ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"
Origem das imagens: internet. Créditos mantidos. |
Local: Grande Curitiba-PR.
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Data: 1993.
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Viação: Expresso Azul.
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Carroceria: Marcopolo Torino '2' - articulado.
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Motor: Volvo.
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Observações: 'Torino 2', aquele que como marca indelével tinha o letreiro saltado no teto,oficialmente é o Torino '1989'. |
Terminal Autódromo, Pinhais, Zona Leste da Grande Curitiba, 1993. Torino '2' articulado na recém-implantada pintura padronizada metropolitana da capital do estado, fazendo a também então nova linha troncal ligando esse município ao Centro de Ctba. .
A HIPER-INFLAÇÂO BRASILEIRA NOS ÔNIBUS DA ZONA LESTE –
Então. Entre muitas outras inovações o governo do estado determinou ainda no fim da pintura livre um adesivo no vidro informando o valor da tarifa, mantido no começo da padronização.
A Comec trouxe essa característica de São Paulo e outras cidades, isso nunca havia existido por aqui.
Exatamente por não ser orgânico o enxerto foi rejeitado. A novidade logo foi abandonada, mas por um tempo existiu.
E existiu em tempos que a inflação estava na estratosfera. Os preços subiam sem nenhum tipo de controle.
Todo colorido, em verde e amarelo acima um Torino ‘1’ da Viação Piraquara, ainda na pintura livre; a tarifa é 23 Cruzeiros.
Terminal Guadalupe, 2022. |
Agora o negócio ficou maluco: na imagem maior sob a manchete destaquei essa situação: agora a viagem custa "simplesmente" Cr$ 17.000. Sim, 17 mil por uma viagem de ônibus urbano.
A seguir outro articulado Torino ‘2’ da Exp. Azul já padronizado. Mesmo modelo, pintura, linha e viação. Mas a foto foi feita uns meses depois.
Com o Real, em 1994 a tarifa da mesma linha vai pra 32 centavos (esq.). De 17.000 pra 0,32 em pouco tempo…
1ª padronização, 1992: busos unicolores conforme a região. |
Colocado esse detalhe, vamos falar melhor sobre os ônibus metropolitanos de Curitiba, que tiveram pintura livre até 1992.
E atualmente quase todos os ônibus metropolitanos são beges, confira a direita.
Há algumas exceções. Em todo caso, sigamos a linha do tempo.
Já houveram por 3 padronizações nesse modal (atualizo em 2022).
1-Amarelo: Tamandaré, RBS, Itaperuçu e C. Magro. |
– 1ª padronização (1992 a 1996): a cidade foi dividida por regiões, conforme o mapa.
Os busos ficaram unicolores, como os municipais da capital, mas num esquema de pintura diferente.
A maioria das linhas foi pintada na cor da região; mas haviam cores especiais pra categorias especiais (linha ‘integradas’, ‘perimetrais’, etc.) .
2-Roxo, Colombo e Bocaiuíva do Sul. |
Nas próxs. 7 fotos a partir desse buso amarelo as faixas da
padronização de 1992, no começo com inscrição ‘Metropolitano’ e
numeração de 4 dígitos a dir.; o 1º dígito indicava a faixa:
Algumas poucas linhas deveriam ser beges. No entanto o bege foi se tornando gradualmente dominante.
Tanto que na 3ª padronização, a partir de 2015, toda frota metropolitana ficou nessa cor.
– 2ª padronização (1996-2015): boa parte das linhas metropolitanas adotou a mesma pintura por categoria do municipal de Curitiba.
Pois a prefeitura da capital assumiu o gerenciamento delas. Mas calma que a coisa não foi tão linear assim.
Nessa época, a virada pro novo milênio e primeira década deste, as três padronizações conviveram nas ruas:
4-Azul-escuro: Piraquara e Pinhais. |
As linhas gerenciadas pela Urbs (pref. de Ctba.) ficaram com as mesmas cores do municipal da capital:
‘Expressos’ vermelhos, ‘Convencionais’ em amarelo, ‘Alimentadores’ em laranja e ‘Ligeririnhos’ pintados de cinza.
(Não haviam Inter-Bairros verdes metropolitanos, muito menos qualquer outra categoria como Circular-Centro, Inter-Hospitais, etc.).
5-Vermelho, S. J. dos Pinhais. |
Muitas viações padronizaram quase toda a sua frota (ou ao menos a imensa maioria dela) no padrão da Urbs.
No entanto outras preferiram não adotar esse esquema.
A Viação São José dos Pinhais (até hoje) e a Castelo Branco (até 2012) preferiram continuar usando a cor determinada em 1992, vermelho e verde respectivamente.
6-Azul-claro: Fazenda R. Grande e Araucária. |
Enquanto que outras, notadamente a Viação Colombo, se anteciparam ao que viria e pintaram toda sua frota de bege.
– 3ª padronização (a partir de 2015): o governo do estado retoma o controle sobre as linhas metropolitanas, e padroniza todas as linhas inter-municipais em bege.
Com exceção novamente da viação São José dos Pinhais.
