terça-feira, 27 de julho de 2021

1982: Veneza da viação Campo Largo

Imagem pertencente ao portal Ônibus Brasil. Créditos mantidos. Visite as fontes.

Local:

Campo Largo, Grande Curitiba-PR.

Data

1982.

Viação:

Campo Largo.

Carroceria:

Marcopolo Veneza '2'.

Motor:

Mercedes-Benz.

Observações:

Na época o nome da viação vinha por extenso: 'Emp. Ônibus Campo Largo Ltda'.

Rodoviária no Centro de Campo Largo, Zona Oeste da Região Metropolitana de Curitiba, 1982. Pintura do começo dos anos 80, parecida alias com a pintura livre que a Viação Curitiba até a padronização dos busos municipais de Ctba., no começo dos anos 80

Não por acaso. A Viação Curitiba era então a dona da viação Campo Largo.


Hoje a Viação Campo Largo encabeça um dos maiores grupos de transporte da Grande Curitiba.

E mesmo de Santa Catarina, pois tem filiais em Itajaí, na Grande Blumenau e nas ‘cidades-gêmeas’ da divisa, 'Rio-Mafra' e ‘Porto União da Vitória’.

O conglomerado da C. Largo engloba também as Viações Tamandaré, Piedade e Antonina (nesse caso é só o nome, não opera em Antonina, no Litoral do estado).

………….

Nem sempre foi assim, entretanto: no começo dos anos 80 a Campo Largo pertencia a outra empresa, a Viação Curitiba.

Ambas tem a mesma área de atuação, a Zona Oeste da Grande Curitiba. Suas linhas partem do Centro da capital rumo a parte ocidental da metrópole.

As da Campo Largo, como o nome indica, avançam até o vizinho município de mesmo nome, enquanto que as da Curitiba são municipais.

O ponto final é em municípios distintos, mas boa parte do trajeto é o parecido, no caso da linha São Braz (que era uma das principais da empresa) quase idêntico pois ela vai pela BR-277, a conhecida "Rodovia do Café".

Nos anos 80 a Curitiba teve que vender a Campo Largo.

Essa, por sua vez, foi crescendo, comprando outras viações (na Grande Curitiba e também no interior de SC, dominou primeiro a divisa PR-SC e agora avança em Itajái e Gde. Blumenau).

Entrou pro sistema municipal de Curitiba através da Viação Tamandaré, inclusive com vários bi-articulados.

Tanto que tem uma garagem pra operar as linhas municipais. Por muitos anos localizada no bairro do Boqueirão, Zona Sul.

Agora ela utiliza as instalações da antiga viação Carmo, também compartilhada com a ‘São José Urbana’ (a sucessora da Carmo) e CCD (sucessora da Cristo Rei).

Enfim, a Campo Largo se tornou gigante. Segundo maior grupo da Grande Curitiba, só atrás dos Gullin.

Já a Curitiba foi no sentido oposto. Acumulando dívidas, primeiro vendeu a C. Largo pra se capitalizar.

Não foi suficiente. Com a licitação de 2010, a Auto Viação Curitiba deixou de existir, sendo comprada por viações maiores.

Resumindo, a Curitiba era a cabeça de um grupo. 1º vendeu a filial, operou um tempo sozinha, e depois faliu.

Já a Campo Largo começou como subsidiária de outra maior, subiu na vida, se tornou independente.

E agora ela é quem é cabeça de um grupo. O mundo dá voltas . . .

.....

PINTURA LIVRE DOS ÔNIBUS METROPOLITANOS DE CURITIBA, ANOS 80 E COMEÇO DOS 90:

- Viação ARAUCÁRIA, Zona Sul;

- Outra pintura da viação CAMPO LARGO, Zona Oeste (mais recente que a vista acima); 

- VIAÇÃO DO SUL, que opera em Itaperuçu e Rio Branco do Sul, Zona Norte;

Demais viações e municípios em breve.

Matérias sobre os ônibus metropolitanos em Curitiba:

Mais reportagens sobre o transporte coletivo em Curitiba:

Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?

Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuismas sempre voltam a ser vermelhos.



(Radiografia completa, todos os modais: Expressos, ConvencionaisIntrer-Bairros, Alimentadores, Circular-Centro, Ligeirinhos, e mesmo outros que já foram extintos.)
 

DE CURITIBA PRO MUNDO

DO MUNDO PRA CURITIBA

Mostram, respectivamente, ônibus que começaram na capital do PR e depois foram vendidos pra outras cidades do mundo; E, inversamente, bichões que primeiro rodaram em outras terras e depois vieram pra cá.

De 2015 pra cá o sistema metropolitano da capital do PR passou a ser grande importado de busões usados. Isso é domínio público. Agora segura essa bomba: flagrei um Caio Gabriela Expresso operando na Costa Rica, América Central. O letreiro diz “020-Inter-Bairros 2”, entregando que ele é oriundo daqui de Curitiba.

Outra raridade postada na mesma reportagem: já na pintura do ‘Municipalizdo’ de SP. Letreiro: “203-Sta. Cândida/C. Raso”, articulado também ex-curitibano evidente.

E, o tema dessa postagem, Ligeirinho de Curitiba em plena Nova Iorque/EUA. A linha é ‘Lower Manhattan’.

Calma, como dito foi somente por uma semana que eles rodaram lá. Uma exposição do novo sistema que estava sendo implantado aqui. Só um espetáculo teatral, resumindo.



ANTES & DEPOIS: FROTA PÚBLICA DE CURITIBA: Entre 1987 e 88, a prefeitura encomendou 88 articulados, que vieram pintados de laranja.

Usei seu trabalho como base pra fazer uma matéria em minha página, acrescentando mais fotos e informações. 

Tudo somado, os 88 busos eram nessas configurações:
– 12 Caios Amélia (11 Scania e 1 Volvo)
– 26 Marcopolos Torino (todos Volvo)
– 50 Ciferal Alvorada (idem, 100% Volvo).

Vendo pelo fabricante de motor, repetindo, foram 11 Scanias (todos eles Caio Amélia e com o eixo a frente da porta) e 77 Volvos (sendo 1 Caio Amélia, 26 Marcopolos Torino e 50 Ciferal Alvorada, todos com o eixo na posição ‘normal’, atrás da porta).

Esse é focado nos ônibus. Falo bastante da cidade de Curitiba, principalmente de um fato curioso:Azul é a cor mais comum de ônibus pelo mundo afora.
No entanto, só em 2011 a capital do Paraná foi ter busos nessa cor. A vai durar pouco. Os ‘ligeirões’ comprados a partir de 2018 voltaram a ser vermelhos.

Assim, em algum momento na década de 20, a frota azul adquirida em 2011 será substituída.

Curitiba deixará então de ter busos celestes, e então nãos os terá nem no municipal tampouco no metropolitano. Alias esse tema já nos leva a próxima matéria.

Aqui retrato a história do modal ‘Expresso’, desde sua criação em 1974Você sabe quantas cores o Expresso já teve em Curitiba?

Foram 4, começou vermelho, já tentaram fazer Expressos laranjas (dir.), cinzas (esq.) e azuismas sempre voltam a ser vermelhos.

As próximas 3 matérias retratam Colombo, na Zona Norte da Grande Curitiba.

– VIAGEM PRO PASSADO: A GARAGEM DA VIAÇÃO COLOMBO, ANOS 80 - Quando ainda era pintura livre, e a viação era grande cliente da Caio (depois ela ficou 20 anos sem adquirir Caios 0km).

Repetindo o que já foi dito acima e é notório: ficou pronto em 2006, mas ficou 3 anos fechado, só sendo inaugurado (de forma errada) em 2009.
Somente em 2016 o Roça Grande se transformou num terminal de verdade.
Com linha troncal sendo feita por articulado e linhas alimentadoras com integração de fato.
Fotografei um articulado Caio ex-BH chegando no Terminal Roça Grande vindo do Centrão de Ctba. .  Isso nos leva as duas próximas matérias.

