domingo, 26 de janeiro de 2020

a Cidade de Floriano não está mais Desterrada

https://omensageiro77.wordpress.com/2015/09/29/a-cidade-de-floriano-nao-esta-mais-desterrada/


Autoria própria. Imagem de livre circulação, desde que os créditos sejam mantidos.
Local: 
Florianópolis-SC. 
Data:
06/15.
Viação:
??? 
Carroceria:
Marcopolo Viale.
Motor:
???
Observação  
Foto tomada no Centro. 

Florianópolis, junho de 2015. Marcopolo Viale cumpre linha pro Morro da Cruz. Pintado na nova padronização que foi instituída em 2014. Toda a frota da cidade, todas as linhas de todas as empresas portanto, usam essa pintura única. 

Alias a viação não vem grafada no veículo. Dessa forma, só de olhar a imagem não sabemos de que empresa é.

Pra quem não conhece geografia da região, Fpolis. é formada por uma parte continental e pela Ilha de Santa Catarina. 


No meio da Ilha está o Maciço do Antão, uma cadeia de montanhas onde fica o Morro da Cruz. No pico dele ficam as torres de TV e rádio. Boa parte das encostas está favelizada.

Portanto é um buso 'Sobe-Morro', serve as 'comunidades' que ficam em suas ladeiras. No passado, esse tipo de linha que atendiam essas partes mais humildes da cidade eram mais baratas, tinham uma 'tarifa social'. Não sei se essa política ainda está em vigor.

Seja como for, o dia glorioso afinal chegou, acabando com duas décadas de espera martirizante: Florianópolis enfim re-padronizou a pintura de seus ônibus.

Constatei pela internet em maio de 2014, e confirmei ‘in loco’ um ano depois, em junho de 15. A partir de agora os veículos da capital catarinense terão que ser pintados todos iguais, azuis e brancos.

Florianópolis era a única capital brasileira em que havia ocorrido uma des-padronização na pintura dos ônibus.

Ou seja, o único lugar em que um dia houve a obrigação das viações adornarem seus veículos no modo determinado pelo poder público (e não ao bel-prazer) e no entanto esse ganho fundamental pra cidadania havia sido revertido. 

A única cidade que padronizou mas depois despadronizou. Corrigindo esse erro histórico, agora re-padronizou. E olhe que Floripa começou bem. Como já escrevi muitas vezes:


Nessa época, no finzinho de seu regime os militares investiram maciçamente em transporte urbano. Padronizando a pintura nas cidades de Brasília-DFGoiânia, São Paulo/Capital, Campinas-SPBelo Horizonte, Florianópolis,  Curitiba e Porto Alegre-RS, entre outras.

Alias Brasília, Campinas, Florianópolis e Porto Alegre adotaram a mesma pintura: fundo branco com uma faixa horizontal que tinha a cor definida conforme a parte da cidade que aquela linha servisse.

Mas, independente de qual padronização foi adotada, apenas em 3 capitais, Goiânia, Floripa e BH, o benefício abarcou tanto os ônibus municipais quanto os que servem a Região Metropolitana, repetindo.

Vieram os anos 90, e as cidades entenderam que a padronização é inevitável, pois é infinitamente melhor pro usuário. Assim, novas capitais também adotaram a pintura única.

Como exemplo Fortaleza-CE, Belém-PA,  São Luiz-MA (da pintura dos ônibus dessas 3 eu falo melhor nessa mensageme nessa outra radiografia completa de Fortaleza, incluindo ônibus, metrô, trem de subúrbio e VLT), Campo Grande-MS, Recife-PEVitória-ES, Maceió-AL. Em alguns casos incluindo também os veículos metropolitanos. 

Curitiba, logo no começo da década de 90, fez o que Floripa, BH e Goiânia já haviam feito, também padronizou seus metropolitanos (veja como eles eram na pintura livre), no que foi seguida por São Paulo, Porto Alegre, etc.

Porém, na mesma época (meio dos anos 90), Florianópolis regrediu: voltou a ter pintura livre. Foi um caso inédito, e indescritivelmente triste de reversão de cidadania, do interesse público abertamente se dobrar ao grande capital.

E agora a pintura foi repadronizada em Floripa. A Cidade-Desterro foi re-incorporada, no tempo e no espaço. Agora seguirá o modelo brasileiro de padronização e modernização da frota de ônibus.

Como sabe, a atual Florianópolis se chamava ‘Desterro’, porque a ilha era uma espécie de prisão onde eram exilados os 'inimigos do rei', no caso brasileiro do imperador. 

Por duas décadas (1994-2014) teve novamente pintura livre. Quando até mesmo o Rio de Janeiro e Manaus já haviam padronizado

(Digo, o Rio de fato padronizou a pintura na primeira metade da década de 10, mas na segunda metade da mesma década boa parte da frota foi despadronizada com a desculpa que os "ônibus com ar-condicionado não precisam ter pintura padronizada".

Dialética que só existe no Rio, em todas as outras cidades os veículos com ar seguem a padronização. Assim, se Florianópolis havia sido a primeira capital a despadronizar a pintura, o Rio foi a segunda.)

