Jacarés Scania na pista – esses bichões são incansáveis (dir.).

Encerro com um desenho, um caminhoneiro na boléia de um desses "monstros de metal".

Matéria completa:
 
  
Outras postagens relacionadas:

 1988: SC ENTRA NA ERA DO ARTICULADO, GRAÇAS A CHAPECÓ

 


Inteiro de amarelo, o primeiro ônibus ‘sanfonado’ da história de Santa Catarina. Um Torino Volvo, que rodou em Chapecó. Da mesma forma foi adquirido usado de Porto Alegre-RS. 

Abaixo nos anos 80: Porto Alegre na padronização EBTU - como dito, também adotada em Florianópolis, Brasília, Campinas e Maceió.

Se não for o mesmo veículo é do mesmo lote.

(Nota: sim, eu sei, a Marcopolo diz que esse modelo é São Remo.

Só que ele é muito parecido com o Torino, que lhe sucedeu.

Não tem nada em comum nas linhas com o São Remo que o antecedeu. 

Então fica como ‘Torino’ mesmo.)

Abordo um pouco da história do transporte em Chapecó, no Oeste catarinense.

Ainda assim sobrou uma palhinha até pro vizinho Paraná.

Ao lado um ônibus antigo em Foz do Iguaçu, na ‘Tríplice Fronteira, Oeste do PR.

Da extinta viação Irmãos Rafagnin.

Vamos falar de uma cidade brasileira. Que teve no entanto auxílio dos gringos na fundação e começo da colonização.

PÉ-VERMELHO

 Publicado em outubro de 2019, originalmente só com Londrina; ao lado nessa cidade  com pintura livre, que vigorou até 1994.

Foi reordenado em janeiro de 2022, incluindo Maringá.

Conto, de forma resumida é claro, a História do Transporte as duas maiores cidades do interior do Paraná.

Como todos sabem, trata-se de Londrina e Maringá, no Norte do estado.

Um pouco acima um clássico da TCGL – Transp. Col. Grande Londrina, na pintura livre (branco com faixas amarela e verde).

A seguir “azulão” da mesma viação, na pintura padronizada (já extinta, infelizmente): buso unicolor conforme a categoria da linha.

Londrina, a ‘Pequena Londres’, foi planejada e povoada no início sob a diretriz da Cia. de Melhoramentos do Norte do Paraná.

Empresa, como o nome da cidade indica, de capital britânico.

E na tomada acima um belo Torino 1 em Maringá, a "Cidade-Canção", anos 80

Todo adornado com as cerejeiras floridas.

‘CAPITAL DOS CAMPOS GERAIS’: PONTA GROSSA, PARANÁ

4ª maior cidade do estado, no Centro (geográfico) do PR, a região chamada 'Campos Gerais'.

Atualizei a matéria, adicionando novas fotos e texto. 

Acrescentei uma seção contando a história dos ônibus ponta-grossenses, dos anos 70 até hoje.

Acima e ao lado articulados em P. Grossa.

O azul na foto noturna na pintura anterior.

O verde na atual (2022) unicolor – ao fundo o Centro da cidade.

A padronização também é por categoria de linha, como Londrina e Paranaguá foram no passado.

 - "ENCONTRO DAS ÁGUAS (E DO MERCO-SUL)": FOZ DO IGUAÇU E A 'TRÍPLICE FRONTEIRA BRASIL/ARGENTINA/PARAGUAI

 Matéria será reformada pra mostrar detalhadamente o transporte no Oeste do estado. Foz (que além dos sistema municipal tem o modal "urbano/internacional" pra Cidade do Leste/Paraguai e Porto Iguaçu/Argentina); e  vou mostrar também Cascavel e Toledo.

Seguindo a seção de nostalgia do nosso canal de comunicação, vamos mostrar os caminhões Mercedes-Benz. Principalmente a chamada linha AGL, produzida de 1966 a 1989 no Brasil.

Variações técnicas do motor a parte, a marca registrada é que a cabine era sempre a mesma, redonda.

Esse, evidente, é um CMTC.

Do tipo avançada, que hoje praticamente não é mais fabricada em boa parte do mundo.