Até 2015, a prefeitura de Curitiba controlava também boa parte do transporte metropolitano.
Então era proibido trazer ônibus usados, tinha que ser sempre 0km.
Nesse ano houve o rompimento. As linhas inter-municipais voltaram pra alçada do governo do estado.
Com isso, Curitiba passou a ser grande importadora de busões de outros estados.

Um busão do Recife foi vendido primeiro pra Aracaju-SE.
Onde operou sem repintar por conta de uma homenagem que uma viacão sergipana faz a Pernambuco.
Depois veio pra Grande Curitiba, sendo enfim repintado no padrão metropolitano.
E assim, no bege da Comec, foi deslocado pra Itajaí/SC.
Mostro vários outros exemplos que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba.
Especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de ‘carros’ curtos também.

– LINHA TURISMO: A CURITIBA QUE SAI NA T.V. - Na postagem conto a história completa desse modal.
Desde o tempo da ‘jardineira’ “Pro-Parque” e da linha “Volta ao Mundo“, que foram suas predecessoras. Passando pelo momento que a Linha Turismo ainda era feita com velhos ônibus de 1-andarA Linha Turismo não era vista com tanta importância.
Por isso os ‘carros’ que nelas serviam eram aposentados das linhas convencionais, reformados pra mudarem as janelas e os bancos. Só depois chegaram os busões 0km especialmente pra Linha Turismo; Primeiro ainda com 1 andar mesmo, e mais recentemente os famosos 2-andares.

Canal Belém na Estação PUC da Linha Verde.

2021: UFA! 14 ANOS DEPOIS, ENFIM INAUGURADA A LINHA VERDE NORTE/LESTE – Incompleta por enquanto

Curitiba não é mais a mesma. Antes a cidade inovava: Nos anos 70 e 80 criou - a nível global - o conceito de ônibus "Expresso" (corredores exclusivos, terminais de integração, etc.). Em  1992 foi aqui que começou a rodar o primeiro bi-articulado do Brasil.

Agora…quanta diferença: o corredor da ‘Linha Verde’ começou a ser construído em 2007. Só em 2021 começou a circular um Expresso no trecho Leste/Norte da linha. 14 anos e meio depois.

Antes tarde que nunca, ao menos agregou novas opções de integração, já que várias de suas estações-tubo são mini-terminais. Onde é possível baldear gratuitamente pra diversas linhas Convencionais, Alimentadores e Inter-Bairros. A esquerda acima o Convencional Canal Belém integrando gratuitamente na Estação PUC (ao fundo o Circo Vostock, que está fixo no local há alguns anos).

Linhas do Terminal Roça Grande, Colombo.

- TATUQUARA, ZONA SUL: O TERMINAL QUE NÃO É TERMINAL -
(atualizado em maio de 2021, quando da inauguração do mesmo)

Não é terminal porque foi planejado errado, não tem linhas troncais (Ligeirinho nem Expresso) tampouco Alimentadores próprios. Não agregou novas opções de integração. Resultado? Está vazio, grosseiramente sub-utilizado, pois não é útil aos moradores da região.

Exatamente como aconteceu antes na Zona Norte, em Colombo. Refrescando a memória, o Terminal Roça Grande ficou pronto em 2006, mas só foi inaugurado - de forma erra em 2009. E somente em 2016 se tornou um terminal de verdade, com linhas troncais feitas por articulados ee alimentadores próprios. Faça as contas, 10 anos pra corrigir. Espero que no Tatuquara o ajuste leve menos que uma década. Bem menos.

Falo também da grande invasão que ocorreu no Tatuquara em 2020 - antes da eleição como é tradição em Curitiba - próximo a Vila Zanon. Situação tensa na Zona Sul.

Reportagens sobre a Zona Oeste de Curitiba:

Expresso do Ocidente: Caiuá e imediações – CIC, S. Miguel e Augusta (junho de 2019).

Em 2015 houveram 3 invasões-gêmeas na divisa entre o CIC e o São Miguel. Estive lá pra documentar. 