De qual quer forma, em SC não mais. Florianópolis não está mais “desterrada”, foi re-incorporada, no tempo e no espaço. Deixou de ser a ‘ovelha negra’. Os ônibus agora são azuis e brancos. Todos eles.

Matéria levantada pra rede diretamente da Grande Florianópolis (bairro Forquilhas, São José, Continente, Região Metropolitana).

Reportagens sobre o tema, começamos pela capital Floripa:
  • (Radiografia completa do transporte 'manezinho', com dezenas de fotos: da pintura livre a padronizada, a volta a pintura livre, ao novo retorno a padronização)

     

    Sobre Joinville, maior cidade do interior:

     - O TRANSPORTE JOINVILLENSE - DOS MONOBLOCOS E AMÉLIAS A ERA 100% BUSSCAR, A ERA PÓS-BUSSCAR

    Em azul e branco de costas Thamco da Transtusa na pintura livre em Joinville anos 80 (fonte da foto: portal SFS Ônibus).

    Até que em 1987 a Busscar - ainda chamada Nielson' - começa a produzir veículos urbanos. 

    Por duas décadas, a frota joinvillense foi 100% Busscar, valorizando a marca ‘da casa’. 

    Todo amarelo, o articulado Busscar na pintura padronizada sai do Terminal (prov. o Central) em Jvlle.  .

    Como todos sabem, a Busscar foi um símbolo da indústria de Joinville, de Stª Catarina e do Brasil

    Só que com a falência, as viações da cidade precisaram encontrar outras alternativas.

    .............

    Agora os textos sobre as cidades de forma geral, abordando além dos ônibus: 

    - BLUMENAU, A "ALEMANHA BRASILEIRA:

    A cidade mais alemã do Brasil (certamente entre as grandes e médias, que têm mais de 300 mil habitantes).

    Acima: casas em ‘enxaimel (modelo de construção típico alemão) na Beira-Rio: isso é Blumenau.

    Agora, toda moeda tem duas faces. O lado menos conhecido de Blumenau é que de seus 300 e poucos mil moradores cerca de 60 mil vivem em ocupações irregulares nos morros.

    Ao lado o morro da Rua Araranguá, no bairro Garcia próximo ao Centro: isso também é Blumenau.

  • ILHA DA MAGIA - E CONTINENTE TAMBÉM: GRANDE FLORIANÓPOLIS, SC 

    Relato geral sobre a cidade, abordando não apenas o transporte, mas falamos também sobre isso, da volta do livre pro padronizado, cliquei várias cenas mostrando a transição.

     

    - “¡ BAMOS A LA PLAYA !” - CANASVIEIRAS E BEIRA-MAR NORTE, FLORIANÓPOLIS

    Voltamos a capital. A matéria principal sobre Fpolis., chamada 'Ilha da Magia', havia sido feita no inverno, em junho de 2015.

    Estava frio e não teve então jeito de ir ao mar

    Como era de se esperar pela época do ano.

    Um ano e meio depois, voltei a Floripa em pleno verão. Estava quente, bem quente.

    Vi uma Praia de Canasvieiras lotada, tanto de brasileiros quanto de argentinos, uruguaios e paraguaios

    Na foto acima note o camelô com a bandeira da Pátria Amada e do Uruguai no mesmo mastro - havia atambém a da Argentina, que não apareceu.

- JOINVILLE, TERRA AMADA & QUERIDA - Não é “a maior cidade de SC”, como muitos dizem. 

A Grande Florianópolis é quem ocupa esse posto, dizendo mais uma vez.

Ainda assim, Joinville é a maior cidade do interior, município mais populoso de todo estado, seu pulmão industrial. Por isso o maior PIB catarinense – o dobro da capital Fpolis.!

Seu cartão-postal mais famoso está logo na entrada da cidade, é obviamente o portal visto acima.
 

 ''MAR A VISTA'': O LITORAL NORTE DE SC: Bombinhas e Barra Velha

Publicado em setembro de 2016, com o material sobre Bombinhas. Atualizado em novembro de 2017, mostrando Barra Velha.

Ainda na estrada já vemos as famosas baleias, num hotel na BR-101 em Barra Velha.

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Paraná e Santa Catarina dividem duas “cidades-gêmeas“:  

Em ambos os casos um município em cada estado, mas formando uma única cidade. 

Se preferir uma região metropolitana bi-estadual. Daí o título das matérias:

- ''RIO-MAFRA'': 1 CIDADE, 2 ESTADOS (Paraná/S. Catarina) - Rio Negro/PR + Mafra/SC

Na foto acima vemos a placa da auto-escola 'Rio-Mafra':
Esse anúncio no Centro de Mafra mostra como a cidade é conhecida. E ao lado a ponte velha que liga Mafra e Rio Negro.
 

Publicado originalmente apenas com um desenho em dezembro de 2014.

Em julho de 2018 reformulado pra se tornar uma reportagem sobre a cidade.

Ao contrário de Rio-Mafra, em “Porto União da Vitória” não é o rio quem divide os municípios (e os estados).

Assim você pode pisar em SC e PR – simultaneamente (esq.).



"Deus proverá"