Origem da imagem acima: internet (a ficha abaixo é referente a ela). As demais: Memória Gaúcha, Ônibus Brasil, Campinas de Antigamente, Buses Joyas (Chile). Créditos mantidos. Visite as fontes.
Local: | São Paulo-SP. |
Data |
2ª metade da década de 80. |
Viação: |
CMTC - Cia. Municipal de Transportes Coletivos, estatal. Já extinta. |
Carroceria: |
Caio Amélia 'padrão' (alongado). |
Motor: |
Volvo. |
Observações: |
Foto na Zona Leste. Atrás um Fusca, ainda o carro mais vendido da história da Terra (sem considerar 'malabarismos estatísticos' que colocam outros nomes com vendagem supostamente maior). |
Zona Leste de São Paulo, final dos anos 80. Saudosa viação CMTC, privatizada em 1994. Caio Amélia Volvo 'padrão' (alongado, portas largas) cumpre a icônica linha 1178-São Miguel/Correio, que liga o bairro de São Miguel Paulista ao Centro.
Grande Porto Alegre, anos 90. |
O fundo branco e na parte inferior da lataria duas faixas em azul, a mais escura por baixo.
Tão famosa que foi copiada em todas as regiões do Brasil.
De forma idêntica ou com pequenas modificações, houveram pinturas-espelho em (pelo menos):
– Campinas e na Baixada Santista, ambas no Estado de SP e portanto no Sudeste, é claro;
– Grande Porto Alegre (Sul do Brasil);
Manaus, já no século 21. |
– Manaus (região Norte);
– Caruaru-PE (no Nordeste).
Ou seja, nas 5 regiões do Brasil. Parafraseando uma propaganda “daquele tempo”:
O Trovão Azul “não é ‘Hollywood’ mas é o sucesso“. E que sucesso!!!Resumindo, nos fim dos anos 80 desaparece de sua versão original, em São Paulo.
Cubatão, Baixada Santista, anos 80. |
Só que ressurge na Grande Porto Alegre-RS nos anos 90. Novamente desaparece.
Entretanto novamente reaparece em Manaus-AM nos anos 2000 (1ª década do novo milênio), do outro lado da nação-continente.
O Trovão Azul é uma Fênix. Uma lenda, que transcende as barreiras das Leis que regem a matéria.
Além das homenagens mais distantes, tanto no tempo quanto no espaço, temos as mais próximas:
Enquanto ela ainda estava ativa na capital paulista, já haviam clones ali pertinho, em Campinas e na Baixada Santista.
Campinas, anos 80. |
Que são como todos sabem a maior cidade interior e do litoral paulista, respectivamente..
Parafraseando uma propaganda “daquele tempo”:
O Trovão Azul “não é ‘Hollywood’ mas é o sucesso“. E que sucesso!!!
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Brasília e Entorno, anos 90 |
A gestão Mário Covas (83-85) não alterou a pintura dos ônibus, nem da frota pública tampouco da particular.
A seguir Jânio Quadros (86-88) extinguiu o ‘Trovão Azul’ (mantendo o ‘Saia’ pros ônibus privados).
Porém levou um certo tempo até re-pintar toda a frota, e não é pra menos.
Eram quase 3 mil ônibus somente na CMTC, em diversos padrões de pintura, a maior parte deles estava nessa configuração.
O “Trovão Azul”, assim, existiu na capital paulista em todo os anos 80, e nos anos 90 desapareceu.
Desapareceu de São Paulo, apenas pra re-surgir em outras duas capitais do país, em lados diametralmente opostos: Manaus e na Grande Porto Alegre.
Nos anos 90 a viação Sete de Setembro de São Leopoldo adotou exatamente a mesma pintura “Trovão Azul” pra caracterizar sua frota.
Caruaru-PE. |
(Como sabem, ‘São Léo’ é um município do Vale dos Sinos, na Zona Norte metropolitana da capital gaúcha).
Veio a virada do milênio, e a Sete de Setembro achou que o ciclo estava encerrado.
Mudou a pintura pra outro padrão. O “Trovão Azul” morreu novamente.
Como um Lázaro de força dobrada, ele renasceu ainda mais uma vez, agora em Manaus, na outra ponta dessa nação-continente.
Dessa vez, numa empresa de fretamento, não de transporte urbano regular. Não importa. Ainda é um ônibus pintado praticamente igual.
Não precisa teste de DNA, basta olhar pra ver que o “Trovão Azul” paulistano é o pai do manauara.
De volta a SP, 2 velhos tróleibus. |
Perdurou toda a primeira década do milênio, de forma que pude ver com meus próprios olhos quando visitei o Amazonas, em 2010:
A
4 mil quilômetros de onde surgiu, e mais de duas décadas depois de ter
sido extinto na origem, lá estava o Trovão Azul ao vivo e a cores na
minha frente, de novo.
O que é bom definitivamente nunca tem fim. Alma Imortal é isso e não há outro. Vence o tempo e o espaço.
Agora o Trovão Azul se encerrou novamente. Até onde sei não há nenhuma empresa com essa pintura atualmente.
Por hora. Como o Sol após o anoitecer, ele está só descansando. Será?
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Confira reportagem completa:
Pois ideias são atemporais, já que são Energia. Energia nunca morre.
Mais matérias sobre São Paulo/Capital:
– NO NINHO DAS COBRAS (janeiro/16) – É o Butantã, Zona Oeste, óbvio. Nomeia o famoso ‘Instituto Butantan’, aquele que produz soros anti-ofídicos e vacinas. Dessa vez não visitei o Instituto. O foco da matéria é retratar um pouco do bairro, a Vila Gomes e Jd. Bonfiglioli,
Segura essa: no Chile também teve capelinha! |
- CAPELINHA: RIO, SP, B.H., BELÉM E POA; PLACA NO ALTO: ESTAMOS NO SUDESTE
Quem perto de 40 (escrevo em 2021) vai lembrar quem em muitas cidades antigamente os busos tinham ‘capelinhas’ – letreiro menor no teto pro nº da linha.
Mostra o Sudeste e mais Belém-PA, Porto Alegre-RS e até Brasília-DF (onde houve esse apetrecho em maior escala), além de dar um panorama global.
Falo também de um costume, nos anos 70 e 80 típico do Sudeste Brasileiro e também presente no Chile e Argentina: pôr a chapa na grade de respiração do motor, e não no espaço próprio pra isso no para-choques.
- "PIXAI POR NÓIS" - A MARGINAL TIETÊ E A DUTRA - Breve ensaio fotográfico na Marginal Tietê e comecinho da Dutra. Portanto pegando as Zonas Central e Norte – inclui algumas tomadas no subúrbio metropolitano de Guarulhos.
“Deus proverá”