(Os EUA e países da Anglosfera como Austrália e Canadá são exceção, eles ainda apreciam um caminhão ‘bicudo‘.)

A série AGL vendeu mais de meio milhão de unidades, sendo por isso chamada de ‘Fusca das Estradas‘ – além da alta vendagem, o 11-13 e o ‘Fuca’ compartilhavam as linhas arredondadas.

Bem como o ônibus Monobloco, também redondo e outro imenso sucesso da Mercedes-Benz do Brasil. Já escrevi sobre eles aqui, aqui, e aqui.

Enfim, do ônibus e dos VW Fusca, ainda o carro mais vendido da Terra, já falamos melhor outro dia. Aqui o foco são os Mercedões.

O carro-chefe da AGL era o modelo 11-13, com 207 mil deles produzidos de 1969 a 1987. Ao lado um deles  vencendo a neve em Santa Catarina.

Por conta do 11-13 a Mercedes liderou o mercado de caminhões por 35 anos em nosso país:

De 1969 – justamente no lançamento do ’11-’13’ – até 2004, quando passou o posto pra Volkswagen.

De 1966 a 1982 havia apenas um farol redondo de cada lado.

De 82 a 89, quando a série foi encerrada, foi acrescentada uma ‘máscara negra’, e passaram a ser 2 faróis quadrados de cada lado.

São mateus sul interior paraná pr sms caminhão periferia 11-13 merced azul vende-se bicudo motor saltado frente
São Mateus do Sul-PR, agosto de 16.

Na Alemanha a série AGL foi fabricada de 1958 a 1982. Não houve a versão de ‘máscara negra’ por lá.

A Mercedes-Benz do Brasil foi a filial que mais produziu caminhões da marca, só atrás da matriz alemã.

A 1ª fábrica, em São Bernardo do Campo (ABC Paulista, na Grande SP), foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek em 1956.

Produzindo caminhões completos ou apenas importando de forma desmontada e montando no local, a Mercedes também teve fábricas na Arábia Saudita, África do Sul, Irã e Nigéria.

 Reportagem completa com dezenas de fotos:

- "A ESTRELA BRILHA" - (sobre os caminhões Mercedes-Benz, obviamente, que foi a líder do mercado brasileiro por décadas);

 Outras matérias sobre caminhões e ônibus: 

Do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.

- F.N.M., EIS O PIONEIRO DOS PIONEIRO: “NÃO ABANDONA A MISSÃO”

Falamos inclusive dos caminhões Fiat no Brasil e exterior.


- TEM QUE VER PRA CRER: SEGUE A 'TRANSGENIA AUTOMOTORA' (Mostramos os 'Papa-Filas' em diversos países, aquela transgenia entre caminhão-carreta e ônibus - no Brasil a maioria dos Papa-Filas era Fenemê);

- "A ESTRELA BRILHA" - (sobre os caminhões Mercedes-Benz, obviamente, que foi a líder do mercado brasileiro por décadas);

- "É UM SCANIA": QUEM OUVIU O RONCO DESSE BICHÃO JAMAIS ESQUECE 

(A Mercedes foi líder sim, mas de caminhões pitocos. Entre as carretas quem era o ‘Rei da Estrada’ era Scania);


- DO 'FAIXA AZUL' AO FAIXA PRETA': OS VOVOS DO SÉCULO 20 (Centrado mais nos caminhões, mas falamos também dos ônibus, um pouco do Brasil e especialmente do Peru). Ao lado: Curitiba, 1980: a Volvo começa a fabricar caminhões no Brasil. O 1º modelo foi o N10.
 

- "SÉCULO 20: 'AZULÃO EM CURITIBA SÓ NO METROPOLITANO; E "VOLVO ERA VOLVO..." (Aqui o foco é o transporte coletivo; abordo também o fato que Curitiba só foi ter ônibus azuis municipais em 2011, antes não) 

BR-116, BR-381, ETC: COMO AS RODOVIAS SÃO NUMERADAS

Qual o critério dos prefixos das estradas federais brasileiras?

Numa das matérias mais lidas da página eu explico – no mapa a BR-101, a ‘Rodovia Beira-Mar’ brasileira.

 "Deus proverá"

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