Volvo N10 "Faixa-Azul": Rodo-Trem não é só na Austrália!!!

ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"

Imagem acima pertencente a enciclopédia Lexicar Brasil. Créditos mantidos. Visite as fontes.Imagens abaixo baixadas da internet.

 

Local: Brasil.

Data: Década de 80 ou começo da de 90.

Motor: Volvo N10.

Nosso blog é especializado em ônibus, daí até o 'Busão' no título. Mas eventualmente abriremos espaço pra outras manifestações do auto-motor. Inaugurando essa tendência, um caminhão hoje. Mas não qualquer caminhão, e sim um 'Faixa-Azul' clássico.

Brasil, anos 80. Volvo com 2 reboques - na época isso se chamava 'Treminhão' - na colheita de cana-de-açucar. 

Um N10, primeiro modelo fabricado no Brasil. Com fundo branco e 'Faixa Azul' sobre ele, 2 faróis redondos de cada lado, como foi até 1985. 

Publiquei uma matéria que retrata os 'Rodo-Trens' da Austrália (na Oceania/Ásia/Pacífico). O nome é plenamente justificado, eles chegam a ter 7 ou 8 vagões ou mais, e atingem e mesmo superam os 50 metros. 

São verdadeiros trens sobre pneus. Mas isso é do outro lado do planeta. Agora voltando a nossa Pátria Amada: 

Bi-trem é comum, você vê aos montes nas estradas. Mas e caminhão 'Tri-Trem'? Você já tinha visto?? 

Com cavalo e mais 2 reboques. Esse, só Volvo mesmo, daí o apelido 'Treminhão'. Vejamos a 'Linha do Tempo':

A Volvo do Brasil foi criada em 1977. Nesse ano foi aberto um escritório no Centro de Curitiba.

Enquanto isso, a fábrica no bairro Cidade Industrial (C.I.C., na Zona Oeste), era construída. Em 1979 a planta industrial foi inaugurada, saindo da linha de produção o primeiro ônibus. No ano seguinte vieram os caminhões.

Ao lado: Curitiba, 1980: a Volvo começa a fabricar caminhões no Brasil. O 1º modelo foi o N10, de 10 litros.

 

(Confesso pra vocês que não entendo de mecânica, não sei o que significa motor de ’10 litros’. Copiei essa informação do sítio oficial da Volvo). 

Mais um ano se passou, e em 1981 foi lançado o N12, de 12 litros. Como é notório, todos os caminhões Volvo era brancos com uma faixa azul. E a imensa maioria era de pesados (carretas). 

Estamos falando dos anos 80. Nessa época existiram caminhões Volvos ‘tocos’ (sem articulação, ou seja, sem ser carreta). Mas os ‘tocos’ eram muito raros. Quase todas as unidades eram mesmo carretas. 

De 80 a 85 todos os Volvos eram brancos, faixa azul e 2 faróis redondos de cada lado.

E, repetindo, todos os caminhões eram padronizados em branco, o que reduz os gastos.

 

O N10 é do ano de 1980, e seu ‘irmão maior’ N12 de 81. Até o meio da década, ambos brancos com faixa azul e faróis redondos.

 

De 85 a 89 brancos, faixa preta e 1 farol quadrado de cada lado.

Em 1985 a faixa decorativa ganha tonalidade negra, e os faróis começam a ser quadrados. Os Volvos passam a ser conhecidos como os ‘Faixa-Preta’. “Do ‘Faixa-Azul’ pro ‘Faixa-Preta’. Uma graduação, como acontece no caratê, não? A cor branca de fundo e o desenho da cabine se mantém.

E assim segue por mais 4 anos. No fim de 1989, pro lançamento dos modelos de 1990, surge a linha de modelos NL: NL10 e NL 12. E esses têm os traços mais arrendondados.

Mas a novidade mais importante é que agora os Volvos passam a ser fabricados em várias cores. Encerra-se a fase do ‘bom e barato’, quando todos os caminhões eram brancos. No fim dos anos 90 a Volvo passa a importar ‘Cara-Chatas’ da Europa. 

 

Em 2000, os ‘Cara-Chatas passam a ser produzidos no Brasil. No início ao lado dos ‘bicudos’, o comprador podia escolher qual modelo preferia. Depois há a inversão, atualmente só se fabricam ‘Cara-Chatas’. Uma pena…

Matérias sobre o tema:

 

Do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.

- DO 'FAIXA AZUL' AO FAIXA PRETA': OS VOVOS DO SÉCULO 20 (Centrado mais nos caminhões, mas falamos também dos ônibus, um pouco do Brasil e especialmente do Peru). Ao lado: Curitiba, 1980: a Volvo começa a fabricar caminhões no Brasil. O 1º modelo foi o N10.

  

- "SÉCULO 20: 'AZULÃO EM CURITIBA SÓ NO METROPOLITANO; E "VOLVO ERA VOLVO..." (Aqui o foco é o transporte coletivo; abordo também o fato que Curitiba só foi ter ônibus azuis municipais em 2011, antes não) 

- "A ESTRELA BRILHA" - (sobre os caminhões Mercedes-Benz, obviamente, que foi a líder do mercado brasileiro por décadas);

- F.N.M., EIS O PIONEIRO DOS PIONEIRO: “NÃO ABANDONA A MISSÃO” - Falamos inclusive dos caminhões Fiat no Brasil e exterior.

 

– BR-116, BR-381, ETC: COMO AS RODOVIAS SÃO NUMERADAS  

Qual o critério dos prefixos das estradas federais brasileiras? Numa das matérias mais lidas da página eu explico – no mapa a BR-101, a ‘Rodovia Beira-Mar’ brasileira. 

 

A Saga da Transgenia Automobilística/Busófila vai Continuar!

Rodo-trem na Austrália.

Pra quem que não sabe o que é isso, é mais simples que parece:

Trata-se de veículos adaptados pra um uso distinto do original que saiu da fábrica.

Ou já saiu assim de fábrica, mas é uma variação interessante, curiosa, de um outro veículo de tipo mais comum.

Outro exemplo é o  buso com 3-andares. Aposto que você nunca viu. Existiu, em Berlim/Alemanha, um século atrás (publicado em 2022). Mais um pouco teria elevador! Seria inviável atualmente.

Ônibus-Zepelim em Belém do Pará.

Hoje as cidades têm muito mais viadutos que no século passado.

Seguem as matérias, onde documento centenas de casos como os dessas fotos:

– TRANSGENIA BUSÓFILA (E AUTOMOTIVA EM GERAL)

– TEM QUE VER PRA CRER: SEGUE A ‘TRANSGENIA AUTOMOTORA’

(Mostramos os 'Papa-Filas' em diversos países, aquela transgenia entre caminhão-carreta e ônibus - no Brasil a maioria dos Papa-Filas era Fenemê); 

– BUSO-TREM, BUSO-BARCO BRASUCA, BONDE 2-ANDARES: MAIS TRANSGENIA MUNDO AFORA

– RODO-TREM, MONOBLOCO ARTICULADO, PÉ-GIGANTESCO, MEIO-A-MEIO: É CADA GAMBIARRA (TRANSGENIA)!!

Ao lado uma Kombi-Avião! Não sei se voa de verdade, sendo sincero.

 

"Deus proverá"