Em maio de 19 retornei novamente munido de câmera pra acompanharmos como está a situação (ao lado).

A região ganhou notoriedade nacional quando em dezembro de 18.

Na ocasião um incêndio criminoso destruiu 300 casas na favela, como vocês devem ter visto na mídia.

Parques & Favelas: o Rio Barigüi (outubro de 2017, parte do material publicado em 2014 e 2011):

Radiografia completa desse rio na cidade. A nascente é na Z/N, e a foz na Z/S.

Ainda assim, o Barigüi É Z/O, é o Rio-Arquétipo da parte ocidental da cidade, por isso fica nessa página.

Acima o Parque Barigüi, com o lago represado do Rio.

Ao lado Rio Barigüi próximo a foz. A esq. Araucária, direita Ctba. (aqui é na Z/S, mas como a matéria está ancorada nesse portal da Z/O segue assim).

A "Cidade Oculta" (setembro de 17): o Santo Inácio é dos bairros menos conhecidos de Curitiba, daí o título.

Um lugar que ainda abriga casas simples sem muro, em terrenos enormes (dir.).

Como toda periferia de Curitiba foi até o começo dos anos 90 mas não mais a muito.

Creio que a melhor referência é dizer que o Parque Barigui (abaixo, aparece até uma capivara na margem do lago.) fica – parcialmente – no Santo Inácio.

“Passando no Arco-Íris”: Dom Augusto virou Augusta (julho de 16):

Lamenha Lins (veja logo abaixo) criou a Colônia Augusto, homenagem ao neto de Dom Pedro.

Sabe-se lá porque depois resolveram pôr o nome no feminino Augusta.

Nesse bairro está o pôr-do-sol mais bonito de Curitiba, no Parque Passaúna (foto logo abaixo).

 – O Sol se põe no Oeste: Mercês, Bigorrilho (na foto abaixo onde aparece o bi-articulado: Super-Clássico – o ‘Grand Canyon de Prédios’ da Padre Anchieta), Campina do Siqueira e Mossunguê num belo fim-de-tarde de outono (mais fotos no topo da página, março de 2014).

Vamos pro Oeste: Felicidade é isso !!!” – O encontro do Casal Santo da Z/O, Santa Felicidade e seu vizinho Santo Inácio (maio de 2014).

Parte do S. Inácio. Outra parte registrei na mensagem já ligada acima.

- "E Lamenha Lins Criou a Z/O" - (agosto de 2010): a povoação da porção ocidental da metrópole começou com a criação de diversas colônias agrícolas, em 1876 (na foto em preto-&-branco).

Por ordem desse pernambucano que foi governador do Paraná (e do Piauí também, anteriormente).

Uma Cidade Chamada Industrial. A região das Vilas Conquista e Sabará, e um breve relance na V. Barigüi (julho de 15).

Abordo na mesma mensagem uma onda de invasões no vizinho bairro do São Miguel.

 – "Bem perto do Céu" (março de 2015).

 Apertem os cintos, vamos subir pro“Teto da Cidade”, a Vista Alegre

No mesmo ensaio está o vizinho Pilarzinho, que já fica na Zona Norte.

Nessa matéria está mostrado o entorno do Alto Rio Barigüi, perto da nascente.

Eu sei que o idioma português já aboliu as tremas, aqui vai de retrô a grafia antiga.

Barcos e Prostíbulos’: A origem dos nomes do Batel e Bigorrilho.

Os 2 bairros vizinhos que juntos formam o coração da parte mais rica da cidade (julho de 2010). 

Entre as Zonas Central e Oeste.

"Deus proverá"

terça-feira, 20 de julho de 2021

Articulado Via-Livre no Recife, a "Veneza Brasileira"

 ACESSE A "ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO"

Autoria própria. Imagem de livre circulação, desde que os créditos sejam mantidos.

Local:

Recife-PE.

Viação:

???

Data:

Novembro de 2020

Carroceria:

Marcopolo Torino "6" articulado.

Motor:

???

