quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Trem de Buenos Aires


Autoria própria. Imagem de livre circulação, desde que os créditos sejam mantidos. 
Local:
Buenos Aires-Argentina.
Data:
03/2017.
Operadora:
Trens Argentinos (cia. estatal nacional) - percebem que eu traduzo todos os nomes pro português, sempre que possível. Notam na imagem que o nome original é 'Trenes Argentinos'.
Observações:
A viação férrea era estatal no século 20, foi privatizada nos anos 90, e numa reversão de curso re-estatizada.

Buenos Aires, Argentina, março de 2017. Trem na estação na Zona Norte da cidade. O ramal vai pros distantes subúrbios da região metropolitana. 

A Argentina em uma invejável rede de trens, tanto suburbanos na capital quanto de longa distância cortando toda nação.


Curiosamente, essa é a postagem mais acessada da história, com 190 visualizações (ago.19), mais que o dobro da segunda colocada, a que mostra o ônibus 2-andares em Goiânia, que já amealhou 81 visitas.


Em Buenos Aires a passagem de trem não tem preço fixo, é cobrado conforme a quilometragem que você usa: pra andar de trem suburbano é preciso ter cartão-transporte com créditos. Você passa o cartão na roleta tanto na entrada quanto na saída, a máquina calcula quantas estações você se deslocou dentro do sistema e cobra automaticamente o valor correspondente.


Nos ônibus de Buenos Aires, igualmente de diversos países hispano-americanos como Colômbia e México, e novamente na África do Sul, a passagem também é proporcional a distância, mas nesses casos o motorista (que também cumpre o papel de cobrador) pergunta logo que você embarca onde você vai descer, e cobra de acordo

A rede ferroviária argentina era estatal, foi privatizada e re-estatizada. 

Sim, é isso. No século 20 havia a companhia de capital federal Ferrovias Argentinas ('Ferrocarriles Argentinos', no original), que foi privatizada por Carlos Menen, as operações pulverizadas entre várias empresas privadas. 

Em 2015, a presidente Cristina Kirchner criou a cia. Trens Argentinos ('Trenes Argentinos'), re-estatizando o serviço, não sei se na totalidade ou parcialmente. O que notamos é que esse ramal está novamente sob a égide do governo federal.






 
Há precedentes pra isso na Argentina. Já mostrei aqui no blog um tróleibus de Rosário (2ª maior cidade do interior, atrás de Córdoba) - na verdade nesse caso específico os tróleis iam rodar em Belo Horizonte-MG, a Cristiano Machado chegou no começo dos anos 80 a ter instalada a rede de fios onde os busos puxariam a energia; mas acabou não se concretizando. A frota ficou anos sem uso 0km num depósito, até que foi exportada pra Rosário, onde enfim foi posta pra funcionar.

Mas essa história já contei outro dia. Aqui, pro que nos importa, quero dizer que nos anos 70 os tróleis de Rosário eram operados por viação estatal. Houve a privatização e mais recentemente a re-estatização do sistema. Exatamente como nos trens.

Matérias sobre o tema: 

- LINHA PINTADA NO 'MICRO' COLORIDO; 3 CIDADES COM TRÓLEIBUS; BOM METRÔ E TREM; POUCOS ARTICULADOS E CORREDORES: O TRANSPORTE NA ARGENTINA

- "O NÚMERO DA BESTA": BUENOS AIRES (no texto eu explico a associação com a música do 'Iron Maiden')

- ASCENSÃO & QUEDA: A ARGENTINA VISTA POR DENTRO

"Deus proverá"

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