Que mais uma vez prefere manter quase toda sua frota em vermelho.
7-Bege-escuro ficou pra Campo Largo e Balsa Nova. |
(A S. José tem alguns ‘carros’ no laranja da Urbs e no bege da Comec, mas são exceções.)
Dentre todas as linhas das demais empresas apenas o Expresso Pinhais/Rui Barbosa, que é feito por bi-articulados, permanece vermelho.
Parte dos Ligeirinhos metropolitanos ainda são cinzas, mas mesmo alguns nessa categoria agora já são beges.
ABRIU O BAÚ: OS ÔNIBUS METROPOLITANOS DE CURITIBA ANTES DA PADRONIZAÇÃO
DO ARCO-ÍRIS RESTOU O RUBRO, O RESTO VIROU BEGE: ÔNIBUS METROPOLITANOS DE CURITIBA, 1992-PRESENTE
Sobre o dinheiro, abordando a hiper-inflação dos anos 80 e 90, aproveitando o embalo registro as moedas antigas de diversos países do mundo:
Mais postagens sobre o transporte coletivo em Curitiba:
– CIRCULAR CENTRO, AQUI JAZ: O FIM DOS ÔNIBUS BRANCOS EM CURITIBA
No início os anos 80 Curitiba implantou seu revolucionário sistema de transporte coletivo. Padronizando a frota em unicolor, a cor indicava a categoria.
Por quase 40 anos, de 1981 a 2020 Curitiba teve ônibus brancos, enquanto durou o Circular Centro (esq.).
Brasília: a ‘Zebrinha’ se foi mas voltou! As categorias Vizinhança e Inter-Hospitais, e por um tempo até o Alimentador Zoológico, também utilizaram a mesma cor, em períodos diferentes da história.
No entanto em 2020 acabou. Assim como o azul, o branco também foi eliminado do sistema de transporte curitibano.
Tem mais, mostro várias categorias que igualmente foram feitas por micros, em várias cidades brasileiras: Porto Alegre, Brasília, o Rio, o Recife e Santos. Como essas linhas começaram, e como estão hoje.
Se tudo fosse pouco, no Chile um desses micros teve um triste final . . .virou varal!
– CHEGOU O LIGEIRÃO NORTE – DEPOIS DE 5 ANOS…UFA
Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974. Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuis, mas sempre voltam a ser vermelhos.
(Radiografia completa, todos os modais: Expressos, Convencionais, Intrer-Bairros, Alimentadores, Circular-Centro, Ligeirinhos, e mesmo outros que já foram extintos.)Mostram, respectivamente, ônibus que começaram na capital do PR e depois foram vendidos pra outras cidades do mundo; E, inversamente, bichões que primeiro rodaram em outras terras e depois vieram pra cá.
De 2015 pra cá o sistema metropolitano da capital do PR passou a ser grande importado de busões usados. Isso é domínio público. Agora segura essa bomba: flagrei um Caio Gabriela Expresso operando na Costa Rica, América Central. O letreiro diz “020-Inter-Bairros 2”, entregando que ele é oriundo daqui de Curitiba.
Outra raridade postada na mesma reportagem: já na pintura do ‘Municipalizdo’ de SP. Letreiro: “203-Sta. Cândida/C. Raso”, articulado também ex-curitibano evidente.
E, o tema dessa postagem, Ligeirinho de Curitiba em plena Nova Iorque/EUA. A linha é ‘Lower Manhattan’.
Calma, como dito foi somente por uma semana que eles rodaram lá. Uma exposição do novo sistema que estava sendo implantado aqui. Só um espetáculo teatral, resumindo.