Observação:

'Torino 6' oficialmente é o Torino '2014.

Centro do Recife, novembro de 2020. A capital pernambucana é conhecida por 'Veneza Brasileira', por suas muitas pontes e canais.

Numa dessas pontes no Centro vemos o articulado do sistema Via-Livre, que é parte do SEI - Sistema Estrutural Integrado - mas tem sua própria pintura. 

Os bichões rodam por canaletas exclusivas (daí o nome Via-Livre) e param em modernas estações elevadas de embarque pré-pago. Como nota eles contam com ar-condicionado.

Nos terminais há a integração gratuita com o metrô e ônibus alimentadores.

O SEI e a nova padronização 'Grande Recife' garantem a integração não apenas municipal mas também metropolitana. 

Poucas capitais no Brasil têm integração do sistema municipal com o metropolitano de forma ampla, pagando apenas uma tarifa pra usar mais de uma condução. Alguns exemplos notórios, além do Recife, são Curitiba, Vitória-ES, Goiânia e agora com o metrô também em Salvador-BA. 

Como ponto negativo, tenho que colocar que algumas linhas do Via-Livre foram construídas mas nunca implantadas. Estão prontas mas abandonadas, sem uso, sendo saqueadas por ladrões que levam tudo que pode ser carregado.

Estive no Recife em novembro de 2020. Fui a Camaragibe (na Zona Oeste metropolitana) de metrô, retornei ao Centro num articulado do Via-Livre.

Em compensação vi que o ramal do Via-Livre pra Olinda (na Zona Norte, também região metropolitana evidente) está pronto mas nunca foi usado.

Originalmente o Via-Livre foi projetado pra ser operado por bi-articulados. E se isso se materializasse o Recife seria a 7ª cidade brasileira, e a 1ª do Nordeste, a contar com esse modelo de 2 sanfonas (Curitiba foi a 1ª no Brasil, a seguir vieram São Paulo/Capital, Campinas-SP, Goiânia-GO, Manaus-AM e o Rio de Janeiro).

Não aconteceu. Os bi-articulados não operaram no Recife, e até o momento em parte alguma do Nordeste, a única região do Brasil que nunca contou com eles - o Rio e Manaus deixaram de contar com esse modal; em compensação um bi-articulado ex-RJ foi pra Rio Branco-AC. Assim o Norte continua tendo bi-articulados, assim como o Sudeste [SP e Campinas], Sul [Ctba.] e Centro-Oeste [Goiânia].

Paciência. As linhas troncais são feitas por articulados, o que já está muito bom - os ramais menores, de menor movimento e que se sobrepõe a linhas mais movimentadas mais recentemente passaram a ser operados por veículos 'tocos' (não-articulados), mas que de resto são do mesmo padrão 'Via-Livre', também contam com ar-condicionado, embarque elevado e pré-pago e identidade visual própria.

SÉRIE SOBRE O RECIFE:

O apelido, evidente, se deve as muitas pontes e canais do Centro. Também chamada Amsterdã Sul-Americana, pelo mesmo motivo. Falo de vários aspectos sobre a cidade: o nome, a geografia, a pichação nos muros, e muitos outros.

 
("Choque Cultural": um curitibano no Recife - poucas cidades no mundo são tão diferentes quanto as capitais do PR e PE. Curitiba é fria, o Recife é quente, sangue-quente.
 
 
 
Confira matéria completa sobre o transporte no Recife, atualizada com centenas de fotos, o texto também foi completamente reformulado.

