quarta-feira, 17 de julho de 2019

"Via BR-116": de Curitiba pra Feira de Santana-BA



https://omensageiro77.wordpress.com/2016/07/23/de-curitiba-pro-mundo/

ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"


Imagens pertencentes aos portais IvanBuss (acima) e Ônibus Brasil (abaixo). Créditos mantidos. Visite as fontes.
Local:
Feira de Santana-BA (acima) e Curitiba-PR (abaixo).
Data:
Década de 10, a tomada acima é posterior a de baixo.
Viação:
18 de Setembro (na BA) e anteriormente Santo Antônio (no PR)
Carroceria:
Marcopolo Torino '3' (oficialmente Torino '1999') articulado.
Motor
Volvo.
Observações:
Ambas as padronizações de pintura aqui mostradas foram/estão sendo substituídas.

Feira de Santana, 1ª metade da década de 10. Uma leva de ônibus articulados vindo usados da Grande Curitiba começa a operar na maior cidade do interior da Bahia.

Fiz uma matéria chamada “De Curitiba Pro Mundo”, onde mostro dezenas de busos que começaram sua vida útil aqui, depois partiram e foram rodar por todo Brasil e mesmo no Hemisfério Norte.

Esses sanfonados Torino '3' é apenas uma amostra, confira o ensaio completo.

Além disso, produzi outra matéria entitulada “Via BR-101”: do Recife p/ Itajaí (por Aracaju e Curitiba). E o sub-título era “Tabela Trocada dupla, e mão dupla: 'de Ctba. p/ Mundo', 'do Mundo p/ Ctba.' ".

Isso porque retratava um ônibus que primeiro circulou no Recife-PE, depois em Aracaju-SE (com a pintura do Recife, e isso é a 'Tabela Trocada', quando um busão opera em outra cidade ou outra linha na mesma cidade, mas com a pintura diferente da que deveria).


E daqui foi rodar em Itajaí-SC, com a mesma pintura dos metropolitanos curitibanos. Por isso dupla 'Tabela Trocada', e por isso também é parte da reportagem “De Curitiba pro Mundo”.

Além disso, Recife, Aracaju e Itajaí todas elas são cortadas pela BR-101, que também passa perto de Curitiba.

Analogamente, é por isso que essa atual postagem que estão lendo agora se chama “Via BR-116, de Curitiba pra Feira de Santana”. Quem gosta de geografia já sacou:

2,2 mil km separam Curitiba de Feira. Mas as cidades são unidas pela mesma estrada, a BR-116.

Na verdade essa é a quilometragem via Belo Horizonte-MG, aí entre São Paulo e Governador Valadares-MG é feito pela BR-381, a Fernão Dias.

Você pode ir de Curitiba a Feira de Santana exclusivamente pela BR-116, sem pegar qualquer outra estrada, caso opte por passar pelo Rio de Janeiro. Mas aí a distância é um pouco maior, 2,3 mil km.

De Curitiba a São Paulo a 116 se chama 'Regis Bittencourt', de SP ao Rio é a Via Dutra, e depois do Rio até o Nordeste ela é conhecida como a 'Rio-Bahia'. Mas é sempre a mesma 116 velha de guerra.

………..

Quando o bichão chegou a Bahia, assumiu a pintura padronizada que então vigorava em Feira de Santana, e que infelizmente não existe mais.

Em 2016 a cidade excluiu as viações que ali operaram, além da 18 de Setembro aqui mostrada também a 'Princesinha do Sertão', e trouxe 2 empresas do interior de São Paulo. E as paulistas puderam manter seus ônibus na pintura livre.

Feira padronizou a pintura dos ônibus muito antes de Salvador (que é ali pertinho, somente 118 km separam a capital baiana da maior cidade do interior do estado). Apenas pra Copa de 2014 – que teve a Fonte Nova como uma das sedes – a capital da Bahia padronizou a pintura de seus ônibus, na modernização conhecida como 'Integra Salvador'. Pouco depois Feira despadronizou, uma pena.

E quando saiu de Curitiba ele tinha pintura laranja e numeração alfa-numérica, era o 18R37.

Aqui notamos detalhes que pertenceram a um ciclo anterior, e que agora nas linhas inter-municipais não existem mais ou estão deixando de existir:

- Repetindo, a numeração dos busos tinha letras e números, ou seja, 18R37. Não existe mais, atualmente esse 'carro' seria 18637 (dando um ex. aleatório, só pra vocês entenderem);

- A pintura é laranja, como as linhas alimentadoras municipais da capital. Mas agora as linhas inter-municipais estão sendo repintadas de bege.


Não é difícil entender o porque de tudo isso. Até 2015, a prefeitura de Curitiba gerenciava também o transporte metropolitano.

Nesse ano de 15 houve a separação, a Urbs (órgão estatal municipal curitibano) voltou a cuidar somente das linhas da capital, os trajetos que cruzam as divisas de município voltaram pra alçada da Comec (órgão análogo da esfera estadual).

E a Urbs havia decorado boa parte da frota metropolitana em imagem e semelhança da municipal. Por isso o 'R', que indicava que era articulado, deixando o busão como 18R37 ('18' é o código da empresa, antiga viação Santo Antônio, que alterou o nome pra Santo Ângelo).

Sob a égide da Comec, retornou pra apenas dígitos numéricos. Por isso disse que esse veículo do centro da imagem agora pode ser o 18637. Pode ser também o 18647, 18447, ou mesmo outra combinação. O que importa é que agora não há mais letras dentro de seu nº de identificação na frota.


https://omensageiro77.wordpress.com/2016/07/23/de-curitiba-pro-mundo/

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