- ANTES & DEPOIS: FROTA PÚBLICA DE CURITIBA: Entre 1987 e 88, a prefeitura encomendou 88 articulados, que vieram pintados de laranja.O busólogo curitibano Osvaldo Teodoro Born fez um excelente trabalho de mostrar cada um deles, em sua página ‘A Folha do Omnibus‘(infelizmente retirada do ar).Usei seu trabalho como base pra fazer uma matéria em minha página, acrescentando mais fotos e informações.Tudo somado, os 88 busos eram nessas configurações:– 12 Caios Amélia (11 Scania e 1 Volvo)– 26 Marcopolos Torino (todos Volvo)– 50 Ciferal Alvorada (idem, 100% Volvo).Vendo pelo fabricante de motor, repetindo, foram 11 Scanias (todos eles Caio Amélia e com o eixo a frente da porta) e 77 Volvos (sendo 1 Caio Amélia, 26 Marcopolos Torino e 50 Ciferal Alvorada, todos com o eixo na posição ‘normal’, atrás da porta).Esse é focado nos ônibus. Falo bastante da cidade de Curitiba, principalmente de um fato curioso:Azul é a cor mais comum de ônibus pelo mundo afora.No entanto, só em 2011 a capital do Paraná foi ter busos nessa cor. A vai durar pouco. Os ‘ligeirões’ comprados a partir de 2018 voltaram a ser vermelhos.Assim, em algum momento na década de 20, a frota azul adquirida em 2011 será substituída.Curitiba deixará então de ter busos celestes, e então nãos os terá nem no municipal tampouco no metropolitano. Alias esse tema já nos leva a próxima matéria.Ligeirão na descida do Juvevê, 2018. Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974. Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas, cinzas e azuis, mas sempre voltam a ser vermelhos.– VIAGEM PRO PASSADO: A GARAGEM DA VIAÇÃO COLOMBO, ANOS 80 - Quando ainda era pintura livre, e a viação era grande cliente da Caio (depois ela ficou 20 anos sem adquirir Caios 0km).Repetindo o que já foi dito acima e é notório: ficou pronto em 2006, mas ficou 3 anos fechado, só sendo inaugurado (de forma errada) em 2009.Somente em 2016 o Roça Grande se transformou num terminal de verdade.Com linha troncal sendo feita por articulado e linhas alimentadoras com integração de fato.Fotografei um articulado Caio ex-BH chegando no Terminal Roça Grande vindo do Centrão de Ctba. . Isso nos leva as duas próximas matérias.Até 2015, a prefeitura de Curitiba controlava também boa parte do transporte metropolitano.Então era proibido trazer ônibus usados, tinha que ser sempre 0km.Nesse ano houve o rompimento. As linhas inter-municipais voltaram pra alçada do governo do estado.Com isso, Curitiba passou a ser grande importadora de busões de outros estados.Um busão do Recife foi vendido primeiro pra Aracaju-SE.Onde operou sem repintar por conta de uma homenagem que uma viacão sergipana faz a Pernambuco.Depois veio pra Grande Curitiba, sendo enfim repintado no padrão metropolitano.E assim, no bege da Comec, foi deslocado pra Itajaí/SC.Mostro vários outros exemplos que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba.Especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de ‘carros’ curtos também.
– LINHA TURISMO: A CURITIBA QUE SAI NA T.V. - Na postagem conto a história completa desse modal.2021: enfim os Expressos na L. Verde Norte/Leste. Desde o tempo da ‘jardineira’ “Pro-Parque” e da linha “Volta ao Mundo“, que foram suas predecessoras. Passando pelo momento que a Linha Turismo ainda era feita com velhos ônibus de 1-andar. A Linha Turismo não era vista com tanta importância.Por isso os ‘carros’ que nelas serviam eram aposentados das linhas convencionais, reformados pra mudarem as janelas e os bancos. Só depois chegaram os busões 0km especialmente pra Linha Turismo; Primeiro ainda com 1 andar mesmo, e mais recentemente os famosos 2-andares.Canal Belém na Estação PUC da Linha Verde. – 2021: UFA! 14 ANOS DEPOIS, ENFIM INAUGURADA A LINHA VERDE NORTE/LESTE – Incompleta por enquanto (julho de 2021)
A “Linha Verde” é o antigo traçado urbano da BR-116.
Curitiba não é mais a mesma. Antes a cidade inovava: Nos anos 70 e 80 criou - a nível global - o conceito de ônibus "Expresso" (corredores exclusivos, terminais de integração, etc.). Em 1992 foi aqui que começou a rodar o primeiro bi-articulado do Brasil.
Agora…quanta diferença: o corredor da ‘Linha Verde’ começou a ser construído em 2007. Só em 2021 começou a circular um Expresso no trecho Leste/Norte da linha. 14 anos e meio depois.
Ainda assim, incompleta. Só inauguraram 3 novas estações (escrevo em 21): Fagundes Varela, Vila Olímpica e PUC. Ainda faltam mais 5.
Antes tarde que nunca, ao menos agregou novas opções de integração, as estações-tubo F. Varela e PUC são mini-terminais. Onde é possível baldear gratuitamente pra diversas linhas Convencionais, Alimentadores e Inter-Bairros. A esquerda acima o Convencional Canal Belém integrando gratuitamente na Estação PUC (ao fundo o Circo Vostock, que está fixo no local há alguns anos).
Linhas do Terminal Roça Grande, Colombo. - TATUQUARA, ZONA SUL: O TERMINAL QUE NÃO É TERMINAL -
(atualizado em maio de 2021, quando da inauguração do mesmo) –Não é terminal porque foi planejado errado, não tem linhas troncais (Ligeirinho nem Expresso) tampouco Alimentadores próprios.
Não agregou novas opções de integração. Resultado? Está vazio, grosseiramente sub-utilizado, pois não é útil aos moradores da região.
Exatamente como aconteceu antes na Zona Norte, em Colombo.
Refrescando a memória, o Terminal Roça Grande ficou pronto em 2006, mas só foi inaugurado - de forma erra em 2009.
E somente em 2016 se tornou um terminal de verdade, com linhas troncais feitas por articulados e alimentadores próprios. Faça as contas, 10 anos pra corrigir. Espero que no Tatuquara o ajuste leve menos que uma década. Bem menos.
Falo também da grande invasão que ocorreu no Tatuquara em 2020 - antes da eleição como é tradição em Curitiba - próximo a Vila Zanon. Situação tensa na Zona Sul.
"Deus proverá"
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