quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Em 1993 o 1º articulado metropolitano em Pinhais: a viagem custava Cr$ 17.000,00.

 

 


 ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"


Origem das imagens: internet. Créditos mantidos.
 
Local: Grande Curitiba-PR.

Data: 1993.

Viação: Expresso Azul.

Carroceria: Marcopolo Torino '2' - articulado.

Motor: Volvo.

Observações: 'Torino 2', aquele que como marca indelével tinha o letreiro saltado no teto,oficialmente é o Torino '1989'.

Terminal Autódromo, Pinhais, Zona Leste da Grande Curitiba, 1993. Torino '2' articulado na recém-implantada pintura padronizada metropolitana da capital do estado, fazendo a também então nova linha troncal ligando esse município ao Centro de Ctba. .

LOUCOS ANOS 90:

A HIPER-INFLAÇÂO BRASILEIRA NOS ÔNIBUS DA ZONA LESTE

Então. Entre muitas outras inovações o governo do estado determinou ainda no fim da pintura livre um adesivo no vidro informando o valor da tarifa, mantido no começo da padronização

A Comec trouxe essa característica de São Paulo e outras cidades, isso nunca havia existido por aqui.

Exatamente por não ser orgânico o enxerto foi rejeitado. A novidade logo foi abandonada, mas por um tempo existiu.

E existiu em tempos que a inflação estava na estratosfera. Os preços subiam sem nenhum tipo de controle.

Todo colorido, em verde e amarelo acima um Torino ‘1’ da Viação Piraquara, ainda na pintura livre; a tarifa é 23 Cruzeiros.

Terminal Guadalupe, 2022.

Agora o negócio ficou maluco: na imagem maior sob a manchete destaquei essa situação: agora a viagem custa "simplesmente" Cr$ 17.000. Sim, 17 mil por uma viagem de ônibus urbano.

A seguir outro articulado Torino ‘2’ da Exp. Azul já padronizado. Mesmo modelo, pintura, linha e viação. Mas a foto foi feita uns meses depois.

Com o Real, em 1994 a tarifa da mesma linha vai pra 32 centavos (esq.). De 17.000 pra 0,32 em pouco tempo…

1ª padronização, 1992: busos unicolores conforme a região.

Colocado esse detalhe, vamos falar melhor sobre os ônibus metropolitanos de Curitiba, que tiveram pintura livre até 1992.

E atualmente quase todos os ônibus metropolitanos são beges, confira a direita.

Há algumas exceções. Em todo caso, sigamos a linha do tempo.

Já houveram por 3 padronizações nesse modal (atualizo em 2022).

1-Amarelo: Tamandaré, RBS, Itaperuçu e C. Magro.

1ª padronização (1992 a 1996): a cidade foi dividida por regiões, conforme o mapa.

Os busos ficaram unicolores, como os municipais da capital, mas num esquema de pintura diferente.

A maioria das linhas foi pintada na cor da região; mas haviam cores especiais pra categorias especiais (linha ‘integradas’, ‘perimetrais’, etc.) .

2-Roxo, Colombo e Bocaiuíva do Sul.

Nas próxs. 7 fotos a partir desse buso amarelo as faixas da padronização de 1992, no começo com inscrição ‘Metropolitano’ e numeração de 4 dígitos a dir.; o 1º dígito indicava a faixa:

Algumas poucas linhas deveriam ser beges. No entanto o bege foi se tornando gradualmente dominante.

Tanto que na 3ª padronização, a partir de 2015, toda frota metropolitana ficou nessa cor.

3-Verde: Camp. Gde. do Sul e Quatro Barras.

2ª padronização (1996-2015): boa parte das linhas metropolitanas adotou a mesma pintura por categoria do municipal de Curitiba.

Pois a prefeitura da capital assumiu o gerenciamento delas. Mas calma que a coisa não foi tão linear assim.

Nessa época, a virada pro novo milênio e primeira década deste, as três padronizações conviveram nas ruas:

4-Azul-escuro: Piraquara e Pinhais.

As linhas gerenciadas pela Urbs (pref. de Ctba.) ficaram com as mesmas cores do municipal da capital:

‘Expressos’ vermelhos, ‘Convencionais’ em amarelo, ‘Alimentadores’ em laranja e ‘Ligeririnhos’ pintados de cinza.

(Não haviam Inter-Bairros verdes metropolitanos, muito menos qualquer outra categoria como Circular-Centro, Inter-Hospitais, etc.).

5-Vermelho, S. J. dos Pinhais.

Muitas viações padronizaram quase toda a sua frota (ou ao menos a imensa maioria dela) no padrão da Urbs.

No entanto outras preferiram não adotar esse esquema.

A Viação São José dos Pinhais (até hoje) e a Castelo Branco (até 2012) preferiram continuar usando a cor determinada em 1992, vermelho e verde respectivamente.

6-Azul-claro: Fazenda R. Grande e Araucária.

Enquanto que outras, notadamente a Viação Colombo, se anteciparam ao que viria e pintaram toda sua frota de bege.

3ª padronização (a partir de 2015): o governo do estado retoma o controle sobre as linhas metropolitanas, e padroniza todas as linhas inter-municipais em bege.

Com exceção novamente da viação São José dos Pinhais.

Que mais uma vez prefere manter quase toda sua frota em vermelho.

7-Bege-escuro ficou pra Campo Largo e Balsa Nova.

(A S. José tem alguns ‘carros’ no laranja da Urbs e no bege da Comec, mas são exceções.)

Dentre todas as linhas das demais empresas apenas o Expresso Pinhais/Rui Barbosa, que é feito por bi-articulados, permanece vermelho.

Parte dos Ligeirinhos metropolitanos ainda são cinzas, mas mesmo alguns nessa categoria agora já são beges.

 Matérias sobre o transporte metropolitano em Curitiba:

Nenhum comentário:

Postar um comentário