quinta-feira, 6 de maio de 2021

Articulado da São Bento: de Ctba. p/ SJC.


Imagem pertencente ao portal Ônibus Brasil. Créditos mantidos. Visite as fontes.

Local:

São José dos Campos-SP.

Data

1a década do século 21 (prov.).

Viação:

São Bento..

Carroceria:

Marcopolo Torino '2'.

Motor:

Volvo.

Observações:

'Torino 2', aquele que como marca indelével tinha o letreiro saltado no teto,oficialmente é o Torino '1989'.

São José dos Campos, Vale do Paraíba/SP. Torino '2' Volvo da viação São Bento em sua clássica pintura usada a partir dos anos 80 até o fim da empresa perto de 2010.

Pela placa começando com 'A' vemos que ele foi emplacado aqui no Paraná. De fato. Ele foi comprado 0km em 1991 pela viação Redentor, que opera na Zona Sul de Curitiba. Rodou aqui alguns anos e foi vendido. Depois de circular em SJC pela São Bento teve mais um ciclo no estado de SP, dessa vez em plena Grande São Paulo, na região do ABC.

Outro detalhe:  no século 20 e começo do 21, vários busos de São José dos Campos tinham um sufixo após a numeração principal . Nesse caso 2121-2. Em Goiânia-GO isso também acontecia.

Falando no século passado, São José por décadas teve o transporte operado por 3 viações tradicionais da cidade: Capital do Vale, Real e São Bento.

Vigorava pintura livre, entrada por trás e o transporte não era integrado, certamente não plenamente.

Tem mais: vinha escrito ‘Cidade’ no letreiro quando os busos iam pra Centro (isso em pleno século 21; pois São Paulo e Campinas, entre outros lugares, também tiveram esse costume, mas o abandonaram muito antes, ainda nos anos 60 do século 20).

Veio o fim e a seguir a virada do milênio, que trouxe mudanças: chegaram os articulados (alguns deles usados de outras cidades, alias vários ‘carros’ curtos também). 
 
A Real e a Capital do Vale mudaram suas pinturas. A entrada passou pra frente. E começaram enfim a surgir as linhas integradas.

A maior mudança viria pouco depois, na virada de década de 2000 pra de 2010: chegou o momento de padronizar a pintura dos ônibus (o que boa parte das cidades do Centro-Sul e algumas do Norte/Nordeste já haviam feito nos anos 70, 80 e 90).

Os busos foram pintados em azul, verde ou laranja. Em cada caso em 2 tons (azul e verde claro/escuro e amarelo/laranja).

Além disso, as 3 viações tradicionais da cidade, Real, Capital do Vale e São Bento encerraram as atividades. Dizendo de novo, elas operavam em São José a décadas.

No lugar chegaram a Expresso Maringá, Júlio Simões e Saens Peña.

A Exp. Maringá é pertencente ao grupo Constantino (dono da viação aérea Gol). A S. Peña é uma viação carioca, como o nome indica. 
 
E a Júlio Simões é de Mogi das Cruzes, que fica na Grande São Paulo. Note que Mogi é na extremidade oriental da Região Metropolitana da Capital Paulista. Ou seja, pertinho de SJC.A Júlio Simões é uma gigante no ramo do transporte de cargas. De uns tempos pra cá tem investido no modal de passageiros também.
 
Ficou assim: saíram as 3 viações tradicionais locais.  Entraram 3 grupos de fora, sendo 2 deles de porte bem considerável. Se o serviço melhorou pra população não vou saber informar.  
 
Agora SJC já está partindo pra sua segunda pintura padronizada. As cores são as mesmas da primeira padronização: azul, verde e laranja. Uma pra cada viação (respectivamente Saens Peña, Exp. Maringá e a da Júlio Simões).
…….

Era uma característica dos transporte são-joseense importar busos usados de outras cidades. Geralmente articulados como aqui, mas as vezes até ônibus curtos. Muitos do Rio de Janeiro, que alias é ali perto. E como vimos aqui, uma leva de articulados que circulou em São José dos Campos pela São Bento foi usada daqui de Curitiba.


SÉRIE SOBRE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS:


PINTURA LIVRE, as 3 viações concluídas:


Real;

- São Bento (essa matéria que acabam de ler);


1ª PADRONIZAÇÃO DE PINTURA:

- Todas as viações em breve.


2ª PADRONIZAÇÃO DE PINTURA:

Saens Peña, azul - matéria já publicada, buso decorado pro Natal (viação carioca, tem filial em SJC);

Expresso Maringá, verde - breve (empresa do grupo Constantino, dono da viação aérea Gol);

Júlio Simões, laranja - breve (conglomerado da Zona Leste da Grande SP [próximo a SJC], inicialmente especializado no transporte de cargas, agora investindo também no de passageiros)

Matérias sobre o tema:

- NAS MARGENS DA DUTRA: SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/VALE DO PARAÍBA-SP (matéria sobre a cidade em geral, mas tem uma grande seção sobre os ônibus, contando a história desde a pintura livre nos anos 80 e as duas padronizações nessa última década)

Como o busão começou em Ctba. e depois foi pra São José, seguem agora essas:

DE CURITIBA PRO MUNDO

DO MUNDO PRA CURITIBA

Mostram, respectivamente, ônibus que começaram na capital do PR e depois foram vendidos pra outras cidades do mundo; E, inversamente, bichões que primeiro rodaram em outras terras e depois vieram pra cá.