Outras postagens relacionadas ao tema:
 
B. Teimosa e prédios de Pina e B. Viagem
- UMA ‘BOA VIAGEM’: DE BRASÍLIA “TEIMOSA” A BRASÍLIA “FORMOSA”
 (Além de desenhos do Recife, mostro Brasília Teimosa, antiga favela próxima a Boa Viagem, que até 2003 tinha palafitas dentro do mar; agora foi urbanizada e virou um bairro normal)

- TRANSGENIA BUSÓFILA (E AUTOMOTIVA EM GERAL) Dezenas de curiosidades como essa, veículos - de todos os modais - adaptados prum uso distinto do planejado originalmente;
 

Eis a série completa sobre a Bahia, que conheci na mesma viagem:

2 LINHAS DE METRÔ, SISTEMA DE ÔNIBUS RENOVADO, ELEVADORES, E BREVE VLT, CORREDORES E ARTICULADOS: O TRANSPORTE EM SALVADOR – Todos os modais, dos anos 70 até hoje e os planos pro futuro:

Padronização Integra Salvador, o metrô que foi inaugurado em 2014 e já tem 2 linhas, o trem suburbano que operou por 160 anos, o futuro VLT que entrará em seu lugar;

“O “Brancão” do começo desse novo milênio (um pouco mais pro alto na página, acima da foto da estação do metrô), quando quase todas as viações adotaram uma “padronização informal” embranquecendo a frota – mas nem todas, a BTU foi uma das que resistiu;

O tróleibus que existiu nos anos 60, a viação estatal Transur, as primeiras tentativas de padronização (‘Grande Circular’ e TMS), os articulados – que acabaram mas logo voltarão com o BRT, os elevadores que conectam a Cidade Baixa a Cidade Alta.

- ONDE TUDO COMEÇOU: SALVADOR DA BAHIA (Salvador é o sol: com 80 km de praias, o sol nasce e se põe dentro do mar)

Publicado em 22 de Abril de 2021 – aniversário de 521 anos do ‘Descobrimento’ do Brasil, que ocorreu na Bahia. A direita vemos a cena: em 1500 Portugal “descobre” o Brasil, chegando pela Bahia (quadro do museu Palácio da Sé, no Pelourinho-Salvador).

Salvador é peculiar, por muitos motivos: é uma cidade muito antiga, foi a primeira e por enquanto mais longeva capital do Brasil.

Salvador foi fundada em 1549 (5 anos antes de São Paulo e 16 antes do Rio de Janeiro), quase meio século depois do “descobrimento”, pra ser a sede da administração portuguesa no então nascente Brasil

"Descobrimento" entre aspas, pois aqui já moravam homens antes da chegada das caravelas, portanto já estava descoberto - esse adendo não significa a negação da contribuição lusa e europeia em geral na formação de nossa pátria.

A esq. o 1° bispo do Brasil, instalado em Salvador. Nota: eu não sou católico. Apenas em seus primeiros tempos a história de nosso país esteve muito atrelada a Igreja.

Com 80% de sua população afro-descendente, é a metrópole mais negra do Brasil – e uma das mais negras do mundo fora da África.

Espremida entre a Baía de Todos os Santos e o Oceano Atlântico, tem 80 km de praias. Seu litoral é maior que o do estado do Piauí.

Com uma orla com essa grande extensão e bastante recortada, o Sol nasce e se põe no mar:

Situação creio que única no mundo, ao menos entre as cidades dessa porte.

Salvador é uma península (tem a forma de um dedo, se quiser visualizar assim).

Isso faz dela uma cidade muito densa, com pouca área verde e muita verticalização, inclusive nas áreas mais humildes.

Some-se a isso uma grande desigualdade social, que também ocorre nas outras metrópoles do Brasil e do mundo. Resultando que há favelas em quase todos os bairros, mesmo na Zona Central e nas partes mais abastadas da Orla.

Como as favelas são em morros e com muitos prédios artesanais, em que as lajes vão sendo enchidas e os andares vão subindo sem muita fiscalização, a imagem é bastante impressionante. Andar pela capital baiana, mesmo perto do Centro e das praias, é parecido com andar na periferia de São Paulo. O subúrbio soteropolitano (o gentílico da cidade se alguém não sabe) é bastante denso e verticalizado, repetindo.

Mais parecido com os subúrbios do Sudeste que com os das outras capitais nordestinas.

Salvador é a ligação entre o Sudeste e o Nordeste em termos Espirituais, assim como Curitiba é a ligação entre Sudeste e Sul.

