terça-feira, 25 de outubro de 2022

Alfa articulado no primeiro corredor com embarque em nível do Brasil

 



Origem das imagens: internet. Créditos mantidos.

Local:

São Paulo-SP.

Data:

1ª década do século 21..

Viação:

Santa Brígida.

Carroceria:

Caio Alfa.

Motor:

??? (prov. Mercedes-Benz).

Observações:

Sim, eu sei. O nome original do modelo é 'Alpha', com 'ph'. Eu aportugueso tudo.

São Paulo, início do novo milênio. Caio Alfa articulado da Santa Brígida usando a primeira pintura da padronização 'Inter-Ligado' no corredor Inajar-Rio Branco, que liga o Centro a 2 terminais da Zona Norte (Casa Verde e V. N. Cachoeirinha).

Primeiro corredor com embarque em nível do Brasil.

Nota que o bichão tem portas elevadas a esquerda. É que ele utiliza, como dito acima, o Corredor Inajar-Rio Branco.

Esse foi o primeiro do Brasil a contar com embarque em nível, em abril de 1991 (a inauguração oficial foi em julho do mesmo ano).

Aqui e a seguir o mesmo busão, o 5150 da CMTC.

Acima em imagem de 2010 (via 'Visão de Rua do Google Mapas'). 

As plataformas elevadas já não eram mais utilizadas, mas ainda estavam presentes. 

Em 2014 foram retiradas (abaixo falo mais disso).

Portas elevadas a esq. e normais a dir., pra ser usado nesse corredor.

Nas 2 imagens a esquerda o mesmo veículo 0km, em 1991 ou 92, na 1ª fase da pintura 'Municipalizado':

Toda frota branca com faixa vermelha, sem diferenciação por categoria de linha nem por região. Não há a letra 'M'. 

Voltando a falar do corredor, ele sai do Centro pela Av. Rio Branco como o nome indica, e na Barra Funda usa a Av. Marquês de São Vicente. 

Terminais atendidos pelo corredor: 9500-Term. Cachoeirinha.

Na Ponte da Freguesia do Ó o corredor cruza a Marginal Tietê.

Entra na Zona Norte, dali segue pela Av. Inajar de Souza até o Terminal Vila Nova Cachoeirinha

9301-Term. Casa Verde; ambas as fotos dos anos 90.

(O ramal que vai pro Terminal Casa Verde cruza a Marginal um pouco antes, na Ponte do Limão.)

 A direita outros dois bichões da mesma leva Torino '2' Scania em linhas-tronco do corredor: 9500-Term. Cachoeirinha e 9301-Term. Casa Verde.

Essas fotos são de (prov.) 1994, pouco antes da privatização da CMTC, sua frota já estava dividida por lotes pra ser vendida, esses são do lote '52'.

Estão na 2ª fase da pintura 'Municipalizado', há a letra 'M', cuja cor (repetida em faixas menores a frente e no fundo) indicam a região, marrom era Zona Norte.

Esse corredor Inajar/Rio Branco chegou a receber tróleibus, pois a linha 9300-Term. Casa Verde teve esses ônibus elétricos até 2003, quando os tróleibus foram retirados das Zonas Norte e Oeste, e da maior parte da Sul (só foram mantidos na Zona Leste e no Ipiranga, que é Z/S mas divisa com a Z/L).

Boqueirão/Centro Cívico, também inaugurado em abril de 91.
Abril de 1991 marcou a inauguração dos dois primeiros modais com embarque elevado no Brasil:

No mesmo mês Curitiba passou a contar com sua primeira linha de Ligeirinho, que liga o Boqueirão (Zona Sul) ao Centro Cívico (Zona Centra), passando pelo Centro (ao lado em 1992, com poucos meses da novidade - a numeração ainda era só com números, sem letras).

Então, sim, Curitiba e São Paulo inauguraram juntas suas primeiras linhas com embarque elevado, não apenas no mesmo ano como mesmo mês, abril de 91 não custa frisar mais ma vez.

1992: Ctba. com corredor de embarque em nível.