De 2015 pra cá o sistema metropolitano da capital do PR passou a ser grande importado de busões usados. Isso é domínio público. Agora segura essa bomba: flagrei um Caio Gabriela Expresso operando na Costa Rica, América Central. O letreiro diz “020-Inter-Bairros 2”, entregando que ele é oriundo daqui de Curitiba.

Outra raridade postada na mesma reportagem: já na pintura do ‘Municipalizdo’ de SP. Letreiro: “203-Sta. Cândida/C. Raso”, articulado também ex-curitibano evidente.

E, o tema dessa outra postagem, Ligeirinho de Curitiba em plena Nova Iorque/EUA. A linha é ‘Lower Manhattan’.

Calma, foi somente por uma semana que eles rodaram lá. Uma exposição do novo sistema que estava sendo implantado aqui. Só um espetáculo teatral, resumindo.

Mais postagens sobre ônibus usados trazidos pra Curitiba:

Até 2015, a prefeitura de Curitiba controlava também boa parte do transporte metropolitano.
Então era proibido trazer ônibus usados, tinha que ser sempre 0km.
Nesse ano houve o rompimento. As linhas inter-municipais voltaram pra alçada do governo do estado.
Com isso, Curitiba passou a ser grande importadora de busões de outros estados.

Um busão do Recife foi vendido primeiro pra Aracaju-SE.
Onde operou sem repintar por conta de uma homenagem que uma viacão sergipana faz a Pernambuco.
Depois veio pra Grande Curitiba, sendo enfim repintado no padrão metropolitano.
E assim, no bege da Comec, foi deslocado pra Itajaí/SC.
Mostro vários outros exemplos que nas viações metropolitanas a importação de ônibus usados virou rotina em Curitiba.
Especialmente entre os articulados, mas chegou ma leva de ‘carros’ curtos também.
 
Voltamos pro estado de São Paulo. 

- CAPELINHA: RIO, SP, B.H., BELÉM E POA; PLACA NO ALTO: ESTAMOS NO SUDESTE (falo um pouco do transporte carioca, que tanto influenciou o Vale do Paraíba)

 

- A "CIDADE DA FÉ": APARECIDA ('DO NORTE')-SP: (relato de outra viagem ao Vale do Paraíba, em 2016. Mostro a padronização EMTU nos ônibus inter-municipais do Vale do Paraíba)

 

- SP: A REVOLUÇÃO NO TRANSPORTE - Evidente que as coisas estão longe de serem perfeitas. Mas comparando ao que era até os anos 90 o transporte público em SP melhorou muito. Somando as redes de metrô e trem suburbano - e precisa somar, pois você acessa ambas pagando uma só passagem - a rede sobre trilhos na Grande SP já iguala o metrô de Nova Iorque/EUA. Os ônibus paulistanos igualmente mudaram da água pro vinho, mesmo que ainda haja espaço pra melhorar bem mais.

- 'SAIA-&-BLUSA': OS ÔNIBUS PAULISTANOS (1978-1991): Essa focando mais especificamente nos ônibus como o nome indica, abordando a pintura livre (até 1978) e as padronizações 'Saia-&-Blusa' (78-92, como dito), 'Municipalizado' (1992-2003) e 'Inter-Ligado' (2003-presente)

- 'CAMALEÃO' 8000 DA CMTC: O 1° TRÓLEIBUS-ARTICULADO DO BRASIL TEVE 2 CARROCERIAS, 6 PROPRIETÁRIOS, 7 (OU 9?) PINTURAS E 7 NUMERAÇÕES - Fabricado em 1985, saiu de circulação em 2012. Começou Caio e foi re-encarroçado Marcopolo. Comprado estatal, foi privatizado. Iniciou a operação na Zona Leste, foi pra Zona Sul, voltou pra Z/L, de novo pra Z/S, e como o bom filho a casa torna, retornou mais um vez pra Z/L. Ficou sem placa por 15 anos aproximadamente (até a virada do milênio tróleibus em SP e várias outras cidades não eram emplacados), começou na lona, ganhou letreiro eletrônico mas nos fim retornou a lona, ganhou ar-condicionado e portas elevadas a esquerda. Enfim, o bichão é um museu-vivo do transporte paulistano - alias hoje é exatamente isso que ele é, um ônibus-museu.

- A FÊNIX TROVÃO AZUL: DE NORTE A SUL, ENERGIA JAMAIS SE PERDE,APENAS SE TRANSFORMA (abordando exatamente a CMTC e sua pintura mais famosa, a 'Trovão Azul'. Não fui só eu que gostei dela. Veja como ela foi copiada no Brasil inteiro, de Porto Alegre a Manaus/AM)

- "PIXAI POR NÓIS" - A MARGINAL TIETÊ E A DUTRA (nessa mesma viagem de 16, mas aqui restrito a Grande SP, municípios da Capital e o vizinho Guarulhos) 

"Deus proverá"

Nenhum comentário:

Postar um comentário