BEM-VINDO A SALVADOR“: favela em morro ao lado de prédios de padrão mais elevado; eis uma das 1ªs imagens que vi da cidade, ainda dentro do moderníssimo metrô que me levou do aeroporto ao Centro.

……

É BOM PASSAR UMA TARDE EM ITAPUÃ: É DIA DE DOMINGO EM SÃO SALVADOR (publicado em novembro de 2021)

Comecei meu último dia no Nordeste na Barra, que é o único lugar de Salvador que os brancos são maioria na rua. Portanto uma região de elite.

E, como diz a música, fui “passar a tarde em Itapuã” – uma praia da periferia (esq.), onde exatamente ao inverso 95% das pessoas eram negras ou mulatas.

A trilha sonora só poderia ser o ‘pancadão’ do ‘funk’. Daquele jeito.

Falo do renascimento do Salvador pros turistas: uma cidade acolhedora, limpa e segura.

Por outro lado, as ofertas dos guias e vendedores no Pelourinho extrapola pra insistência desrespeitosa e mesmo pra uma extorsão velada.

Abordo também da pichação em muros, que tem ‘alfabeto’ e regras próprias. Ao lado um exemplo desse estilo inconfundível (no destaque bicicletas que um banco disponibiliza pra aluguel em Ondina).

Além de vários aspectos soteropolitanos: da origem desse gentílico, que remonta ao grego;  até o gosto pelo churrasco, compartilhado com o Sul do Brasil.

SOTEROPOLITANO –  Publicado em janeiro de 2017, antes de eu ter ido pessoalmente, portanto:

PUXADINHO NO PRÉDIO, GENTE NAS CAÇAMBAS, GARAGENS NA VIA PÚBLICA:

SALVADOR TAMBÉM É AMÉRICA! E COMO É!!!

Em algumas fotos puxadas do ‘Google Mapas’, mostramos cenas da periferia da cidade.

Ao lado “puxadinho no prédio“:  há um edifício, legalmente construído, com alvará e tudo.

E aí sem alvará alguém sobe mais um andar por conta.

Orla de Salvador.

Essa é no bairro de Perambués, mas é situação comum por todo subúrbio soteropolitano.

Flagrei também pessoas viajando sem proteção nas carrocerias de caminhões.

Calçadas das vias públicas que foram transformadas em estacionamentos pros prédios em frente, e por aí vai.

América Latina, né? Fazer o que?

 
Segue a série sobre a vizinha Paraíba, que visitei em 2013. 

 TERRAS DO TRIBUS URBANO: a Paraíba, ao lado dos vizinhos Pernambuco, Rio Grande do Norte e até Sergipe, e mais São Paulo, concentram os ônibus trucados (com 3º eixo) no Brasil.
Tribus na padronização SEI/Recife.


ONDE O SOL NASCE: JOÃO PESSOA (a capital paraibana é a cidade mais oriental de toda América, portanto a que todos os dias recebe seu primeiro raio de Sol; nessa matéria falo um pouco do transporte coletivo também);

 ATÉ BAYEUX TEM "METRÔ": minha ida de trem ao subúrbio da Zona Oeste da Grande J.P. (Bayeux e Santa Rita) de trem. A tarifa é simbólica, R$ 0,50 (valor de 2013)Falamos rapidamente também do futebol na Paraíba, afinal 2013 foi justamente mais glorioso da história, quando esse estado levou seus dois maiores títulos, a série D do Nacional e a Copa do Nordeste.

praia-da-ponta-seixas-e-manaira-j-pessoa
P. Seixas, J. Pessoa: ponto mais orental da América.

Contamos um pouco da história do estado, os 5 nomes que J. Pessoa já teve. No embalo mostramos 2 bandeiras anteriores paraibanas, até ela chegar a atual. Ah, é a “Cidade de Maurício” é justamente o Recife.

– JOÃO PESSOA É UMA MÃE, assim definiu o taxista (recifense de nascimento e criação) que me levou do aeroporto. Um pouco do clima, vegetação, e muitas fotos da periferia.

"Deus proverá"