Entretanto não restam dúvidas que SP teve primeiro um corredor com embarque elevado. Já que a linha Boqueirão/Centro Cívico não tem pistas exclusivas, divide com os carros particulares as ruas (exceto atualmente o trecho da Av. Mal. Floriano, mas até essa inovação é recente). 

Em 1992 Curitiba inaugurou o bi-articulado Boqueirão, o primeiro bi-articulado do Brasil. (a esq.) Aí sim a capital do PR passou a contar, simultaneamente, com corredores e embarque em nível - um ano depois da capital paulista (detalhe: nas 6 fotos acima é o mesmo modelo, Torino '2' da Marcopolo; apenas os de Curitiba são Volvo e os paulistanos Scania).

O mundo dá voltas, não? Nos anos 90 e começo do novo milênio SP tinha ônibus com portas em nível do solo a direita e elevadas a esquerda. 

Em SP não é mais necessária a plataforma elevada.

Não mais. Não é mais necessário. Os busões que fazem as linhas-tronco dos corredores paulistanos  têm piso baixo (seja total, o 'PBT', ou ao menos parcial).

Portanto têm acessibilidade plena as pessoas de mobilidade reduzida, dispensando as plataformas.  Veja a esquerda como funciona. Hoje os ônibus paulistanos têm portas dos dois lados, mas em ambos a nível do chão. 

O Corredor Inajar/Rio Branco foi inaugurado em 1991 com plataformas elevadas, repetindo. E elas foram usadas nos anos 90 e começo do século 21. Mas ainda na primeira década do novo século abandonadas. Permaneciam lá, mas sem uso. Em 2014, em nova reforma, foram enfim eliminadas.

Em compensação, atualmente é comum em Curitiba é comum essa configuração de embarque elevado a esquerda e baixo a direita. Principalmente nos metropolitanos, mas existe também no municipal (alguns Ligeirinhos e os que integram na Estação Fagundes Varela da Linha Verde, o Colina Verde e Hugo Lange).

......... 

Falando de novo da imagem maior sob a manchete, o busão está na cor verde-claroportanto faixa 1 (Zona Norte) da padronização 'Inter-ligado', vigente desde 2003 a atualidade (atualizo em 2022). As outras faixas são:

Mapa do Inter-Ligado.

Matérias sobre São Paulo/Capital:

SP:A REVOLUÇÃO NO TRANSPORTE - Evidente que as coisas estão longe de serem perfeitas. Mas comparando ao que era até os anos 90 o transporte público em SP melhorou muito. Somando as redes de metrô e trem suburbano - e precisa somar, pois você acessa ambas pagando uma só passagem - a rede sobre trilhos na Grande SP já iguala o metrô de Nova Iorque/EUA. Os ônibus paulistanos igualmente mudaram da água pro vinho, mesmo que ainda haja espaço pra melhorar bem mais. 
Ônibus-Zepelim em Belém do Pará.
 
Reformei a postagem, mostrando diversos exemplos de manifestações que se encerraram apenas pra retornarem décadas depois: o restaurante dentro do avião, o táxi-Fusca, pinturas-protóptipo e as janelinhas ovais sobre a porta da Caio, até o famoso Zepelim entrou na história.

Pois ideias são atemporais, já que são Energia. Energia nunca morre.

NO NINHO DAS COBRAS (janeiro/16) – É o Butantã, Zona Oeste, óbvio. Nomeia o famoso ‘Instituto Butantan’, aquele que produz soros anti-ofídicos e vacinas. Dessa vez não visitei o Instituto. O foco da matéria é retratar um pouco do bairro, a Vila Gomes e Jd. Bonfiglioli,

 
Segura essa: no Chile também teve capelinha!

- CAPELINHA: RIO, SP, B.H., BELÉM E POA; PLACA NO ALTO: ESTAMOS NO SUDESTE

Quem tem perto de 40 (escrevo em 2021) vai lembrar quem em muitas cidades antigamente os busos tinham ‘capelinhas’ – letreiro menor no teto pro nº da linha.

Mostra o Sudeste e mais Belém-PA, Porto Alegre-RS e até Brasília-DF (onde houve esse apetrecho em maior escala), além de dar um panorama global.

Falo também de um costume, nos anos 70 e 80 típico do Sudeste Brasileiro e também presente no Chile e Argentina: pôr a chapa na grade de respiração do motor, e não no espaço próprio pra isso no para-choques.

  

- 'SAIA-&-BLUSA': OS ÔNIBUS PAULISTANOS (1978-1991): Essa focando mais especificamente nos ônibus como o nome indica, abordando a pintura livre (até 1978) e as padronizações 'Saia-&-Blusa' (78-92, como dito), 'Municipalizado' (1992-2003) e 'Inter-Ligado' (2003-presente)

Ao lado um antigo Caio Bela Vista da  Bola Branca de 'saia' vermelha e 'blusa' bege

 “A CIDADE CINZA” – fotografando a Zona Leste (fevereiro/18). Na verdade o foco se restringe a Vila Carrão e imediações. Mas não deixa de ser a primeira matéria na Z/L.

 
ponte - pichacao
SP: a "Selva de Pedra".
Matéria-portal sobre SP, onde estão ancoradas as outras reportagens que já fiz sobre a cidade. Retratei partes das Zonas Central (o Centrão mesmo e o vizinho Bom Retiro) e Sul (Brooklin e Planalto Paulista). Na Zona Sul dois bairros de classe média-alta – dessa vez, não fui a periferia.
 
Falo um pouco da modernização do transporte igualmente.


- "PIXAI POR NÓIS" - A MARGINAL TIETÊ E A DUTRA - Breve ensaio fotográfico na Marginal Tietê (ao lado) e comecinho da Dutra. Portanto pegando as Zonas Central e Norte – inclui algumas tomadas no subúrbio metropolitano de Guarulhos.
 


O melhor e o pior do Brasil, a poucas quadras de distância um do outro. O Centrão, que está com muitos moradores de rua e diversos outros problemas típicos de uma metrópole desse porte;

E ali do ladinho a “Cidade Verde”, os Jardins, a Paulista, Higienópolis, e o começo das Zonas Oeste e Sul, região que ao lado da Orla do Rio é onde mais concentra elite e alta burguesia no Brasil.

Mais reportagens sobre transporte:

- TABELA TROCADA

Dezenas de exemplos de busões operando em linhas ou mesmo cidades distintas do que sua pintura indica. 
 
Acima Busscar com pintura do metropolitano de B. Horizonte/MG operando em Barreiras/BA.
 

Seja emprestados em testes ou quando foram vendidos e o novo dono simplesmente não repintou.

Também aparecerão ônibus com ‘tabela trocada’ dentro da mesma cidade.

Por exemplo esse Expresso “Frota Pública” de Curitiba operando como Inter-Bairros.

Se estivesse na tabela correta, o buso seria verde, como aquele que o ultrapassa ao fundo.

Repare que a placa de itinerário atrás da porta é verde.

Peraí: micro-ônibus com 3 eixos??? Só pode ser na Paraíba!

Na capital João Pessoa, onde amam tanto ônibus trucado que até micrinho é Tribus.

- TERRAS DO TRIBUS (ÔNIBUS TRUCADO) URBANO: PARAÍBA, RIO GRANDE DO NORTE E SÃO PAULO

Esses 3 estados – SP, PB e RN – concentram essa manifestação no Brasil.

Por consequência são comuns também nos vizinhos estados do Nordeste.

Especialmente em Pernambuco e Sergipe e já mais raros na Bahia.

Em verde e branco em São Paulo, na faixa 1 da padronização ‘Inter-Ligado’.

 A esquerda no Terminal Central (não-integrado) de Durbã, 2017

A África do Sul também curte Tribus.

Voltando a nossa nação, evidente que eles existem pelo Brasil todo. Achei fotos dos trucados no:

Norte do Paraná, Mato Grosso, Rio (esse só no tempo jurássico), em Minas, Pará (nesse caso já desativado) e no Rio Grande do Sul.

O 1º Tribus do Brasil veio do interior de Santa Catarina, vejam vocês.

Era uma Rural, que o dono adaptou o 3º eixo – como a tomada histórica registrou.

Na mesma região, o Oeste de SC, encontramos nos tempos atuais também um micro-tribus, como ocorre na Paraíba.

Deus proverá

Nenhum comentário:

Postar um comentário